Mensuração do nível de percepção da incerteza subjetiva dos empreendedores de MPEs brasileiras

Juliano Domingues Silva

Abstract


A tomada de decisão que responda de forma efetiva às incertezas conjunturais é preponderante para que os empreendedores tenham sucesso em suas empresas. Diante disso, a diferença de desempenho das empresas pode estar associada à percepção que os empreendedores possuem das incertezas inerentes aos seus negócios. O objetivo dessa pesquisa é mensurar o nível de percepção da incerteza subjetiva dos empreendedores de micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras. Essa pesquisa tem por base os estudos de Milliken (1987) que pressupõe três dimensões da percepção de incerteza: estado, efeito e resposta. Para tanto, a pesquisa foi realizada com uma metodologia quantitativa, com a aplicação de uma escala de incerteza subjetiva para 51 empreendedores, que iniciaram seus negócios nos últimos 36 meses. Os dados foram submetidos à análise de equações estruturais por meio do software SPSS AMOS v.20. Conclui-se a partir dos estudos que os empreendedores apresentam uma menor percepção de incerteza nas dimensões efeito e resposta do que para a dimensão estado, demonstrando a lacuna, em que empreendedores que não possuem capacidade para perceber componentes imprevisíveis do ambiente organizacional, apresentam dificuldade para perceber os efeitos e respostas em sua empresa.


References


Altman, D. G., & Bland, J. M. (1995). Absence of evidence is not evidence of absence. British Medical Journal, v. 311, n. 3, p. 485-486.

Ashill, N. J., & Jobber, D. (2009). Measuring state, effect, and response uncertainty: Theoretical construct development and empirical validation. Journal of Management, v. 36, n. 1, p. 1278-1308.

Freel, M. S. (2005). Patterns of innovation and skills in small firms.Technovation, v. 25, n. 2, p. 123-134.

Gardelin, J. P., Rossetto, C. R., & Verdinelli, M. A. (2013). O relacionamento entre a incerteza ambiental e o comportamento estratégico na percepção dos gestores de pequenas empresas. RAUSP Revista de Administração da USP, v. 48, n. 4, p. 702-715.

Gardner, M. J., & Altman, D. G. (1986). Confidence intervals rather than P-values: estimation rather than hypothesis testing. British Medical Journal, v. 292, n. 6522, p. 746-750.

Gartner, W. B., & Liao, J. (2007). Pre-venture planning. In: Moutray, C. (org.). The small business economy for data year 2006: Report to the President. Washington, DC: U. S. Small Business Administration Office of Advocacy.

Harding, R. D., Brooksbank, M., Hart, D., & Jones-Evans, J. (2005). Global Entrepreneurship Monitor United Kingdom 2005. London: London Business School, Global Entrepreneurship Monitor.

Hair Jr., J. F., Anderson, R. E., Tatham, R. L., & Black, W. C. (2005). Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman.

Hebert, R. F., & Link, A. N. (2006). Historical Perspectives on the Entrepreneur. Now The Essence Of Knowledge, v. 2, n. 4, p. 261–408.

Hubbard, R. (2011). The widespread misinterpretation of p-values as error probabilities. Journal of Applied Statistics, v. 3, n. 11, p. 2617-2626.

JUCEPAR. Junta Comercial do Paraná. (2012). Relatórios Estatísticos 2012: sede e agências regionais. Recuperado em 12 maio 2013 de https://www.juntacomercial.pr.gov.br/arquivos/File/RELATORIOS_2012/sede_agencias_dezembro_2012.pdf.

Julien, P. A. (2010). Empreendedorismo Regional e economia do conhecimento. São Paulo: Saraiva.

Kline, R. B. (1998). Principles and practice of structural equation modeling. 2. ed. New York: The Guilford Press.

Knight, F. H. (1921). Risk, uncertainty and profit. Washington, DC: Beard Books.

Lawrence, P., & Lorsch, J. (1967). Organization and Environment: Managing Differentiation and Integration. Illinois: Irwin.

Lombardi, M. F. S., & Brito, E. P. Z. (2010). Incerteza Subjetiva no Processo de Decisão Estratégica: uma Proposta de Mensuração. RAC – Revista de Administração Contemporânea, v. 14, n. 6, p. 990-1010.

Lopes, H. E. (2005). Abrindo a caixa preta: considerações sobre a utilização da Análise Fatorial Confirmatória nas pesquisas em Administração. E & G Economia e Gestão, v. 5, n. 11, p. 19-34.

Milliken, F. J. (1987). Three types of perceived uncertainty about the environment: state, effect, and response uncertainty. Academy of Management Review, v. 12, n. 1, p. 133-143.

Pfeffer, J., & Salancik, G. R. (1978). The External Control of Organizations: A Resource Dependence Perspective. NewYork – NY: Harper & Row.

Reynolds, P., Bygrave, W. D., Autio, E., & Hay, M. (2002). Global Entrepreneurship Monitor: 2002 Executive Monitor. London: London Business School.

Silva, A. A., Fabiano, H. G., Duarte, M. O., Bandeira, R. C. M. S., & Correa, T. P. (2012). Percepção da incerteza e o perfil empreendedor no setor de serviços de alimentação. Revista Adm. FACES Journal, v. 11, n. 3, p. 54-71.

Shane, S., & Eckhardt, J. (2003). The individual-opportunity nexus. In: Acs, Z. J., Audretsch, D. B. (orgs.). Handbook of Entrepreneurship Research: An Interdisciplinary Survey and Introduction. Boston: Kluwer Academic.

Shane, S. A. (2003). A general theory of entrepreneurship: the individual-opportunity nexus. Northampton – MA: Edward Elgar.

Tabachnick, B. G., & Fidell, L. S. (1989). Using multivariate statistics. 2. ed. Cambridge, MA: Harper & Row.

Thompson, J. (1967). Organizations in Action. New York – NY: McGraw-Hill.

Williams, C. C., & Nadin, S. (2012). Beyond the commercial versus social entrepreneurship dichotomy: a case study of informal entrepreneurs. Journal of Developmental Entrepreneurship, v. 17, n. 3, p. 1-17.




DOI: https://doi.org/10.18256/10.18256/2237-7956/raimed.v5n1p1-9

Refbacks

  • There are currently no refbacks.




Copyright (c) 2015

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.