O que toda democracia precisa é ganhar corpo: reflexões sobre a teoria performativa de assembleia de Judith Butler

Cícero Krupp da Luz, Igor de Kássius Toledo Almeida Braga

Resumo


O artigo examina quais as contribuições dos estudos até então desenvolvidos pela filósofa estadunidense Judith Butler à teoria democrática, cujos horizontes ganham cor e forma em princípios assembleares de apelo ao político. Para tanto, buscar-se-á compreender, num primeiro momento, os preceitos fundamentais de seu arcabouço intelectivo, que perpassam, inevitavelmente, as noções de performatividade, precariedade e despossessão. Em seguida, deteremo-nos nas reverberações do direito de aparecer na gestão da vida, delimitando a espacialidade da ação política nas intersecções do público, do privado e, inclusive, do confinado e do virtual. Por fim, o texto avançará pelos pormenores da denominada teoria performativa de assembleia, proposta butleriana que equaciona em suas reflexões os coeficientes da liberdade de reunião, do espaço público e da soberania popular, de modo a fornecer as diretivas da cinética dos despossuídos.


Palavras-chave


Performatividade; precariedade; despossessão; teoria performativa de assembleia; bioespacialidade; Judith Butler

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DOI: https://doi.org/10.18256/2238-0604.2023.v19i2.4789

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