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Representações sociais sobre relação professor- aluno no ensino superior

Social representations about teacher-student relationship in higher education

Esther Cosso(1); Maria Laura Puglisi Barbosa Franco(2); Janaína da Silva Gonçalves Fernandes(3)

1 Faculdade Capital Federal – FECAF, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0374-8594

2 Livre Docente pela UNICAMP. Pesquisadora Associada do CIERS: Centro Internacional de Estudos sobre Representações Sociais e Subjetividade da Fundação Carlos Chagas, Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-6334-8464

3 Centro Universitário Fieo – UNIFIEO, São Paulo, Brasil.
E-mail: j[email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6621-9185

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi identificar como se organizam as representações sociais de professores e alunos do Ensino Superior sobre relação professor aluno. Participaram 49 professores e 106 alunos do curso de Administração de Empresas em Instituição de Ensino Superior particular, localizada na grande São Paulo. Utilizou-se o Teste de Evocação Livre de Palavras para coletar os dados. A análise foi realizada por meio da Análise Prototípica com o apoio do software IRAMUTEQ. Os resultados apontaram o elemento respeito no núcleo central da representação e nas periferias os elementos aprender (professores) e amizade (alunos). Concluiu-se que a construção do conhecimento ocorre a partir de uma relação interpessoal entre professor-aluno, no qual o professor se apresenta como a figura central na mediação dos conteúdos que serão abordados, discutidos e apreendidos por todos os integrantes desse processo interacional.

Palavras-chave: Alunos. Educação. Professores. Teoria das representações sociais.

Abstract

The objective of this research was to identify how the social representations of teachers and students of the Higher Education on the student teacher relationship are organized. It was attended by 49 professors and 106 students of the Business Administration course in Private Higher Education Institution, located in Greater São Paulo. The Word Free Evocation Test was used to collect the data. The analysis was performed through Prototypic Analysis with the support of IRAMUTEQ software. The results pointed out the respect element in the central core of the representation and in the peripheries the elements to learn (teachers) and friendship (students). It was concluded that the construction of knowledge occurs from an interpersonal relationship between teacher-student, in which the teacher presents himself as the central figure in the mediation of the contents that will be approached, discussed and apprehended by all the members of this interactional process.

Keywords: Student. Education. Teacher. Theory of social representations.

Introdução

O relacionamento professor-aluno exerce um papel importante no desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos discentes, influenciando não apenas o funcionamento socioemocional, mas também o desempenho escolar (MYERS; PIANTA, 2008; WANDERLEY PETRUCCI et al., 2014). Para Sanches Lopes (2008) a relação professor-aluno compreende, normalmente, um componente de apoio/suporte, como a intimidade, e componentes estressores, como o conflito.

Uma relação positiva com os alunos pode prevenir problemas disciplinares no ambiente escolar e, ainda, o stress do professor e o burnout, bem como fomentar o desenvolvimento profissional do docente (FRASER; WALBERG, 2005). Quando negativa, a relação professor-aluno pode se associar à pobreza acadêmica e social, à evasão escolar, a uma menor cooperação em sala de aula, a atitudes escolares negativas, a um comportamento menos autodirigido, ao isolamento social, a sentimentos de solidão e a um menor engajamento (BAKER, 2006).

De acordo com Hamre e Pianta (2001) a relação negativa pode ser caracterizada por uma interação em que existe conflito e dependência. Uma qualidade elevada nesse relacionamento é caracterizada por alto nível de aproximação e baixo nível de conflito entre professor e aluno (O’CONNOR, 2010). Alunos que apresentam relacionamentos de alta qualidade com seus docentes têm melhor desempenho escolar e menor incidência de problemas de comportamento (O’CONNOR; COLLINS; SUPPLEE, 2012; MALDONADO-CARREÑO; VOTRUBA-DRZAL, 2011).

A relação professor-aluno também afeta outras interações que os alunos mantêm na instituição. Robertson, Chamberlain e Kasari (2003) destacam que a relação com professores afeta o status social dos alunos na classe. Para Birch e Ladd (1997), a perspectiva do professor fornece informações valiosas que enriquecem a compreensão da relação que mantém com o aluno no ambiente escolar. Para os autores, as percepções sobre a qualidade da relação docente/discente estão associadas ao desempenho do aluno nas atividades acadêmicas, a seu ajustamento socioemocional, à evasão escolar.

O relacionamento positivo com os professores pode facilitar o processo de adaptação dos alunos, contribuindo para a aprendizagem de habilidades essenciais para a trajetória escolar. Além disso, embora os interesses dos alunos se modifiquem ao longo do tempo, as interações com os professores parecem continuar influenciando o seu desenvolvimento até o final da trajetória escolar (CROSNOE; JOHNSON; ELDER, 2004; HAMRE; PIANTA, 2006; PIANTA; ALLEN, 2008). Contudo, a qualidade dessas interações tende a declinar ao longo desse nível educacional (O`CONNOR, 2010).

Partindo do pressuposto que as representações sociais orientam a ação e a relação entre professor e aluno funciona como mola propulsora do processo de ensino e aprendizagem, esta pesquisa pretende ainda responder a seguinte questão: Como se organizam as representações sociais de professores e alunos de instituição de ensino superior, sobre a relação professor-aluno? Quais são os pontos de convergência e divergência desses pensamentos?

Para Moscovici (2012) ao gerar e comunicar as interações nos grupos e entre eles, o saber se torna um fator da vida coletiva, refletindo representações ao mesmo tempo construídas e adquiridas, assim o conhecimento se transforma em um fenômeno social. Para este autor (MOSCOVICI, 2012, p. 40) “Todas as interações humanas, surjam elas entre duas pessoas ou entre dois grupos, pressupõem representações. [...] Sempre e em todo lugar, quando nós encontramos pessoas ou coisas e nos familiarizamos com elas, tais representações estão presentes”. De tal modo a Teoria das Representações foi o aporte teórico para esta pesquisa, pois o conhecimento das representações oferece a maneira como os indivíduos apreendem os acontecimentos da vida diária, as características do meio, as informações que circulam e as relações sociais, desta forma, essa pesquisa pode contribuir para o diagnóstico de possíveis causas das dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem no ensino superior.

Moscovici (2012) ainda ressalta que as Representações Sociais são ferramentas mentais, operando na própria experiência, moldando o contexto em que os fenômenos estão enraizados, e não são apenas registros de dados ou sistematização de fatos. Salienta também, que se podem encontrar representações sociais que são mais abstratas, ou seja, mais impessoais e outras que são mais concretas e pessoais, assim prevê não apenas o social, mas a ancoragem individual, ou seja, a representação social personificada; que é importante para o conhecimento da pessoa.

Além dos aspectos representacionais, a relação professor-aluno é mediada pela troca de conhecimento, e também pelo cuidado e afeto. O alunado aprende a conviver com as mudanças e transformações, a criar laços de amizade e solidariedade e também a inter-relacionar-se. Além da transmissão de conteúdos, emergem inúmeros sentimentos com os quais os adultos e os jovens precisam aprender a lidar (MATTOS et al., 2013).

As Representações Sociais e seus componentes (núcleo central, elementos periféricos) funcionam como uma entidade em que cada parte tem um papel específico, mas complementares entre si. Sua organização como seu funcionamento é regida por um duplo sistema (ABRIC, 2005).

É a existência do duplo sistema que permite a compreensão das características essenciais da representação social que poderia aparecer como contraditória: elas são ao mesmo tempo rígidas e estáveis e/ou móveis e flexíveis. Rígida e estável, pelo fato de que eles são determinados por um núcleo central profundamente ancorado no sistema de valores compartilhados pelos membros do grupo; móvel e flexível, pois são alimentadas com as experiências individuais, integrada aos dados da experiência vivida e da situação específica, mudando as relações e práticas sociais em que os indivíduos ou grupos estão inseridos (ABRIC, 2003).

É neste sentido que o estudo das representações sociais parece essencial para a compreensão da realidade, pois proporciona um enquadramento para a interpretação, análise e compreensão da interação entre o desempenho individual e as condições sociais em que os atores sociais evoluem. Logo, permite compreender os processos envolvidos na adaptação sócio cognitiva dos indivíduos à realidade cotidiana e as características do seu entorno social e ideológico.

Diante do exposto o objetivo da presente pesquisa é identificar como se organizam as representações sociais de professores e alunos do Ensino Superior de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada sobre a relação professor e aluno.

Método

A pesquisa foi de abordagem qualitativa, do tipo exploratório, pautada na abordagem estrutural das Representações Sociais, ou seja, esta abordagem permite identificar como se organizam as representações sociais compartilhadas pelo grupo pesquisado por meio da linguagem.

Participantes

Participaram desse estudo 50 professores atuantes no curso superior e 106 alunos da graduação em Administração de Empresas inseridos em Instituição de Ensino Superior localizada na região oeste da Grande São Paulo. A adesão à pesquisa foi voluntária e o anonimato garantido. Os critérios de inclusão estabelecidos para a participação foram: ser professor e/ou aluno do curso de Administração; quando professor, ter pelo menos um ano de atuação na instituição.

Dentre os 50 professores participantes 68% (n=34) eram do sexo masculino e 32% (n=16) do sexo feminino. Acerca da idade 5% (n=3) dos participantes tem entre 18 a 24 anos, 8% (n=4) entre 25 a 29 anos, 10% (n=5) entre 35 a 39 anos e 76% (n=38) acima de 40 anos. Em relação ao estado civil, 50% (n=25) especificamente são casados, 20% (n=10) solteiros, 16% (n=8) união estável e 14% (n=7) separados ou divorciados.

No que diz respeito à titulação, 58% (n=29) dos professores são especialista, 38% (n=19) mestres, 4% (n=2) possuem doutorado. Em relação ao tempo de docência 20% (n=10) possuem de 1 a 5 anos, 10% (n=5) de 6 a 9 anos, 38% (n=19) de 10 a 15 anos, 20% (n=10) de 16 a 20 anos, e 12% (n=6) com mais de 21 anos na docência no Ensino Superior.

Dos 106 alunos que participaram da pesquisa 61% (n=65) eram do sexo feminino e 39% (n=41) eram do sexo masculino. A faixa etária predominante caracteriza-se entre 18 a 24 anos, equivalendo 43% (n=46) do total de participantes, 25% (n=26) com idade entre 25 a 29 anos, 18% (n=19) entre 30 a 34 anos, 6% (n=6) entre 35 a 39 anos e 8% (n=9) acima de 40 anos. Acerca do estado civil, 55% (n=58) eram solteiros, 31% (n=33) casados, 10% (n=11) união estável e 4% (n=4) separados ou divorciados.

Instrumentos

O instrumento utilizado nesta pesquisa foi a Técnica de Evocação Livre de Palavras a partir do termo indutor “relação professor e aluno”. Apelou-se a esse recurso metodológico, pois segundo Abric (2005), essa técnica além de obter o conteúdo semântico de forma rápida e objetiva do fenômeno pesquisado. É organizada a partir de uma palavra indutora que está conectada ao objetivo da pesquisa, que é proposta ao indivíduo com a consigna: exponha 3 palavras que lhe vêm no pensamento. Pressupõe-se a evocação de elementos que constituam o universo semântico do termo ou do objeto estudado e dos elementos implícitos ou latentes que foram ocultados ou mascarados nas produções discursivas possibilitando o acesso as representações sociais construídas pelo público pesquisado.

Procedimentos de coleta de dados

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição Promotora. Em dia hora e local previamente agendado a pesquisadora aplicou a Técnica de Evocação Livre de Palavras aos participantes de modo coletivo. Foi solicitado a cada participante (professores e alunos) que escrevesse numa folha de papel as três primeiras palavras que viessem à mente após ouvir o termo proposto.

Procedimentos de análise dos dados

As palavras coletadas pela Técnica de Evocação Livre de palavras foram analisadas pela análise prototípica com o apoio do software Interface de R pour analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) (CAMARGO; JUSTO, 2016). Essa técnica (Vergès, 1992) tem como fundamento a teoria do núcleo central e analisa a organização interna das representações considerando o conteúdo da associação livre.

A análise prototípica parte do pressuposto que os elementos da representação social com importância em sua estrutura são mais prototípicos, isto é, mais acessíveis à consciência (VERGÈS; TYZSKA; VERGÈS, 1994). Para Campos e Rouquette (2003), a análise prototípica baseia-se no princípio segundo o qual o quanto antes uma pessoa se lembra de uma palavra, maior é a representatividade dessa palavra num grupo formado por pessoas com perfil semelhante; os autores referem-se a esse princípio como lei de Marbe.

A análise prototípica constitui-se de duas etapas: a primeira baseia-se no cálculo de frequências e ordens de evocação das palavras, enquanto que uma segunda etapa centra-se na formulação de categorias englobando as evocações e avaliando suas frequências, composições e coocorrências. Em sentido estrito, a análise prototípica é uma convenção de apresentação de dados, não uma análise estatística padrão.

Não é um procedimento de cálculo de parâmetros e níveis de significação, mas sim um padrão de organização de informações relativas à evocação de formas verbais de modo sintético. O resultado dessas análises é apresentado em forma de um quadro, formado por quatro quadrantes conforme critérios apresentados por Vergès (1992): os critérios adotados na distribuição dos termos nos quadrantes são a média de frequência das palavras (F) e a ordem média de evocação (OME).

Resultados

Para análise dos dados foram agrupadas palavras implícitas, coletadas por meio da Técnica projetiva de Evocação Livre de Palavras, que compartilham o mesmo radical e classe, o que recebe o nome de lematização (FLAMENT; ROUQUETTE, 2003).

Nesse caso, o agrupamento reuniu respostas masculinas e femininas, no singular e plural, de maior frequência ou pelo verbo correspondente, como por exemplo, as palavras ensino e ensinamento foram lematizadas e agrupadas na palavra ensinar; aprendizado e aprendizagem resultaram em aprender; estudo prevaleceu estudar; respeitosa em respeito; amigo em amizade; bom em boa; educar em educação; compromisso em comprometimento; harmoniosa em harmonia; responsável em responsabilidade; auxílio em auxiliar; e companheirismo em companheiro. Sem casos omissos, houve 465 evocações.

Referente às determinações dos pontos de corte para as coordenadas dos quadrantes foi empregado o critério da mediana nas ordens de evocação; como havia 3 respostas por participante, o valor do ponto de corte foi 2 (critério do ponto de corte da ordem de evocação). Palavras com ordem média de evocação inferiores a 2 foram classificadas como tendo baixa ordem de evocação.

No primeiro quadrante (superior esquerdo), situam-se os elementos mais relevantes e, por isso, possíveis de constituírem o núcleo central de uma representação (ABRIC, 2003).

No segundo quadrante ou primeira periferia (superior direito) organizam-se os elementos que obtiveram uma frequência alta, mas que foram citados em últimas posições. Esses elementos constituem a periferia próxima das representações e referem-se à assimilação de novos conceitos, ainda não totalmente incorporados ao núcleo central, mas indicando uma possibilidade de inovação das crenças e opiniões. Refletem possíveis mudanças em relação ao objeto de representação que estão, provavelmente, ocorrendo ou sendo construídas no ambiente sociocultural dos atores sociais.

No terceiro quadrante ou quadrante inferior esquerdo (zona de contraste) encontram-se os elementos que foram citados numa frequência baixa, porém foram evocados primeiramente. Estes são interlocutores, aqueles que embatem com o núcleo central, tentam entrar ou permanecer nele.

Finalmente, no quarto quadrante (periferia distante ou segunda periferia) estão os elementos menos citados e menos evocados em primeira mão pelos sujeitos; estão mais distantes do núcleo central e com menor possibilidade de vir a pertencer a ele. A Figura 1 apresenta estes critérios de análises dos quatros quadrantes:

Figura 1: Critérios de análises dos quatro quadrantes

3641.png

Fonte: Adaptado de Vergès (1992).

Os resultados obtidos com a aplicação do software IRAMUTEQ são apresentados a partir do termo indutor relação professor aluno, na qual o quadrante superior esquerdo corresponde ao núcleo central; o superior direito à periferia próxima; o inferior direito à periferia propriamente dita; e o inferior esquerdo aos elementos de contraste, que são de difícil interpretação, conforme Castro, Maia e Alves-Mazzotti (2013).

A tabela 1 apresenta os resultados os resultados coletados a partir do termo indutor “Relação professor e aluno” por meio da Técnica de Evocação Livre de Palavras dos professores participantes da pesquisa. Vale ressaltar que foram inseridas na casa de quatro quadrantes as palavras com frequência superior a 2 frequências e a palavras evocadas somente uma vez não foram incluídas no estudo.

Tabela 1. Análise prototípica referente ao termo indutor “Relação professor aluno” coletado dos professores (N=49) participantes da pesquisa

OME

≤1.92

> 1.92

f

Termo Evocado

f

Ordem de importância

Termo Evocado

f

Ordem de importância

Média

Elementos Centrais

Elementos da 1ª Periferia

≥ 4.12

Respeito

17

1.8

Aprender

07

2.1

Ensinar

12

1.7

Confiança

09

1.6

Conhecimento

05

1.2

Elementos de Contraste

Elementos da 2ª Periferia

< 4.12

Comprometimento

04

1.8

Empatia

04

2.2

Amizade

03

1.7

Parceria

04

2.8

Educação

03

1.7

Dedicação

04

2.3

Transparência

03

1.7

Resultado

03

3.0

Inspiração

02

1.0

Comunicação

03

2.0

Interação

02

1.5

Alegria

02

3.0

Companheiro

02

2.5

Cumplicidade

02

2.0

Troca

02

2.5

Satisfação

02

2.0

Devoção

02

2.0

Vocação

02

3.0

Entender

02

2.0

Legenda: f= frequência; OME- ordem média de evocações.

Fonte: elaboração própria, a partir dos dados processados no software Iramuteq.

A partir dos resultados das evocações dos professores apresentados na tabela 1 houve no total, 147 evocações com ordem média das evocações (OME) de 1,92 e frequência média (Fm) igual a 4,12. Palavras com ordem média de evocação inferior a 1,92 foram classificadas como tendo baixa ordem de evocação e não foram inseridas na tabela.

O elemento “respeito” seguido do elemento “ensinar” apresentaram maior frequência e ordem média de importância no primeiro quadrante superior esquerdo. Logo, pode-se inferir que provavelmente estes elementos integrem o núcleo central das representações sociais dos professores participantes da pesquisa sobre a relação professor aluno.

O elemento “aprender” destaca-se na primeira periferia, o que pode indicar a construção desta nova representação por parte dos professores. O elemento “comprometimento” (maior frequência e maior ordem média de importância) que se encontram inserido no quadrante inferior esquerdo sugere um embate com os elementos do núcleo central. Vários elementos inseridos no quadrante inferior direito sugerem serem os mais distantes de pertencer ao núcleo central, por apresentarem a menor frequência e ordem média evocada, como são os casos de “comunicação”, “cumplicidade”, “satisfação”, “devoção” e “entender”.

A tabela 2 apresenta os resultados os resultados coletados a partir do termo indutor “Relação professor e aluno” por meio da Técnica de Evocação Livre de Palavras dos alunos participantes da pesquisa. Vale ressaltar que foram inseridas na casa de quatro quadrantes as palavras com frequência superior a 2 frequências e a palavras evocadas somente uma vez não foram incluídas no estudo.

Tabela 2. Análise prototípica referente ao termo indutor “Relação professor aluno” coletado dos alunos (N=106) participantes da pesquisa

OME

≤1.94

> 1.94

f

Termo Evocado

f

Ordem de importância

Termo Evocado

f

Ordem de importância

Média

Elementos Centrais

Elementos da 1ª Periferia

≥ 7.42

Respeito

42

1.5

Amizade

18

2.2

Aprender

37

1.9

Ensinar

24

1.7

Educação

16

1.9

Conhecimento

16

1.8

Boa

11

1.9

Elementos de Contraste

Elementos da 2ª Periferia

< 7.42

Confiança

06

1.7

Auxiliar

06

2.8

Compreensão

04

1.8

Futuro

05

2.8

Hierarquia

03

1.7

Estudar

05

2.4

Explicação

02

1.5

Responsabilidade

04

3.0

Distante

02

1.0

Admiração

04

2.8

Educador

02

1.0

Comprometimento

04

2.0

Companheiro

04

2.5

Experiência

04

2.2

Livros

03

2.0

Interação

03

2.0

Parceria

03

3.0

Aula

03

2.0

Escola

03

2.3

Exemplo

03

2.3

Provas

02

2.0

Harmonia

02

2.5

Paciência

02

3.0

Dedicação

02

2.5

Legenda: f= frequência; OME- ordem média de evocações.

Fonte: elaboração própria, a partir dos dados processados no software Iramuteq.

Em relação às evocações dos alunos também apresentados na tabela 2 houve no total, 318 evocações com ordem média das evocações (OME) de 1,94 e frequência média (Fm) igual a 7,42. Palavras com ordem média de evocação inferior a 1,94 foram classificadas como tendo baixa ordem de evocação e não foram inseridas na tabela.

O elemento “respeito” apresentou maior frequência no primeiro quadrante superior esquerdo. Porém o elemento “aprender” além de apresentar alta frequência, ainda apresenta a maior ordem de importância juntamente com os elementos “educação” e “boa”. Logo, pode-se inferir que provavelmente estes elementos integrem o núcleo central das representações sociais dos alunos participantes da pesquisa sobre a relação professor aluno.

O elemento “amizade” destaca-se na primeira periferia, o que pode indicar a construção desta nova representação por parte dos alunos. Os elementos “confiança” (maior frequência) e “compreensão” (maior ordem média de importância) que se encontram inseridos no quadrante inferior esquerdo sugerem um embate com os elementos do núcleo central.

Enquanto o elemento “provas” que se encontra no quadrante inferior direito sugere ser o mais distante de pertencer ao núcleo central, por apresentar a menor frequência e ordem média evocada.

Discussão

Para melhor compreensão destas representações sociais, se faz necessário discutir como elas estão organizadas. Foi possível identificar por meio dos resultados das respostas explicitadas pelos participantes, a objetivação do elemento “respeito”. Na abordagem estrutural o elemento “respeito” emergiu com força primordial, de possível integrante do núcleo central das representações sociais sobre relação professor aluno em ambos os grupos. Estes resultados corroboram com vários estudos que valorizam o respeito na relação professor aluno (MONOBE, 2008; CAVACA et al., 2010; OLIVEIRA; KORBES, 2011).

Monobe (2008) aponta que o respeito mútuo é um componente da relação professor-aluno, além de confiança e compromisso do aluno para com o professor, interesse, acompanhamento e reflexão dos professores sobre os progressos alunos. Em pesquisa realizada por Cavaca et al. (2010) com professores e alunos de curso de odontologia o termo respeito mútuo emergiu nas respostas de ambos os grupos. Oliveira e Korbes (2011) ressaltam que para que ocorra um processo de ensino-aprendizagem saudável é necessária uma relação de respeito e cumplicidade entre o professor e o aluno.

Os professores ancoram o elemento respeito à troca mútua que deve ser estabelecida pela confiança, dedicação e cordialidade, para resultar no desenvolvimento de cidadãos críticos e reflexivos. Enquanto que os alunos ancoram o respeito à necessidade de comprometimento e compreensão das dificuldades dos alunos, por parte do professor. Estes alunos possuem a expectativa de uma relação harmônica e sincera, baseada na amizade, de modo que influencie na qualidade do ensino- aprendizagem.

Guedes, Ohara e Silva (2012) explicam que o professor tem o papel de mediar e reduzir os conflitos, por meio do diálogo e respeito pelas ideias dos alunos e simultaneamente ensinando-os a respeitarem os outros. Assim sendo, os elementos carinho, confiança, empatia e respeito mútuo são facilitadores do processo de aprendizagem.

As condições para o processo de aprendizagem saudável devem estar pautadas no amor e no trabalho. O trabalho de ensinar precisa ser executado com amor, para que o aluno deseje aprender, ser aceito, recompensado e reconhecido por seu esforço. Cabe ao professor fornecer as condições necessárias para que esta relação seja construída baseada no afeto e no respeito. Para isto ocorrer o aluno precisa se identificar com o professor e o professor com o aluno e com a tarefa a ser desenvolvida com o aluno.

Oliveira e Korbes (2011) apontam a importância do respeito mútuo para o processo de aprendizado, mas ressaltam que cabe ao professor respeitar a individualidade e a subjetividade do aluno para melhor acompanhar este processo. Resultados de revisão de literatura realizada por Andrade, Fernandes e Silva (2018, p. 340) apontam o professor como um profissional da educação propício ao apoio e aconselhamento dos alunos, pois ele é “responsável pela construção positiva na relação professor-aluno: escuta das vivencias, mobilização, postura ética, sensibilidade, clima de respeito e segurança”.

A palavra respeito vêm do latim respectus que significa olhar outra vez. Este novo olhar traz um aspecto positivo interacional, pois permite considerar e apreciar as características do outro nas perspectivas de valorização e reconhecimento. O respeito é construído a partir que o indivíduo nota que o outro é digno e merecedor de consideração. Este respeito pode transformar-se em veneração e/ou comportamentos de reverência ao objeto respeitado. Neste sentido, o respeito também pode ser percebido como autoridade e superioridade (NUTO et al., 2006; CAVACA et al., 2010).

Em estudo de caso realizado por Rios e Schraiber (2012), os alunos desafiam, enfrentam e desrespeitam os professores, como reações a onipotência de certos professores. Estas atitudes e comportamentos só ocorrem onde o ambiente permite esta postura, ou seja, o respeito destes alunos não ocorre por reconhecimento do valor dos professores, mas pelo receio de represálias.

Outros elementos que se destacaram como possíveis integrantes do núcleo central, por ordem de importância foram: ensinar (professores), aprender, educação e boa (alunos). É visível a dicotomia do professor que ensina e o aluno que aprende na análise prototípica. Isto remete ao real papel do professor nos tempos atuais, visto que Queiroz e Vieira (2019) apontam que é de mediador, e Zago, Machado e Manfroi (2011) afirmam ser de transmissor.

O ensinar para o professor pode estar associado à importância de haver a confiança do aluno. De qualquer modo o elemento “conhecimento” é comum a ambos os grupos, o que remete ao objetivo da relação professor aluno ser a troca de conhecimentos.

A relação professor-aluno enquanto elemento facilitador para uma aprendizagem motivadora tem sido tema de discussão entre vários estudiosos da área (ROBERTSON; CHAMBERLAIN; KASARI, 2003; LEITE, 2006; RIOS; SCHRAIBER, 2012), pois o relacionamento professor-aluno exerce um papel importante no desenvolvimento cognitivo, social e emocional dos alunos, influenciando não apenas o desempenho acadêmico, mas também o funcionamento socioemocional (HAMRE; PIANTA, 2001; MYERS; PIANTA, 2008).

O professor desempenha um papel importantíssimo na formação do aluno, por isso, que a relação entre aluno e professor não se restringe somente ao educacional no ambiente acadêmico, ela perpassa por sentimentos e lembranças que deixam marcas na formação do discente. O docente deve buscar afetividade na comunicação para favorecer a construção do conhecimento.

Contudo, essa dimensão sofreu alterações, agora, o professor perdeu a função de único transmissor e passou a ser o mediador do conhecimento, sendo assim, ele passa a contribuir com as questões produzidas pelo grupo, assim o coletivo gera o conhecimento, que mediado pelo professor e apreendido por cada indivíduo. Na interação acadêmica o professor não só transmite conhecimentos, mas desperta nos alunos os valores e sentimentos.

A análise prototípica novamente reforça os resultados das respostas explicitadas, uma vez que na primeira periferia organizam-se os elementos “aprender” (professores) e “amizade” (alunos). Esses elementos referem-se à assimilação de novos conceitos, ainda não acionados ao núcleo central, mas pode refletir prováveis mudanças nas representações construídas.

Neste sentido, pode-se inferir que os professores estão justamente preocupados com o processo de aprendizado e os alunos possuem a expectativa de obter uma relação de amizade entre o aluno e o professor. As experiências durante a universidade são importantes para a permanência no ensino superior e para o sucesso acadêmico dos alunos (PASCARELLA, 2006; REASON; TERENZINI; DOMINGO, 2006). Logo, o professor precisa evitar situações constrangedoras que provoquem sentimento de desconforto e desrespeito no aluno, como repressões em público, para não gerar um prejuízo no aspecto relacional e levar à desmotivação e desinteresse pelo aprendizado (CAVACA et al., 2010).

Os elementos que contrastam com o núcleo central podem apresentar um grupo minoritário de professores e de alunos com ideias que se opõem com as mais compartilhadas como são os casos de: comprometimento, amizade, educação, transparência, inspiração e interação (professores); e confiança, compreensão, hierarquia, explicação, distante, educador (alunos). Embora sejam ideias que embatem com as ideias centrais e pertencerem a um menor número de participantes, elas podem ser socialmente compartilhadas e aceitas por um maior número de indivíduos e passarem a integrar o núcleo central das representações sociais.

O modo como os alunos se integram ao contexto do ensino superior faz com que eles possam aproveitar melhor (ou não) as oportunidades oferecidas pela universidade, tanto para sua formação profissional quanto para seu desenvolvimento psicossocial. Alunos que se integram acadêmica e socialmente desde o início de seus cursos têm possivelmente mais chances de crescerem intelectual e pessoalmente do que aqueles que enfrentam mais dificuldades na transição à universidade. A entrada na universidade implica uma série de transformações nas redes de amizade e de apoio social dos jovens alunos (TAO et al., 2000).

Por último, apresentam-se as ideias que estão mais longe de pertencerem ao núcleo central das representações sociais. Os professores apresentam neste quadrante elementos que poderiam contribuir na relação professor aluno, como são os casos de: comunicação, cumplicidade, satisfação, devoção e entender. Para os alunos o elemento “provas” está mais distante de favorecer a relação professor aluno.

O principal dilema que existe por trás da premissa de que a prática instrucional efetiva é primordial para aumentar o desempenho acadêmico dos alunos é que nem todos os professores são semelhantes. Nem todos os professores estão conectados as reais dificuldades dos alunos ou mesmo valorizam suas potencialidades (CABALLERO, 2010). Claessens et al. (2016), ainda explicam que poder haver diferenças entre professores novatos e professores experientes. Como também pode haver diferenças entre os professores relacionadas com a matéria ensinada por esses professores, pois diferentes subculturas de indivíduos podem ser encontradas nas instituições de ensino, tornando heterogêneas suas crenças, normas e consequentemente as suas práticas de ensino aprendizagem.

Porém, os alunos dependem dos professores para fornecer orientação e suporte necessários para se tornarem cidadãos bem-sucedidos e produtivos na sociedade. Os professores podem receber toda a instrumentalização necessária para o processamento do ensino-aprendizagem, mas toda a instrução ou mesmo instrumentalização que possuem não interessam, a menos que o professor esteja disposto a construir uma relação interpessoal positiva com o aluno que é imerso em confiança, respeito e admiração pelo mesmo (CABALLERO, 2010).

Pesquisa apontou que o tipo de relacionamento entre o professor e o aluno pode predizer positivamente a autoestima e prever negativamente casos de depressão e comportamentos problemáticos. Logo, a relação positiva entre o professor e o aluno pode servir como fator protetor para os alunos que apresentam dificuldades para aprender e motivador para os que não apresentam tais dificuldades (LIU et al., 2015).

Portanto, pode-se inferir que o tipo de relação construída entre o professor e o aluno pode estar pautado nas normas existentes no contexto institucional e/ou social, bem como as crenças e valores produzidos por ambos os grupos (professores e alunos). Bullock (2015) explica que as interações do dia a dia e a atitude dos professores em relação aos alunos é o que constroem condições para um indivíduo ser um bom professor, ainda enfatiza a importância de se construir relacionamentos fortes entre o professor e o aluno, ou seja, um bom professor consegue forma forte relacionamentos com os alunos, mostra que se importa com eles, que está ali para somar conhecimento e simultaneamente trocar este conhecimento com os mesmos. Neste sentido, o bom professor é alguém que está disposto a continuar sendo um aluno e é flexível para constantemente adaptar-se a diversas situações e assim melhorar o seu próprio conhecimento. Logo, o processo de ensino aprendizagem não deve ser definitivo ou estagnado; pois é necessário haver criatividade e disposição para se experimentar o novo e assim construir-se um bom relacionamento entre o professor e ao aluno.

Considerações

Considerando que o objetivo desta pesquisa foi identificar as representações sociais de alunos e professores sobre a relação professor aluno, os resultados vieram reforçar a importância de se compreender a complexidade da relação entre o professor e o aluno.

A análise estrutural confirma o conteúdo destas representações, ao organizar os elementos representacionais do seguinte modo: O elemento respeito destaca-se no núcleo central associado ao elemento conhecimento em ambos os grupos (professores e alunos). Os elementos ensinar e confiança remetem aos professores; e os elementos aprender, boa, educação remetem aos alunos. Na periferia destas representações apresentam-se as expectativas que ambos os grupos possuem sobre a relação entre professor e o aluno, sendo aprender para os professores e amizade para os alunos.

Por outro lado, um grupo menor de professores e alunos acredita que a relação entre o professor e o aluno deve estar pautada no comprometimento (professor) e na confiança e/ou compreensão (alunos). Porém, os resultados mais preocupantes deste estudo, dizem respeito a aquilo que foi menos evocado, ou seja, são elementos que devem ser evidenciados pela falta ou escassez e discutidos em pesquisas futuras. Em relação aos professores seriam elementos que poderiam contribuir na relação professor aluno, tais como: comunicação, cumplicidade, satisfação, devoção e entender. Para os alunos o elemento “provas” está mais distante de favorecer a relação professor aluno.

Neste sentido, pode-se inferir que apesar dos alunos apresentarem expectativas de apoio por parte dos professores participantes desta pesquisa, os elementos (comunicação, cumplicidade, satisfação, devoção e entender) que seriam muito importantes para a construção de uma relação positiva entre o professor e o aluno, encontram-se distantes das representações sociais dos mesmos.

Compreende-se que uma boa relação para ambos os grupos precisaria estar pautada na comunicação, pois é o meio de se disseminar o conhecimento e o compartilhamento de ideias. O elemento cumplicidade poderia agregar numa relação de harmonia e troca de conhecimentos. O elemento satisfação poderia estar conectado com o prazer e motivação do desejo de aprender dos alunos. A devoção poderia estar interligada com ao respeito por seu papel de agente transformador na educação. O entendimento poderia conduzir a uma boa relação entre o professor, o aluno e o objeto de conhecimento, ou seja, o processo de ensino e aprendizagem.

Os alunos, por sua vez apresentam o elemento provas como o mais distante para se construir uma boa relação entre o professor e o aluno. De tal modo, a implicação dos modos de avaliação é um tema pertinente de ser aprofundado em outros estudos, para se compreender fatores intervenientes na relação entre o professor e o aluno.

Considerou-se que a construção do conhecimento ocorre a partir de uma relação interpessoal entre professor-aluno, no qual o professor se apresenta como a figura central na mediação dos conteúdos que serão abordados, discutidos e apreendidos por todos os integrantes desse processo interacional.

Embora a limitação da presente pesquisa seja o fato da coleta de dados ter ocorrido em um único contexto, os resultados aqui apresentados podem contribuir para corroborar em contextos semelhantes ao pesquisado, e assim possibilitar modos de se pensar melhorias na complexidade da relação professor aluno. Desse modo, sugerem-se novos estudos que considerem as representações sociais destes públicos em contextos diferenciados poderão ampliar o conhecimento sobre o tema.

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Revista Brasileira de Ensino Superior, Passo Fundo, vol. 4, n. 3, p. 5-23, Julho-Setembro, 2018 - ISSN 2447-3944

[Recebido: Janeiro 16, 2018; Aceito: Agosto 26, 2019]

DOI: https://doi.org/10.18256/2447-3944.2018.v4i3.2389

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