Escala de Estilo de Gestão para Produtores Rurais

Fernando Thiago, Edson Keyso de Miranda Kubo

Resumen


A produção rural nacional tem respondido por grande parte do PIB brasileiro e é considerando um dos principais players de exportação de commodities. A gestão das propriedades rurais tem sido assunto de interesse dos produtores, visto que as questões tecnológicas têm sido atendidas. Para tanto, o objetivo desta pesquisa foi validar uma escala para avaliar o estilo de gestão dos produtores rurais brasileiros. Tratou-se estilo de gestão como a manifestação das características de se administrar a interação entre as pessoas e entre pessoas e a estrutura, de um ou coletivo de gestores de uma determinada organização. Foram considerados os fatores liderança, decisão, comunicação, controle, planejamento e motivação como seus componentes. Os dados foram obtidos por meio da técnica survey. Para validação semântica, as sentenças foram submetidas ao teste piloto de dez juízes experientes em gestão de organizações agropecuaristas, sendo oito modificadas. A validação empírica foi realizada com a aplicação do instrumento de avaliação a 101 gestores de propriedades rurais, posteriormente submetidas aos testes de análise fatorial confirmatória e análise fatorial exploratória unidimensional. A solução final para o instrumento ficou composta por 22 sentenças, distribuídas em seis dimensões. As limitações da pesquisa são pertinentes à amostragem por conveniência. O instrumento final é indicado para aplicação na gestão das organizações rurais, permitindo a realização de diagnóstico organizacional, como também pode ser utilizado para investigações científicas.


Palabras clave


Estilo de gestão; Sistema de gestão; Modelo de gestão; Agronegócios

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Referencias


Abramson, N. R., Lane, H. W., Nagai, H., & Takagi, H. (1993). A comparison of Canadian and Japanese cognitive styles: implications for management interaction. Journal of International Business Studies, 24(3), 575-88.

Alhassan, M. A., Ghazali, Z., & Isha, A. S. N. (2014). Communication and temperament in the choice of conflict management styles among plant turnaround maintenance employees in Petronas Petro-Chemical Companies in Malaysia: a conceptual framework. Global Business and Management Research: an International Journal, 6(4), 262-270.

Avolio, B. J., Gardner, W. L., Walumbwa, F. O., Luthans, F., & May, D. R. (2004). Unlocking the mask: a look at the process by which authentic leader’s impact follower attitudes and behaviors. The Leadership Quarterly, 15(6), 801-823.

Bakhtari, H. (1995). Cultural effects on management style: a comparative study of American and Middle Eastern management styles. International Studies of Management & Organization, 25(3), 97-109.

Bass, B. M., & Avolio, B. J. (1997). Full range leadership development: manual for the multifactor leadership questionnaire. MindGarden: California.

Beechler, S., & Yang, J. Z. (1994). The transfer of Japanese-style management to American subsidiaries: contingencies, constraints, and competencies. Journal of International Business Studies, 25(3), 467-492.

Cardoso, O. O. (2006). Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Revista de Administração Pública, 40(6), 1123-1144.

Cokley, K. (2000). Examining the validity of the academic motivation scale by comparing scale construction to self-determination theory. Psychological Reports, 86(2), 560-564.

Culpan, R., & Kucukemiroglu, O. (1993). A comparison of U.S. and Japanese management styles and unit effectiveness. Management International Review, 33(1), 27-42.

Dalmoro, M., & Vieira, K. M. (2014). Dilemas na construção de escalas tipo likert: o número de itens e a disposição influenciam nos resultados? Revista Gestão Organizacional, 6, 161-174.

Davis, J. H., & Goldeberg, R. (1957). A concept of agribusiness. Boston: Havard University.

Deci, E. L., Ryan, R. M., & Williams, G. C. (1996). Need satisfaction and the self-regulation of learning. Learning and Individual Differences, 8(3), 165-183.

Ertas, N. (2015). Turnover intentions and work motivations of millennial employees in federal service. Public Personnel Management, 44(3), 401-423.

Fischmann, A. A., & Almeida, M. I. R. (2009). Planejamento estratégico na prática. São Paulo: Atlas.

Franco, S. M., & Leão, A. L. M. S. (2013). Codificando/decodificando a comunicação organizacional: uma contribuição dos estudos culturais. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 7(1), 32-49.

Ghasabeh, M. S., Soosay, C., & Reaiche, C. (2015). The emerging role of transformational leadership. The Journal of Developing Area, 49(6), 459-467.

Glunk, U., Wilderom, C., & Ogilvie, R. (1996). Finding the key to German-style management. International Studies of Management & Organization, 26(3), 93-108.

Gomes, C. M., Schuch Jr., V. F., Madruga, L. R. G., & Kneipp, J. M. (2013). Estilos de gestão: um estudo em pequenas e médias empresas. Pretexto, 14(3), 99-113.

Grabner, I., & Moers, F. (2013). Management control as a system or a package? Conceptual and empirical issues. Accounting, Organizations and Society, 38(6), 407-419.

Guerreiro, R. (1989). Modelo conceitual do sistema de informação de gestão econômica: uma contribuição à teoria da comunicação da contabilidade. (Tese de Doutorado) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Guimarães, T. B., Pordeus, I. A., & Campos, E. S. A. (2010). Estado para resultados: avanços no monitoramento e avaliação da gestão pública em Minas Gerais. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Gupta, V. K., Javadian, G., & Jalili, N. (2014). Role of entrepreneur gender and management style in influencing perceptions and behaviors of new recruits: evidence from the Islamic Rebublic of Iran. Journal of International Entrepreuneurship, 12, 85-109.

Hair Jr., J. F., Anderson, R., & Babin, B. (2010). Multivariate data analysis. Upper Saddle River: Pearson Prentice Hall.

Hair Jr., J. F., Hult, G. T. M., & Ringle, C. M. (2014). A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). Los Angeles: SAGE Publications.

Hared, B. A., Abdullah, Z., & Huque, S. M. R. (2013). Gestão de sistemas de controle: uma revisão da literatura e um quadro teórico para futuras pesquisas. European Journal of Business and Management, 5(26), 1-13.

Hmieleski, K. M., & Ensley, M. D. (2007). A contextual examination of new venture performance: entrepreneur leadership behavior, top management team heterogeneity, and environmental dynamism. Journal of Organizational Behavior, 28(7), 865-889.

Huang, X. (2009), Strategic decision making in Chinese SMEs. Chinese Management Studies, 3(2), 87-101.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Recuperado de http://cnae.ibge.gov.br.

Instituto Matogrossense de Economia e Agropecuária. (2014). Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso. Recuperado de http://www.imea.com.br/projetos.php.

Jiménez, M. B., Fasci, M., & Valdez, J. (2009). Comparison of management style for Mexican firms in Mexico and the Unit States. International Journal of Business, 14(3), 251-263.

Likert, R. (1967). The human organization: its management and value. Nova Iorque: MacGraw-Hill.

Likert, R., & Likert, J. G. (1979). New ways of managing conflict. Nova Iorque: MacGraw-Hill.

Maguire, S., & Hardy, C. (2009). Discourse and deinstitutionalization: the decline of DDT. Academy Management Journal, 52(1), 148-178.

Malhotra, N. (2006). Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman.

Marchiori, M. (2009). A relação comunicação-organização: uma reflexão sobre seus processos e práticas. Anais do Congresso da Abrapcorp. São Paulo, SP, Brasil, 3. Recuperado de http://www.abrapcorp.org.br/anais2009/pdf/gt2_marlene_marchiori.pdf.

Mariño-Arévalo, A. (2014). Las relaciones de poder y la comunicación en las organizaciones: una fuente de cambio. AD-minister, 24, 119-141.

Mcber & Company. (1980). Trainer’s guide. Boston: McBer & Company.

Merchant, K., & van der Stede, W. (2007). Management control systems: performance measurement, evaluation and incentives. Harlow: Prentice-Hall.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2010). Agronegócio brasileiro em números. Brasília. Recuperado de http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/publicacoes.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (2016). Balança comercial – série histórica (1989-2015). Brasília. Recuperado de http://www.agricultura.gov.br.

Mintzberg, H. (2008). Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São Paulo: Atlas.

Morris, T., & Pavett, C. M. (1992). Management style and productivity in two cultures. Journal of International Business Studies, 23(1), 169-179.

Nunnally, J. C., & Bernstein, I. H. (1994). Psychometric theory. New York: McGraw-Hill.

Oliveira, D. P. R. (2014). Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São Paulo: Atlas.

Pasquali, L. (2010). Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed.

Pelegrino, F. M. (2009). Adaptação cultural e validação do instrumento Duke Anticoagulation Satisfaction Scale (DASS): versão para brasileiros em uso de anticoagulação oral. (Dissertação de Mestrado) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Pereira, C. A. (2011). Gestão econômica. In Parisi, C., & Megliorini, E. (Orgs.). Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas.

Pereira, M. I., & Santos, S. A. (2001). Modelo de gestão: uma análise conceitual. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Petry, L. I., & Nascimento, A. M. (2009). Um estudo sobre o modelo de gestão e o processo sucessório em empresas familiares. Revista Contabilidade & Finanças, 20(49), 109-125.

Poister, T. H. (2010). The future of strategic planning in the public sector: linking strategic management and performance. Public Administration Review, 70, 246-254.

Prasad, B. (2001). What management style is considered best for a team-based organization and why? International Journal of Value – Based Management, 14(1), 59-77.

Rafiq, M., & Chishti, S. H. (2011). Relationship between management style and organizational performance: a case study from Pakistan. International Journal of Academic Research, 3(5), 290-293.

Robbins, S. P., & Decenzo, D. A. (2004). Fundamentos de administração: conceitos essenciais e aplicações. São Paulo: Prentice Hall.

Serra, J. P. (2007). Manual de teoria da comunicação. Covilhã: Universidade da Beira Interior.

Shadare, O. A. (2011). Management style and demographic factors as predictors of managerial efficiency in work organizations in Nigeria. International Business & Economics Research Journal, 10(7), 85-93.

Silva, M. A. (2014). Estudo sobre a dimensionalidade do R-1: teste não verbal de inteligência. Boletim de Psicologia, 64(140), 91-103.

Simon, H. A. (1945). Administrative behavior: a study of decision-making processes in administrative organization. New York: Macmillan Co.

Simons, R. (1995). Levers of control: how managers use innovative control systems to drive strategic renewal. Boston: Harvard Business School Press.

Somech, A. (2006). The effects of leadership style and team process on performance and innovation in functionally heterogeneous teams. Journal of Management, 32(1), 132-157.

Sousa, J. P. (2006). Elementos de teoria e pesquisa da comunicação e da mídia. Porto: Porto.

Souza, C. C. (2010). Os estudos culturais ontem e hoje: a codificação/decodificação de hall aplicado ao hiperconsumidor pós-moderno. Anais do Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sul, Novo Hamburgo, RS, Brasil, 11. Recuperado de http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2010/resumos/R20-0781-1.pdf.

Souza, S. C., & Marinho, S. V. (2014). Planejamento estratégico baseado no balanced scorecard: um estudo de caso aplicado a uma pequena empresa de segurança. Revista Gestão & Planejamento, 15(2), 213-237.

Spaho, K. (2013). Organizational communication and conflict management. Management, 18(1), 103-118.

Sznitowski, A. M. (2017). Uma análise sobre a capacidade absortiva em unidades de produção de soja no Estado de Mato Grosso (Brasil). (Tese de Doutorado), Escola de Gestão e Negócios, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, Brasil.

Tull, D. S., & Albaum, G. (1971). Decision processes and the valuation of information. Oregon Business Review, 30(4), 1-6.

Vitória, F., Almeida, L. S. & Primi, R. (2006). Unidimensionalidade em testes psicológicos: conceito, estratégias e dificuldades na sua avaliação. Revista de Psicologia da Vetor Editora, 7(1), 1-7.

Zeffane, R. (1994). Patterns of organizational commitment and perceived management style: a comparison of public and private sector employees. Human Relations, 47(8), 977-1010.




DOI: https://doi.org/10.18256/2237-7956.2020.v10i2.3840

Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.




Copyright (c) 2021 Fernando Thiago, Edson Keyso de Miranda Kubo

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.