Da ecosofia à ecologia profunda: por um novo paradigma ecológico e sustentável
DOI:
https://doi.org/10.18256/2238-0604.2020.v16i1.4307Palavras-chave:
Ecosofia, Ecologia Profunda, Paradigma Ecológico, Sustentabilidade, Comunidade NaturalResumo
Atualmente, a problemática em torno do desenvolvimento sustentável encontra ainda forte resistência para tornar efetiva uma convivência responsável do ser humano com o meio ambiente em que vive. Nesse sentido, se faz necessário desenvolver uma postura ética, epistemológica e mesmo política capaz de desenvolver um novo paradigma sustentável. Desse modo, este artigo propõe estabelecer, como objetivo, o diálogo entre os conceitos de ecosofia (Naess e Guattari) e de ecologia profunda (Naess), a fim de promover a (con)vivência humana com a natureza, fazendo evoluir o fundamento ecológico de sustentabilidade ambiental. Para levar a cabo esta investigação, a presente pesquisa se dará por meio de uma análise científica de cunho bibliográfico, dialogando conceitos através de um método de abordagem dedutivo, na busca por se desenvolver a evolução do debate sobre o novo paradigma ecológico da sustentabilidade. Como resultado, a composição dos objetivos e da metodologia elencados permite entrever um novo paradigma sustentável capaz de reunir a coletividade humana e natureza como igualmente integrantes de uma mesma comunidade natural e, portanto, numa relação interdependente.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana. São Paulo: Forense Universitária, 2010.
BRAGA, Isaque Trevisam. Por uma vivência planetária eco-lógica: diálogos interfilosóficos em torno de uma ética da responsabilidade. 2015. 106 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2015.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Tradução de Newton Roberval Eichemberg. São Paulo: Cultrix, 2006.
ESPINOSA, Baruch. Etica: trattato teologico-politico. Tradução do autor. Turim: Utet, 2005.
ESPINOSA, Baruch. Ética. Tradução de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. Tradução de Maria F. Bittencourt, 21. Ed. Campinas: Papirus, 2012.
GORDILHO, Heron J. de S.; SILVA, Raissa P. Os animais, a natureza e as três ecofilosofias. Revista de Biodireito e Direitos dos Animais. v. 2, n. 1, Brasília, jan./jun., 2016, p.1-19.
GORDILHO, Heron J. de S.; SILVA, Tagore T. de A.; RAVAZZANO, Fernanda. Animais e a hermenêutica constitucional abolicionista. Revista Acadêmica. Faculdade de Direito do Recife. v. 88, n. 2, jul./dez., 2016.
KUHN, Thomas S. The structure of Scientific Revolutions. Chicago: University of Chicago Press, 1962.
LEFF, Enrique. Epistemologia ambiental. Tradução de Sandra Valenzuela. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
NAESS, Arne. Ecosofia. Ecologia, società e stili di vita. Tradução do autor. Como: Red, 1994.
NAESS, Arne. Il movimento ecologico: ecologia superficiale ed ecologia profonda. Una sintesi. Tradução italiana de M. Tallacchini. Tradução em português do autor. Milão: Vita e Pensiero, 1998.
RODRIGUES, Vera Mónica dos S. Deep Ecology: princípios, fundamentos e fins. 2012. 89 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia Humana e Problemas Sociais contemporâneos). Universidade Nova de Lisboa. Lisboa, 2012.
SINGER, Peter. Ética prática. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
SINGER, Peter. Liberazione animale. Tradução do autor. Milão: Il Saggiatore, 2010.
SCHELLING, Friedrich W. J. Sistema dell’idealismo trascendentale. Tradução do autor. Milão: Bompiani, 2006.
VIOLA, Francesco. Stato vincoli natura. XIX Congresso Nazionale della Società Italiana di Filosofia Giuridica e Politica, Trento – Itália, 29-30 set. 1994.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro ser inédito o presente artigo, bem como não estar o mesmo sujeito a qualquer outro processo de submissão para outra revista científica.
Declaro que autorizo a publicação do artigo pela revista na rede mundial de computadores e do conhecimento sobre a não remuneração em virtude de sua publicação, não cabendo nenhum direito autoral de cunho patrimonial.
Ainda, na condição de autor, assumo a responsabilidade civil e penalmente pelo conteúdo do trabalho publicado, após ter lido as diretrizes para autores e ter concordado com elas.
O trabalho pode ser acessado por qualquer interessado e reproduzido e/ou publicado desde que seja realizada a devida referência de acordo com a ABNT com a finalidade de divulgação da produção acadêmico científico.