Inovação aberta e redes: enfoques, tendências e desafios

Kadigia Faccin, Fabiane Cristina Brand

Resumo


Os benefícios relacionados ao compartilhamento de ideias e conhecimentos, entre empresas e ao empreendimento de projetos coletivos de melhoria e inovação representam ganhos significativos e intrínsecos às redes de empresas. Neste sentido é que se dá a emergência do modelo de inovação aberta, resultado do reconhecimento da impossibilidade de uma só empresa deter todas as boas ideias e recursos internamente. Com o modelo de inovação aberta as fronteiras da empresa passam a ser mais porosas às interações externas para desenvolver produtos, processos e mercados de forma colaborativa. Este artigo objetivou descrever as principais tendências de pesquisa deste novo paradigma. Utilizou-se para tanto uma pesquisa na base de dados EBSCO, totalizando a analise de dezenove artigos sobre o tema. A análise dos artigos evidenciou os principais journals de publicações sobre estes assuntos; identificou os principais centros globais de estudos nesta área; enumerou os principais temas relacionados ao estudo de redes e inovação aberta; relacionou as principais metodologias e estratégias de pesquisa utilizadas nos estudos recentes e identificou áreas para futuras pesquisas. Como resultado desta analise construiu-se um modelo teórico para entender como estão relacionados os temas entre inovação aberta e redes.

Palavras-Chave: Inovação. Inovação Aberta. Redes.


Texto completo:

PDF

Referências


Alves-Mazzotti, A. J., Gewandsznajder, F. (1999). O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Angehrn, A. A., Luccini, A.M., & Maxwell, K. (2009). InnoTube: a video-based connection tool supporting collaborative innovation. Interactive Learning Environments, 17(3), 205-220.

Asakawa, K., Hiroshi, N., & Sawada, N. (2010). Firms open innovation policies, laboratories external collaborations, and laboratories R&D performance. R&D Management, 40(2).

Balestrin, A., & Verschoore, J. R. (2008). Redes de Cooperação Empresarial: estratégias de gestão na nova economia. Porto Alegre: Bookman.

Barney, J. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, Greenwich, 17(1), 99-120.

Belussi, F., Sammarra, A., & Sedita, S. R. (2008). Managing Long Distance and Localized Learning in the Emilia Romagna Life Science Cluster. European Planning Studies, 16(5).

Borgatti, S. P., & Foster, P.C. (2003). The network paradigm in organizational research: a review and typology. Journal of Management, 29(6), 991-1013.

Buganza, T., Chiaroni, D., Colombo, G., & Frattini, F. (2011). Organisational Implications of Opens Innovation: an analysis of inter-industry patterns. International Journal of Innovation Managemen, 15(2), 423-455.

Burrel, G., & Morgan, G. (1979). Sociological Paradigms and Organisational Analysis: Elements of the Sociology of Corporate Life. Aldershot, England: Ashgate.

Camarinha-Matos, L. M., & Afsarmanesh, H. (2005). Collaborative Networks: a new scientific discipline. Journal of Intelligent Manufacturing, 16, 439-452.

Castells, M. (1999). A era da informação: economia, sociedade e cultura. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra.

Chanal, V., & Caron-Fasan, M.L. (2010). The Difficulties involved in Developing Business Models open to Innovation Communities: the Case of a Crowdsourcing Platform. M@n@gement, 13(4), 318-341.

Chesbrough, H. W. (2003). Open Innovation: the new imperative for creating and profiting from technology. Boston: Harvard Business School Press.

Chesbrough, H. W. (2004). Managing Open Innovation: Chess and Poker. Research-Technology Management, 47, 23-26.

Chesbrough, H. W. (2006). Open Business Models: How to Thrive in the New Innovation Landscape. Boston: Harvard Business School Press.

Chesbrough, H., & Crowther, A. K. (2006, jun.). Beyond high tech: early adopters of open innovation in other industries. R&D Management, 36(3), 229-236.

Chiarioni, D., Chiesa, V., & Frattini, F. (2010). Unravelling the process from Closed to Open Innovation: evidence from mature, asset-intensive industries. R&D Management, 40(3).

Chiarioni, D., Chiesa, V., & Frattini, F. (2011). The Open Innovation Journey: How firms dynamically implement the emerging innovation management paradigm. Technovation, 31, 34-43.

Clausen, A. T., & Rasmussen, B. C. (2011). Open innovation policy through intermediaries: the industry incubator programme in Norway. Technology Analysis & Strategic Management, 23(1), 75-85.

Dittrich, K., & Duysters, G. (2007). Networking as a Means to Strategy Change: The Case of Open Innovation in Mobile Telephony. Journal of Production Innovation Management, 24, 510-521.

Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, 14(4), 532-550.

Grandori, A., & Soda, G. (1995). Inter-firm networks: antecedents, mechanisms and forms. Organization Studies, 16(2), 183-214.

Hagedoorn, J. (2002). Inter-firm R&D partnerships: an overview of major trends and patterns since 1960. Research Policy, 31, 477-492.

Hair J. F. JR., Babin, Money, A. H., & Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre, RS: Bookman.

Han, K., Oh, W., Im, K. S., Chang, R. M., Oh, H., & Pinsonneault (2012). Value cocreation and wealth spillover in open innovation allances. MIS Quarterly, 36(1), 291-315.

Hughes, B., & Wareham, J. (2010). Knowledge arbitrage in global pharma: a synthetic view of absorptive capacity and open innovation. R&D Management, 40(3).

Inojosa, R. M. (1999). Redes de compromisso social. Revista de Administração Pública, 33(5), 115-141.

Jarvenpaa, S. L., & Wernick, A. (2011). Paradoxical tensions in open innovation networks. European Journal of Innovation Management, 14(4), 521-548.

Kuhn, T. S. (1970). A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva.

Lee, S., Park, G., Yoon, B., & Park, J. (2010). Open innovation in SMEs - An intermediated network model. Research Policy, 39, 290-300.

Morgado, R. S., & Fleury, A. C. C. (2012). Capacidades dinâmicas de Absorção de Conhecimento: Dimensões em um a rede de Franchising. In: XV SIMPÓSIO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS – SIMPOI. Anais…

Muhdi, L., & Boutellier, R. (2011, jun.). Motivational Factors Affecting Participation and Contribuition of Members in Two Different Swiss Innovation Communities. International Journal of Innovation Management, 15(3), 543-562.

Nooteboom, Bart (2008). Learning andInnovation in Inter-organizational. Inter-organizational Relationships, Chains and Networks: A Supply Perspective. In: CROPPER, S. et al. (Orgs). The Oxford Hand book of Inter-organizational Relations. New York: Oxford University Press.

Paasi, J., Valkokari, K., & Rantala, T. (2010). Innovation Management Challenges of a System Integrator in Innovation Networks. International Journal of Innovation Management, 14(6), 1047-1064.

Pittaway, L., Roberison, M., Munir, K., Denyer, D., & Needly, A.. (2004). Networking and innovation: a systematic review of the evidence. International Journal of Management Reviews, 5/6(3/4).

Provan, K. G., Fish, A., & Sydow, J. (2007). Interorganizational networks at the network level: a review of the empirical literature on whole networks. Journal of Management, 33(3), 479-516.

Provan, K.G., & Kenis, P. (2008). Modes of network governance: structure, management and effectiveness. Journal of Public Administration Research & Theory, 18(2), 229-252.

Rasera, M., & Balbinot, Z. (2010, jul.-dez.). Redes de Inovação, Inovação em Redes e Inovação aberta: um estudo bibliográfico e Bibliométrico da produção Científica no ENANPAD 2005-2009 sobre Inovação associada a Redes. Análise. Porto Alegre, 21, 127-136.

Roesch, S. M. A., Becker, G. V., & Mello, M. I. De. (2005). Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3. ed. São Paulo: Atlas.

Rothwell, R. (1995). Industrial innovation: success, strategy, trends. In M. Dodgson, M., R. Rothwell, The handbook of industrial innovation. Cheltenham: Edward Elgar.

Sbicca, A., & Pelaez, V. (2006). Sistemas de inovação. In V. Pelaez, T. Szmreczányi. Economia da Inovação Tecnológica. São Paulo: Hucitec. p. 415-448.

Schumpeter, J. A. (1934). The Theory of Economic Development. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Siedlok, F., Smart, P., & Gupta, A. (2010). Convergence and reorientation via open innovation: the emergence of nutraceuticals. Technology Analysis & Strategic Management, 22(5), 571-592.

Vanhaverbeke, W. (2008). The interorganizational Context of Open Innovation. In H. Chesbrough, W. Vanhaverbeke, J. West, Open Innovation: Researching a New Paradigm. Oxford: Oxford University Press.

Vanhaverbeke, W., & Cloodt, M. (2008). Open Innovation in Value Networks. In H. Chesbrough, W. Vanhaverbeke, J. West, Open Innovation: Researching a New Paradigm. Oxford: Oxford University Press.

Watkins, A. (2010). The Venture Capital Perspective on Collaboration with Large Corporations/MNEs in London and the South East: Pursuing Extra-Regional Knowledge and the Shaping of Regional Venture Capital Networks? Review of Policy Research, 27(4).

Wernerfelt, B. A. (1984). Resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, 5, 171-180.

Westergren, U.H., & Holmtröm, J. (2012). Exploring preconditions for open innovation: Value networks in industrial firms. Information and Organization, 22, 209-226.

Wincent, J., Anokhin, S., & Boter, H. (2009). Network board continuity and effectiveness of open innovation in Swedish strategic small-firm networks. R&D Management, 39(1).

Zaheer, A., Gozubuyuk, R., & Milanov, H. (2010). It’s the Connections: The Networks Perspective in Interorganizational Research. The Academy of Management Perspectives, 4(1), 62-77.




DOI: https://doi.org/10.18256/2237-7956/raimed.v5n1p10-35

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2015 Revista de Administração IMED

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.