A Tradição Gaúcha de Tomar Chimarrão Refletida nos Hábitos de Consumo de Erva-Mate em Diferentes Classes Sociais

Francielle Neuberger, Monize Sâmara Visentini, Fernanda Bard Chagas

Resumo


Este trabalho visa identificar os hábitos de consumo de erva-mate para chimarrão dos munícipes de uma cidade do interior do estado do Rio Grande do Sul. Foi desenvolvida uma pesquisa descritiva com corte transversal única, de natureza quantitativa. Foram investigados 200 tomadores de chimarrão. Os resultados apontam que a maioria dos respondentes começou a tomar chimarrão com regularidade com menos de 18 anos. Ainda, constatou-se que a frequência com que os consumidores compram erva-mate é predominantemente mensal, mas não se descarta a compra semanal e até a diária. Relacionando esta frequência de compra com as classes sociais, percebe-se que a classe A compra semanalmente, a classe B compra semanalmente e mensalmente, enquanto que a classe C compra erva-mate mensalmente. Além disso, os horários preferidos pelos consumidores para tomar chimarrão são ao entardecer e de manhã cedo, e o hábito de tomar chimarrão foi adquirido em casa, junto aos familiares.


Palavras-chave


Consumidor; Erva-mate; Chimarrão

Texto completo:

PDF

Referências


Antoni, V. L. (1995). A estrutura competitiva da indústria ervateira do Rio Grande do Sul. 110f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Programa de Pós-graduação em Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS.

Anuário brasileiro da erva-mate (2000). Gazeta Grupo de Comunicações. Santa Cruz do Sul.

Baudrillard, J. (1998). Selected writings. Stanford University Press, Palo Alto.

Beledeli, M. (2012). Erva-mate gaúcha busca retomar crescimento. Jornal do Comércio, 30 de janeiro de 2012. Recuperado em 29 de Agosto, 2016, de http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=85264

Caetano, A. J., & Dias, J. G. (2012). Classificação socioeconômica comparativa utilizando Critério Brasil, Wealth Index e Análise de Classes Latentes: uma aplicação com dados do PNDS 2006. IN: XVIII encontro nacional de estudos populacionais, ABEP, Águas de Lindóia/SP – Brasil.

Carneiro, T. R. A. (2013). Faixas Salariais x Classe Social - Qual a sua classe social?. Recuperado em 22 de Maio, 2014, de http://blog.thiagorodrigo.com.br/index.php/faixas-salariais-classe-social-abep-ibge?blog=5

Cceb. (2013). Critério de Classificação Econômica Brasil. Recuperado em 7 de Outubro, 2014, de http://www.abep.org/new/criterioBrasil.aspx

Chauvel, M. A., & Mattos, M. P. A. Z. (2008). Consumidores de Baixa Renda: Uma Revisão dos Achados de Estudos Feitos no Brasil. Cadernos EBAPE.BR., 6(2), p. 1-17.

Churchill Jr., & G. A., Peter, J. P. (2003). Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva.

Colussi, J. Cuias menores para diminuir preço amargo da erva-mate. Caderno Campo e Lavoura. Recuperado em 19 de Março, 2015, de http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/campo-e-lavoura/noticia/2015/01/cuias-menores-para-diminuir-preco-amargo-da-erva-mate-4675823.html

Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2011). Métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

Crespo, A. A. (2009). Estatística fácil. 19 ed. atual. São Paulo: Saraiva.

Dalmoro, M. (2013). Campereando Mercados: práticas de resistência e cidadania medidas pelo mercado na cultura gaúcha. 2013. 343f. Tese (Doutorado em Administração), Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.

Durayski, J., & Fonseca, M. J. (2013). “TOMAS UM MATE?”: Uma Análise da Cultura de Consumo do Chimarrão em um Contexto Urbano. In: XXXVII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2013, Rio de Janeiro. Anais.

Durayski, J., & Fonseca, M. J. (2014). A Dimensão Sagrada do Consumo do Chimarrão. In: VI Encontro de Marketing da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2014, Gramado.

Gatino, A. C. L., Morano, C., Cavalho, C., & Machado, C. P. (2013). Erva Mate: grande procura versus pouca oferta. In: VI Mostra Científica do CESUCA, 1(7) Cachoeirinha-RS.

Grisa, C., & Schneider, S (2008). “Plantar pro Gasto”: a importância do autoconsumo entre famílias de agricultores do Rio Grande do Sul. Revista de Economia e Sociologia Rural, p. 481-515.

Guardani, F., Aruca, J., & Araujo, M. (1996). Comportamento do consumidor e a escolha das destinações turísticas. Turismo em Análise, 7(2), p. 17-27.

Hair, JR. J. F, Babin,B.,Money,A.H., & Samouel,P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

Hair Jr., J.F., Anderson R.E., Tatham, R. L., & Black, W.C. (2005). Análise Multivariada de Dados. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 593p.

Halpern, B. (2013). Moda e diversidade para todas as querências: Pilchas e acessórios ganham novas formas e movimentam as lojas especializadas no ramo. Diário Popular. Pelotas, 15 set. 2013. Recuperado em 25 agosto, 2015, de .

Hartmann, T. (2005). Simetrias e assimetrias de valores pessoais entre consumidores de erva-mate convencional e da orgânica. 85 p. Dissertação de Mestrado, Agronegócios do Programa de Pós-Graduação em Agronegócios, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, BR.

Kegler, B., & Fossá, M. I. T. (2010). “Orgulho gaúcho”: De Elemento Identitário Regional à Estratégia Publicitária. Revista Razón y Palabra, México, 15(74), p. 1-26.

Lessa, L. C. B. (1954). O sentido e o valor do tradicionalismo. 1º Congresso Tradicionalista do Rio Grande do Sul.

Malhotra, N. (2006). Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman.

Mazzuchetti, R.N., & Batalha, M.A. (2004). O comportamento do consumidor em relação ao consumo e às estruturas de comercialização da carne bovina na região de Amerios/PR. Revista Varia Scientia, 4(8), p. 25-43.

Mosele, S. H. (2002). A governança na cadeia agroindustrial da erva-mate na região do Alto Uruguai Rio-Grandense sob a ótica da cadeia de suprimentos. 231p. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Agronegócios, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Oliveira, S. V. de. (2014). Arranjos de coordenação em cadeias produtivas agroindustriais: contribuições analíticas com base na abordagem fuzzy. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Agronegócios do Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Pereira, A. L., Kreutz, E.A., Bonfadini, G., Faleiro, S. N., Kirst, S., & Soares, V.R. (2004). Os símbolos da cultura gaúcha e sua apropriação pela comunicação mercadológica. IN: VII conferência brasileira de folkcomunicação, Lajeado-RS.

Picolotto, P., Vargas,G.M., Rigo, L., & Oliveria, S .V. (2013). A dinâmica de produção e de comercialização da erva-mate nos cinco polos ervateiros do estado do Rio Grande do Sul. In: I Seminário De Jovens Pesquisadores Em Economia E Desenvolvimento, Santa Maria. Ramos, R. de O. (2013). Avaliação do efeito de matriz para o processamento de erva-mate comercial, na análise de resíduo de agrotóxicos por cromatofria líquida, utilizando diferentes métodos de extração. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Química. Curso de Química: Bacharelado.

Rigo, L., Schein, C.I., Oliveira, S. V., & Andreatta, T. (2014). Análise do mercado da erva-mate no Brasil e no Rio Grande do Sul. Recuperado em 7 de Outubro, 2014, de http://www.fee.rs.gov.br/wp-content/uploads/2014/05/201405267eeg-mesa22-analisemercadoervamatebrasilrs.pdf.

Rodrigues, M. A., & Jupi, V. da S. (2004). O comportamento do consumidor: fatores que influenciam em sua decisão de compra. Revista de Administração Nobel, (3), 59-70.

Rodrigues, V. M., & Fiates, G. M. R. (2012). Hábitos alimentares e comportamento de consumo infantil: influência da renda familiar e do hábito de assistir à televisão. Revista Nutrição [online],25(3), p.353-362.

Rovaris, S. (2011). O hábito de tomar chimarrão: pela união e tradição serrana. Correio Lageano, Lages, 27 Jul. Recuperado em 10 de Novembro, 2014, de http://www.clmais.com.br/variedades/23371/o-h%C3%A1bito-de-tomar-chimarr%C3%A3o,-pela-uni%C3%A3o-e-tradi%C3%A7%C3%A3o-serrana

Santos, M. M. (2002). O impacto da legislação vigente sobre a indústria da erva-mate chimarrão na região do Alto Uruguai. 120 p. Dissertação de Mestrado, Agronegócios, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Schiffmann, L. G., & Kanuk, L. L. (2009). Comportamento do consumidor. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC.

Santos, V. F. dos S. et al. (2010). A agricultura da erva-mate e sua influência no desenvolvimento territorial da região das Missões do RS- Brasil. In: VIII Congresso Latinoamericano de Sociologia Rural, 2010, Porto de Galinhas.

Sassatelli, R. (2007). Consumer culture. History, theory and politics. London: Sage, 2007.

Souza, J. L. de. (2002). Os hábitos de consumo de erva-mate para chimarrão no município de Erechim. 91p. Dissertação de Mestrado, Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

Zamberlan, L., Froemming, L. M. S., Zamin, M., Sparemberger, A., Büttenbender, P. L., & Scarton, L. M. (2009). Do Churrasco à Parrilla: Um Estudo Sobre a Influência da Cultura nos Rituais Alimentares de Brasileiros e Argentinos. In: XXXIII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2009, São Paulo.

Torchi, G. F. C. (2014). A Semiosfera do Chá Gelado: Um Olhar Semiótico sobre s Cultura Mestiça do Tereré. Revista Graphos, 16(2), p. 53-66.

Zikmund, W. G. (2006). Princípios da pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.




DOI: https://doi.org/10.18256/2237-7956/raimed.v6n2p133-148

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2016 Francielle Neuberger, Monize Sâmara Visentini, Fernanda Bard Chagas

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.