Conselhos Escolares para que? Análise de uma Experiência com Gestão Escolar Democrática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18256/2175-5027.2019.v11i1.2891

Palavras-chave:

educação, democracia, psicologia, conselheiros.

Resumo

Esse artigo relata a experiência de dois anos de um projeto de extensão com foco no fortalecimento dos Conselhos Escolares, realizado por membros do curso de psicologia de uma universidade do interior do Estado de São Paulo. O projeto aconteceu em três escolas municipais de ensino fundamental, no bojo do Programa municipal de fortalecimento dos Conselhos. Encontrou subsídio teórico em referências da psicologia escolar e da psicologia social, articulados pelo materialismo histórico e dialético. Durante o período de execução do projeto, foram realizadas ações como: encontros de formação com membros dos Conselhos Escolares (professores, funcionários, estudantes e pais), diagnósticos participativos, apoio no processo eleitoral e na elaboração coletiva de planos de trabalho das gestões eleitas, entre outras. Finalmente, intersecionando nossa experiência com o arcabouço teórico concluímos que, apesar dos avanços históricos da gestão escolar democrática e da política de estimulo aos Conselhos no município, foram identificadas barreiras para que essas instâncias não sejam figurativas ou acessórias das direções instituídas das escolas. A superação desse quadro começa pelo questionamento dos limites da própria democracia formal, dentro e fora da escola.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Antonio Euzébios Filho, Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Social e do Trabalho.

    Psicólogo formado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2005). Concluiu o Mestrado (2007) e o Doutorado (2010) pelo programa de pós-graduação em Psicologia da PUC-Campinas. Tem experiência na área da Psicologia Social, Psicologia Escolar e Educação, atuando principalmente em contextos educativos e comunitários. Atualmente é professor assistente doutor do Instituto de Psicologia da USP, departamento de Psicologia Social e do Trabalho. Desenvolve estudos de temáticas como: participação política e psicologia e políticas públicas.

     

Referências

Ação Educativa, PNUD & INEP-MEC (2004). Indicadores da qualidade da Educação. São Paulo: Ação educativa. Retrieved from http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf

Braz-Aquino, F, & Rodrigues, L. F. (2016). Estágio supervisionado em Psicologia Escolar: Intervenções com segmentos da comunidade escolar. In M. N. Viana & R. Francischini (orgs.). Psicologia escolar: que fazer é esse? (1ª ed., pp. 188-205) Brasília: Conselho Federal de Psicologia. Retrieved from http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2016/08/CFP_Livro_PsinaEd_web-1.pdf

Bueno, C. A. F. P (2016). A participação dos funcionários nas decisões pedagógicas da escola: possibilidades e desafios em uma escola de Ensino Fundamental. (Dissertação de mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo). Retrieved from https://www.unicid.edu.br/wp-content/uploads/2016/11/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Cristiane-Aparecida-Ferreira-Passos-Bueno.pdf

Carvalho, J. P. M., Meireles, J, & Guzzo, R. S. L. (2018). Política de participação de estudantes: Psicologia na democratização da escola. Psicologia ciência e profissão, 38(2), 378-390. doi: https://doi.org/10.1590/1982-3703002522017

Ciseski, A. N. (1997). Aceita um conselho? Teoria e prática na gestão participativa na escola pública. (Dissertação de mestrado em Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo). Retrieved from http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/140/3/FPF_PTPF_07_0003.pdf

Coutinho, C. N. (1999). Cidadania e modernidade. Perspectivas, 22(4), 19-37. Retrieved from https://periodicos.fclar.unesp.br/index.php/perspectivas/article/viewFile/2087/1709

Martín-Baró, I. (1997). O Papel do Psicólogo. Estudos de Psicologia (Natal), 2(1), pp 27-48. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-294X1997000100002

Marx, K. (1844/2004). Sobre la Cuestión Judía. In Marx Escritos de Juventud. (9ª ed. W. Roces Trad., pp. 463-491). México D.F: Fondo de Cultura Econômica, 12(1).

Ministério da Educação (2004). Programa nacional de fortalecimento dos conselhos escolares. Processos, mobilização, formação e tecnologia. (Módulo 1). Brasília: MEC. Retrieved from http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=43181-livro-ufc-conselho-escolar-pdf-1&category_slug=junho-2016-pdf&Itemid=30192

Paro, V. (1987). A utopia da gestão escolar democrática. Cadernos de pesquisa, 60, 51-53. Retrieved from http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/1235/1239

Plano Municipal de Educação (2012). Plano Municipal de Educação 2012-2021. Secretaria Municipal de Educação. Retrieved from http://hotsite.bauru.sp.gov.br/pme/arquivos/arquivos/13.pdf

Ramos, P; G., & Fernandes, M. C. (2010) Lutas, contradições e conflitos: a construção histórica do conselho escolar no Brasil. In M. C. Luiz (org.) Conselho escolar: algumas concepções e propostas de ação. (1ª ed. pp. 47-58). São Paulo: Xamã. Retrieved from http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=8683-livconselhos-ufscar-pdf&Itemid=30192

Sant´Ana, I. M., & Guzzo, R. S. L. (2014). O psicólogo escolar e o projeto político pedagógico da Escola: Diálogos e possibilidades de atuação. In R. S. Guzzo (org.). Psicologia escolar: desafios e bastidores na Educação pública. (1ª ed. pp. 27-54) Campinas. Alínea.

Tonet, I. (2005). Educação, cidadania e emancipação humana. (1ª ed.). Ijuí: Unijuí. Retrieved from http://ivotonet.xp3.biz/arquivos/EDUCACAO_CIDADANIA_E_EMANCIPACAO_HUMANA.pdf

Vieira, S. L, & Vidal, E. M. (2015). Gestão democrática da escola no Brasil: desafios à implementação de um novo modelo. Revista Ibero-Americana de Educação, 67, 19-38. Retrieved from https://rieoei.org/historico/documentos/rie67a01.pdf

Downloads

Publicado

2019-04-24

Como Citar

Euzébios Filho, A. (2019). Conselhos Escolares para que? Análise de uma Experiência com Gestão Escolar Democrática. Revista De Psicologia Da IMED, 11(1), 139-152. https://doi.org/10.18256/2175-5027.2019.v11i1.2891