A construção da profissão de educador social no Ensino Superior Brasileiro: novas possibilidades de formação?
DOI:
https://doi.org/10.18256/2447-3944/rebes.v2n4p70-79Palavras-chave:
Educador social, Formação docente no Ensino Superior, Pedagogia social, Legislação educacionalResumo
Este artigo, oriundo das discussões realizadas no projeto de extensão “Fora da Sala de aula” registrado na SR3-DEPEXT nº 4955/2016 – UERJ/FFP, objetiva refletir sobre a constituição da figura ‘educador social’ que, no contexto educacional brasileiro, busca atender às demandas sociais contemporâneas a partir de práticas socioeducacionais em instituições não escolares. Dessa forma, o referido artigo busca enfatizar aos professores de licenciaturas e seus alunos, sobre a importância de compreender a construção desse educador não escolar no cenário educacional brasileiro, o fortalecimento de possíveis processos formativos no ensino superior que preparem os graduandos para exercerem práticas socioeducativas em projetos não escolares e a valorização da identidade profissional desse profissional da educação que se apresenta ativamente nos distintos espaços educacionais, escolares e não escolares, atendendo as demandas dos alunos que vivem em contexto social de vulnerabilidade nesse país. Assim sendo, o ensino superior é convidado, pela sociedade brasileira, a participar na reflexão e organização de conteúdos que auxiliem na formação de um futuro educador social que tenha um perfil de atuação interdisciplinar, capacitando a processos de mediações socioeducacionais e de práticas educativas que serão ferramentas fundamentais para o desempenho do seu trabalho e identidade profissional cumprindo, assim, a sua contribuição para o desenvolvimento humano, social e educacional das camadas empobrecidas.Referências
BRASIL. Lei 7.644, de 18 de dezembro de 1987. Dispõe sobre a regulamentação da atividade de mãe social e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 21 dez. 1987.
BRASIL. Lei 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jul. 1990.
BRASIL. Resolução CNE/CP 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 mai. 2006.
BRASIL. Resolução CNE/CP 2, de 1 de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 jul. 2015.
FERREIRA, A. V. Representações sociais e identidade profissional: elementos para as práticas com os pobres. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2012.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GARRIDO, J. L. G.; GRAU, C. A.; SEDANO, A. R. Esquemas de pedagogia social. Navarra: EUNSA, 2001
KHULMANN JR, M. A circulação das ideias sobre a educação das crianças no Brasil do século XX. In: FREITAS, M. C.; KHULMANN JR, M. (Org.). Os intelectuais na história da infância. São Paulo: Cortez Editora, p. 459-495, 2002.
MARCILIO, M. L. História social da criança abandonada. São Paulo: HUCITEC, 2006.
MORAES, C. S. V. A socialização da força de trabalho: instrução popular e qualificação profissional no Estado de São Paulo. Bragança Paulista: EDUSF, 2003.
ROMANS, M.; PETRUS, A.; TRILLA, J. Profissão: educador social. Porto Alegre: Artmed, 2003.
VENÂNCIO, R. P. Famílias abandonadas: assistência a crianças de camadas populares no Rio de Janeiro e Salvador. Campinas: Papirus, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
- Os conteúdos publicados na Revista são de responsabilidade de seus autores. Os autores não serão remunerados pela publicação de seus trabalhos. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação dos artigos às normas da publicação.