Os replicantes de nosso tempo – a violência estatal e a negação da igualdade e dignidade humana a partir da perspectiva da teoria crítica e da distopia na ficção científica / The replicants o four time – state violence and denial of equality and human dignity from the perspective of critical theory and dystopia in science fiction

Nelson Camatta Moreira, Ronaldo Felix Moreira Júnior

Resumo


RESUMO

O texto apresentado tem como foco a relação entre teoria crítica dos direitos humanos e a literatura especulativa, esses temas estarão voltados a apontar a constante violação a direitos como dignidade e igualdade realizada pelo próprio estado contra os grupos periféricos do país. Uma análise desse fenômeno será então apresentada juntamente a narrativas no cenário da ficção para que se possa responder à indagação a respeito da possibilidade de se tratar desse gênero literário e cinematográfico em conjunto com a mencionada teoria crítica para compreender o tratamento dado aos direitos fundamentais e apontar a existência de violações.

 

Palavras-chave: Direitos humanos; Ficção científica; Teoria crítica.

 

 

Abstract

The presented text is focused on the relation between critical theory of human rights and speculative literature; these issues will focus on the constant violation of rights to dignity and equality held by the state itself against the peripheral groups of the country. An analysis of this phenomenon will be presented along with the narrative in fiction scenario in order to answer the question about the possibility of managing with this literary and cinematic genre and the mentioned critical theory to understand the treatment of fundamental rights and point out the existence of its violations.

 

Keywords: Human rights; Science fiction; critical theory.

 


Palavras-chave


Direitos humanos; Ficção científica; Teoria crítica

Texto completo:

PDF HTML

Referências


ABNETT, Dan. Eisenhorn: A Warhammer 40.000 Omnibus. London: Games Workshop, 2005.

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: O Poder Soberano e a Vida Nua. Trad. Henrique Burigo, 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002

ANITUA, Gabriel Ignacio. Histórias dos pensamentos criminológicos. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

ASTOR, Dave. Why Do We Like Dystopian Novels? Disponível em: http://www.huffingtonpost.com/dave-astor/why-do-we-like-dystopian-novels_b_1979301.html. Acesso em: 08 dez. 2016

BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito penal. Tradução: Juarez Cirino dos Santos. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2002.

BAUMAN, Zygmunt; DONSKIS, Leonidas. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Trad. Carlos Alberto Medeiros. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Trad. Mauro Gama; Cláudia Martinelli Gama. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

CARVALHO, Thiago Fabres de. Criminologia, (in)visibilidade, reconhecimento: o controle penal da subcidadania no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2014.

DICK, Philip K. Androides sonham com ovelhas elétricas? Trad. Ronaldo Bressane. 1. ed. São Paulo: Aleph, 2014.

EVANS, Arthur B. Nineteenth-Century SF. In: BOULD, Mark; BUTLER, Andrew; ROBERTS, Adam; VINT, Sherryl [Org.]. The Routledge Companion to Science Fiction. Abingdon, Oxon: Routledge, 2009.

FLORES, Joaquín Herrera. Teoria Crítica dos Direitos Humanos: Os Direitos Humanos como produtos culturais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

HILÁRIO, Leomir Cardoso. Teoria Crítica e Literatura: a distopia como ferramenta de análise radical da modernidade. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 201-215, out. 2013. ISSN 2175-7917. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2013v18n2p201. Acesso em: 27 nov. 2016.

MATOS, Andityas Soares de Moura Costa. Direito, técnica e distopia: uma leitura crítica. Rev. Direito GV, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 345-366, Jun. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-24322013000100013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 nov. 2016.

MOREIRA, Nelson Camatta. Fundamentos de uma Teoria da Constituição Dirigente. Florianópolis: Conceito Editorial, 2010.

MOREIRA, Nelson Camatta. Modernidade periférica, direitos fundamentais, subcidadania e constitucionalismo (dirigente) adequado à realidade brasileira: Um Ensaio Preliminar. In: MOREIRA, Nelson Camatta [Org.]. Teoria da Constituição: Modernidade, Identidade e (Lutas por) Reconhecimento. Ijuí: Unijuí, 2015.

MÜLLER, Friedrich. Quem é o povo? A Questão Fundamental da Democracia. Trad. Peter Naumann. São Paulo: Max Limonad, 1998.

SÁNCHEZ RUBIO, David. Ciencia-ficción y derechos humanos. Una aproximación desde la complejidad, las tramas sociales y los condicionales contrafácticos. Revista PRAXIS, [S.l.], n. 64-65, p. 51-72, dec. 2010. Disponible en: http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/praxis/article/view/4066. Fecha de acceso: 12 july 2016.

SILVA, Jorge da. De Zumbi à violência civil: genocídio e etnocídio programados. 2008. Disponível em: http://www.jorgedasilva.com.br/artigo/31/de-zumbi-a-violencia-civil.-genocidio-e-etnocidio-programados/. Acesso em: 5 jul. 2016.

SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2006.

THE SOMNIUM PROJECT: Exploring Johannes Kepler’s ‘Somnium’ – the first Science fiction story. 2011-2015. Disponível em: https://somniumproject.wordpress.com. Acesso em: 14 jul. 2016.




DOI: https://doi.org/10.18256/2238-0604.2017.v13i3.2033

Apontamentos

  • Não há apontamentos.