Aproximações entre a teoria do reconhecimento do outro e práticas pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.18256/2447-3944/rebes.v1n2p25-33Resumo
O presente artigo emerge a partir da percepção da importância da inclusão de discussões sobre o reconhecimento do outro no âmbito da educação. Segundo os aportes teóricos da teoria do reconhecimento do outro, de Axel Honneth, o trabalho busca possibilitar uma maior compreensão do papel do outro na formação, mostrando que, nesse movimento, quando o eu é deparado com o outro, retorna a si diferente e enriquecido de novas experiências. Assim como a teoria do reconhecimento, no âmbito educacional também se percebe a necessidade de ampliar a discussão para além do ambiente intraescolar, considerando a educação como um fenômeno social que perpassa as instâncias da família, do estado e da sociedade como um todo. Essas instâncias estão presentes na gênese da constituição educacional e, desse modo, são possibilidades que surgem para pensar e refletir sobre o operar pedagógico ancorado no reconhecimento do outro. Nesse sentido, a educação precisa se permitir lançar um olhar para fora do ambiente única e exclusivamente acadêmico e escolar. Para tal, busca-se apresentar as bases teóricas do reconhecimento do outro e suas esferas de reconhecimento, para então, estabelecer relações com as práticas pedagógicas.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação: Resolução CNE/CP Nº 1, de 18 de Fevereiro de 2002 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res1_2.pdf >. Acesso em 01 nov. 2015.
BRASIL. Congresso Nacional: Lei n° 9394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf Acesso em 15/05/2010 >. Acesso em 01 nov. 2015.
DALBOSCO, Cláudio Almir. O cuidado como conceito articulador de uma nova relação entre Filosofia e Pedagogia. In: Educação & Sociedade, Campinas, v. 27, n. 97, p. 1113-1135, set./dez. 2006.
FLICKINGER, Hans-Georg. Senhor e escravo: uma metáfora pedagógica. In: FLICKINGER, Hans-Georg. A caminho de uma pedagogia hermenêutica. Campinas - SP: Autores Associados, 2010a. p. 123 - 137.
FLICKINGER, Hans-Georg. A dinâmica do conceito de formação (Bildung) na atualidade. In: FLICKINGER, Hans-Georg. A caminho de uma pedagogia hermenêutica. Campinas - SP: Autores Associados, 2010b. p. 177 - 193.
FLICKINGER, Hans-Georg. Herança e futuro do conceito de Bildung. In: Educ. Soc., Campinas – SP, v. 32, n. 114, p. 151 – 167, jan.-mar. 2011. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: 19 out. 2015.
HEGEL, Georg W. Friedrich. Fenomenologia do Espírito. 5ª Ed. Petrópolis: RJ: Vozes: Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2008.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Trad. de Luiz Repa. São Paulo: Ed. 34, 2003.
RAULET, Gérard. La filosofia alemana después de 1945. Tradução de Jília Climent. Valência: Universitat de Valéncia, 2009.
WERLE, Denilson Luis; MELO, Rúrion Soares. Introdução: Teoria crítica, teorias da justiça e a “reatualização” de Hegel. In: HONNETH, Axel. Sofrimento de indeterminação: uma reatualização da Filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Editora Singular, Esfera Pública, 2007. p. 7 - 44.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Os conteúdos publicados na Revista são de responsabilidade de seus autores. Os autores não serão remunerados pela publicação de seus trabalhos. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação dos artigos às normas da publicação.