A percepção de estudantes de Engenharia de Pesca da Universidade do Estado da Bahia, Campus XXIV sobre seres vivos a partir da biologia celular

Darcy Ribeiro Castro, Jacqueline Araújo Guerra, Keisyara Bonfim Santos, Samara Rocha Mendes Santos, Taliany Santos Amorim

Resumo


Este trabalho trata da formação de conceitos científicos no Ensino Superior do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus XXIV, Xique-Xique-BA, a partir dos conhecimentos prévios dos alunos sob a ótica vygotskiana. Teve como objetivo conhecer as formas de percepção dos alunos sobre os conceitos de seres vivos (estrutura celular, grupos, tamanho, ciclo de vida e funções vitais) associadas aos constructos cognitivos como teleologismo, essencialismo e antropocentrismo. A coleta de dados ocorreu mediante questionário estruturado, sendo os resultados organizados em categorias, tabulados com auxílio de estatística básica do Excel e analisados de acordo com os referenciais apresentados. Evidenciamos uma percepção científica limitada para com os conteúdos de biologia celular pelos alunos, sendo que 42% das respostas foram sem rendimento (S/R), 33% espontânea, 13% espontânea-pesudoconceito e 12% científicas com distribuição decrescente nos constructos essencialista (42%), antropocêntrico (9%) e teleológico (7%). Isto evidenciou aspectos conceituais que facilitam a realização de um curso de extensão prático sobre biologia celular para estes alunos, no sentido de contribuir para ampliação da percepção sobre a estrutura e a funcionalidade dos seres vivos a partir da célula.


Palavras-chave


Célula/ser vivo; Constructos cognitivos; Sistema conceitual.

Texto completo:

PDF

Referências


ANDRADE, M. M. Pesquisa de campo. In: Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Atlas. p. 139-161, 2005.

CASTRO, D.R. Estudo de Conceitos de Estrutura e Funcionalidade de Seres Vivos no Ensino Fundamental I. 2014. Tese (doutorado)- Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2014.

CASTRO, D. R; GUERRA, J. A; SANTOS, K. B.; SANTOS, N. P.; SANTOS, S.R.M.; AMORIM,T.S.. Os conhecimentos prévios sobre ser vivo/célula dos estudantes ingressos no curso de engenharia de pesca. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 18, n. 3, p. 73-96, set-dez, 2016.

COLEY, J. D., TANNER, K. D. Common origins of diverse misconceptions: cognitive principles and the development of biological thinking. CBE Life Sci Educ 11, 1–7, 2012.

COLEY, J. D., TANNER, K. D. Relations between intuitive biological thinking and biological preconceptions in biology majors and nonmajors. CBE—Life Sciences Education, v. 14, n. 1, 1-19, 2015.

D’AVANZO, C.. Application of research on learning to college teaching: ecological examples. BioScience 53, p. 1121–1128, 2003.

GELMAN, S. A.; RHODES, M.. “Two-thousand years of stasis”: how psychological essentialism impedes evolutionary understanding. In: Evolution Challenges: Integrating Research and Practice in Teaching and Learning about Evolution, ed. KS Rosengren, S Brem, EM Evans, and G Sinatra, New York: Oxford University Press, p. 3–21, 2012.

INAGAKI, K.; HATANO, G. Young Children’s Naive Thinking about the Biological World, New York: Psychology Press, 2002.

KALLERY, M.; PSILLOS, D. Anthropomorphism and Animism in Early Years Science: Why Teachers Use Them, How They Conceptualise Them and What Are Their Views on Their Use. Research in Science Education, v. 34, n. 3, p. 291-311, Sep 2004.

KELEMEN, D.; ROSSETT, E.. The human function compunction: teleological explanation in adults. Cognition 111, p. 138–143, 2009.

KÖSE, S.. Diagnosing student misconceptions: using drawings as a research method. World Appl Sci J 3, p. 283–293, 2008.

LEGARE, C.H.; LANE, J.; EVANS, E.M.. Anthropomorphizing science: how does it affect the development of evolutionary concepts? Merrill-Palmer Q 59, p. 168–197, 2013.

LUTZE, M.; ZABEL, J. Cell, organ, organism – only a structural hierarchy? Exploring students’ ability to reflect system levels. Universität Leipzig, Institut für Biologie, Biologiedidaktik, 2010.

MAYR, E. Biologia, ciência única: reflexões sobre a autonomia de uma disciplina científica. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

MARTINS, R. X.; RAMOS, R. Metodologia de pesquisa: guia de estudos. Lavras: UFLA, p. 8-21, 2013.

MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative Data Analysis. 2nd ed. London: SAGE Publications, 1994.

NEHM, R.H.; RIDGEWAY, J.. What do experts and novices “see” in evolutionary problems? Evo Educ Outreach 4, p. 666–679, 2011.

PASSMORE, C.; STEWART, J.. A modeling approach to teaching evolutionary biology in high schools. J Res Sci Teach 39, p. 185–204, 2002.

STERN, L.; ROSEMAN, J.E.. Can middle-school science textbooks help students learn important ideas? Findings from Project 2061’s curriculum evaluation study: Life Science. J Res Sci Teach 41, p. 538–568, 2004.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VYGOTSKY, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.




DOI: https://doi.org/10.18256/2447-3944.2019.v5i1.3352

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




e-ISSN: 2447-3944

 Licença Creative Commons
A Revista Brasileira de Ensino Superior está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

Indexadores

DOAJ.jpg latindex.jpg  
  REDIB  Diadorim.jpg
     
logos_DOI_CrossRef_CrossChek.png

  
 
 


  logos_DOI_CrossRef_CrossChek.png