Como seria uma escola ideal? o que dizem os estudantes

Maíra Longhinotti Felippe, Ariane Kuhnen, Bettieli Barboza da Silveira

Resumo


Considerando que cognições positivamente valorizadas acerca de um ambiente podem conduzir à formação de laços afetivos com o lugar, este estudo objetivou conhecer como estudantes gostariam que certos espaços escolares fossem constituídos. A pesquisa ocorreu em uma escola pública estadual de Florianópolis (Brasil). Participaram do estudo, respondendo a um questionário de perguntas abertas, 508 estudantes que cursavam da sétima série do ensino fundamental à terceira série do ensino médio. Os aspectos a serem considerados na concepção do melhor ambiente escolar, segundo as declarações fornecidas pelos estudantes, foram: adequada conservação dos ambientes e provimento de artigos para consumo; móveis e equipamentos apropriados às necessidades dos usuários; presença de elementos naturais e construídos desejáveis; conforto termo-lumínico e acústico; identificação com o lugar; sensações ambientais agradáveis; bons professores, alunos interessados e propostas didático-pedagógicas interessantes; bom atendimento, bom relacionamento interpessoal e uma vigilância que não seja percebida como ação restritiva à liberdade dos alunos. Palavras-chave: psicologia ambiental; escola; arquitetura escolar; análise de conteúdo.

Texto completo:

PDF

Referências


Adams, G. (2002). Colaboração interdisciplinar e participação do usuário como metodologia projetual. Em V. D. Rio, C. R. Duarte & P. A. Rheingantz (Orgs.), Projeto de lugar: Colaboração entre psicologia, arquitetura e urbanismo (pp. 45-58). Rio de Janeiro: Contra Capa/PROARQ.

Allard, T., Babin, B. J., & Chebat, J.-C. (2009). When income matters: Customers evaluation of shopping malls' hedonic and utilitarian orientations [Versão Eletrônica]. Journal of Retailing and Consumer Services, 16(1), 40-49.

Astor, R. A., Meyer, H. A., & Behre, W. J. (1999). Unowned places and times: Maps and interviews about violence in high schools [Versão Eletrônica]. American Educational Research, 36(1), 3-42.

Barbetta, P. A. (2008). Estatística aplicada às ciências sociais (7. ed.). Florianópolis: UFSC.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bell, S., Hamilton, V., Montarzino, A., Rothnie, H., Travlou, P., & Alves, S. (2008). Greenspace and quality of life: A critical literature review (Greenspace Scotland Research Report). Scotland: Edinburgh College of Art and Heriot-Watt University, OPENspace. Recuperado em 28 de abril de 2010, de http://www.greenspacescotland.org.uk/upload/File/greenspace%20and%20quality%20of%20life%20literature%20review%20aug2008.pdf

Berg, A. E., Hartig, T., & Staats, H. (2007). Preference for nature in urbanized societies: Stress, restoration, and the pursuit of sustainability [Versão Eletrônica]. Journal of Social Issues, 63(1), 79-96.

Bonaiuto, M., Carrus, G., Martorella, H., & Bonnes, M. (2002). Local identity processes and environmental attitudes in land use changes: The case of natural protected areas [Versão Eletrônica]. Journal of Economic Psychology, 23(5), 631-653.

Botton, A. (2007). A arquitetura da felicidade (Tradução de T. M. Rodrigues). Rio de Janeiro: Rocco.

Brown, B. B., Perkins, D. D., & Brown, G. (2003). Place attachment in a revitalizing neighborhood: Individual and block levels of analysis [Versão Eletrônica]. Journal of Environmental Psychology, 23(3), 259-271.

Brown, B. B., Perkins, D. D., & Brown, G. (2004). Incivilities, place attachment and crime: Block and individual effects [Versão Eletrônica]. Journal of Environmental Psychology, 24(3), 359-371.

Brown, G., Brown, B. B., & Perkins, D. D. (2004). New housing as neighborhood revitalization: Place attachment and confidence among residents [Versão Eletrônica]. Environment and Behavior, 36(6), 749-775.

Brown, G. G., Reed, P., & Harris, C. C. (2002). Testing a place-based theory for environmental evaluation: An Alaska case study [Versão Eletrônica]. Applied Geography, 22(1), 49-76.

Chawla, L. (2002). "Insight, creativity and thoughts on the environment": Integrating children and youth into human settlement development [Versão Eletrônica]. Environment and Urbanization, 14(2), 11-23.

Corral-Verdugo, V. (2005). Psicologia Ambiental: Objeto, "realidades" sócio-físicas e visões culturais de interações ambiente-comportamento [Versão Eletrônica]. Psicologia USP, 16(1/2), 71-87.

Felippe, M. L. (2009). Ambiente pessoal: O papel da personalização na construção de espaços saudáveis. Em A. Kuhnen, E. Takase & R. M. Cruz (Orgs.), Interações pessoa-ambiente e saúde (pp. 117-136). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Felippe, Maíra L. (2010). Contribuições do ambiente físico e psicossocial da escola para o cuidado com a edificação. Dissertação de mestrado não publicada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado em 15 de abril de 2011, de http://www.cfh.ufsc.br/~ppgp/Maira%20Longhinotti%20Felippe.pdf

Felippe, M. L., & Kuhnen, A. (2011). Contribuições do ambiente físico e psicossocial da escola para o cuidado com a edificação. Em M. C. H. Villodres, B. Fernández-Ramírez, M. J. M. Méndez & C. M. S. Ferrer (Orgs.), Espacios urbanos y sostenibilidad: Claves para la ciencia y la gestión ambiental (pp. 258-267). Almería: Editorial Universidad de Almería.

Giuliani, M. V. (2003). Theory of attachment and place attachment. Em M. Bonnes, T. Lee & M. Bonaiuto (Orgs.), Psychological theories for environmental issues (pp. 137-170). Aldershot: Ashgate.

Giuliani, M. V. (2004). O lugar do apego nas relações pessoas-ambiente. Em E. T. O. Tassara, E. P. Rabinovich & M. C. Guedes (Orgs.), Psicologia e ambiente (pp. 89-106). São Paulo: Educ.

Goldstein, A. P. (2004). Controlling vandalism. Em J. C. Conoley & A. P. Goldstein (Orgs.), School violence intervention: a practical handbook (pp. 290-321). New York: Guilford.

Gross, M. J., & Brown, G. (2008). An empirical structural model of tourists and places: Progressing involvement and place attachment into tourism [Versão Eletrônica]. Tourism Management, 29(6), 1141-1151.

Günther, I. A., Nepomuceno, G. M., Spehar, M. C., & Günther, H. (2003). Lugares favoritos de adolescentes no Distrito Federal [Versão Eletrônica]. Estudos de Psicologia, 8(2), 299-308.

Guimarães, A. M. (1985). Vigilância, punição e depredação escolar. Campinas: Papirus.

Hailu, G., Boxall, P. C., & McFarlane, B. L. (2005). The influence of place attachment on recreation demand [Versão Eletrônica]. Journal of Economic Psychology, 26(4), 581-598.

Hietanen, J. K., & Korpela, K. M. (2004). Do both negative and positive environmental scenes elicit rapid affective processing? [Versão Eletrônica]. Environment and Behavior, 36(4), 558-577.

Hwang, S.-N., Lee, C., & Chen, H.-J. (2005). The relationship among tourists' involvement, place attachment and interpretation satisfaction in Taiwan's national parks [Versão Eletrônica]. Tourism Management, 26(2), 143-156.

Ivarsson, C. T., & Hagerhall, C. M. (2008). The perceived restorativeness of gardens: Assessing the restorativeness of a mixed built and natural scene type [Versão Eletrônica]. Urban Forestry & Urban Greening, 7, 107-118.

Jorgensen, B. S., & Stedman, R. C. (2006). A comparative analysis of predictors of sense of place dimensions: Attachment to, dependence on, and identification with lakeshore properties [Versão Eletrônica]. Journal of Environmental Management, 79(3), 316-327.

Kaplan, R. (2001). The nature of the view from home: Psychological benefits [Versão Eletrônica]. Environment and Behavior, 33(4), 507-542.

Kaplan, S. (1995). The restorative benefits of nature: Toward an integrative framework [Versão Eletrônica]. Journal of Environmental Psychology, 15(3), 169-182.

Kelly, G., & Hosking, K. (2008). Nonpermanent residents, place attachment, and "sea change" communities [Versão Eletrônica]. Environment and Behavior, 40(4), 575-594.

Manzo, L. C., & Perkins, D. D. (2006). Finding common ground: The importance of place attachment to community participation and planning [Versão Eletrônica]. Journal of Planning Literature, 20(4), 335-350.

McKoy, D. L., & Vincent, J. M. (2007). Engaging schools in urban revitalization: The Y-PLAN (Youth—Plan, Learn, Act, Now!) [Versão Eletrônica]. Journal of Planning Education and Research, 26, 389-403.

Pinto, T. C. R. (1992). A questão da depredação escolar. Em A. J. Severino (Org.), Sociedade civil e educação (pp. 173-177). Campinas, SP: Papirus.

Proshansky, H. M., Fabian, A. K., & Kaminoff, R. (1983). Place-identity: Physical world socialization of the self [Versão Eletrônica]. Journal of Environmental Psychology, 3, 57-83.

Rosenbaum, M. S., Ward, J., Walker, B. A., & Ostrom, A. L. (2007). A cup of coffee with a dash of love: An investigation of commercial social support and third-place attachment [Versão Eletrônica]. Journal of Service Research, 10(1), 43-59.

Ross, H., Munn, P., & Brown, J. (2007). What counts as student voice in active citizenship case studies?: Education for citizenship in Scotland [Versão Eletrônica]. Education, Citizenship and Social Justice, 2(3), 237-256.

Speller, G. M. (2005). A importância da vinculação ao lugar. Em L. Soczka (Org.), Contextos humanos e psicologia ambiental (pp. 133-167). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Tuan, Y.-F. (1983). Espaço e lugar: A perspectiva da experiência (Tradução de L. Oliveira). São Paulo: Difel.

Tygart, C. (1988). Public school vandalism: Toward a synthesis of theories and transition to paradigm analysis [Versão Eletrônica]. Adolescence, XXIII(89), 187-200.

Velarde, M. D., Fry, G., & Tveit, M. (2007). Health effects of viewing landscapes: Landscape types in environmental psychology [Versão Eletrônica]. Urban Forestry & Urban Greening, 6, 199-212.

Walker, A. J., & Ryan, R. L. (2008). Place attachment and landscape preservation in rural New England: A Maine case study [Versão Eletrônica]. Landscape and Urban Planning, 86(2), 141-152.

Zweig, A., & Ducey, M. H. (1978). A paradigmatic field: A review of research on school vandalism. Hackensack, NJ: National Council on Crime and Delinquency.




DOI: https://doi.org/10.18256/2175-5027/psico-imed.v8n2p109-121

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2016 Revista de Psicologia da IMED

ISSN 2175-5027

Licença Creative Commons
Este obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

BASES DE DADOS E INDEXADORES

  Periódicos CAPES
DOAJ.jpg
 
dialnet.png
 
REDIB
latindex.jpg
  Diadorim.jpg   Google Scholar
  erihplus.png  
circ.png
 SIS