Quem mexeu no meu brinquedo? Investigando o consumo de brinquedos por um grupo de adultos

Autores

  • Rafael Mendes Lübeck Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pósgraduação em Administração (PPGAD).
  • Aline Hopner Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pósgraduação em Administração (PPGAD).
  • Ana Paula Silva Faculdades Senac Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.18256/2237-7956/raimed.v5n3p228-240

Palavras-chave:

Symbolic consumption, Adults Toys Consumption, Emotions

Resumo

O presente trabalho objetivou investigar os valores simbólicos que explicam o consumo de brinquedos por um grupo de pessoas adultas. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa com coleta de informações via entrevistas. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos por conveniência dos pesquisadores que selecionaram cinco adultos que consomem brinquedos e os colecionam há pelo menos 10 anos. A análise dos resultados foi realizada via análise de conteúdo para gerar categorias e agrupar informações sobre um mesmo tema e análise do discurso para interpretação dos resultados sob a ótica do simbolismo no consumo. Como principais resultados tem-se que envolvimento dos consumidores com os objetos e/ou personagens por eles representados funcionam como símbolos materiais em muitos casos de características que eles gostariam de ter, de como se percebem (self) e momentos que desejam reviver da sua infância. Os aspectos relacionados ao produto atuam como motivadores para o consumo, buscando os consumidores na aquisição à repetição destes sentimentos, sendo que o ato de colecionar permite a geração de um sentimento de pertencimento e referência, a partir do momento em pode se relacionar com outros grupos para os quais é referência devido a coleção.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Rafael Mendes Lübeck, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pósgraduação em Administração (PPGAD).
    Doutorando em Administração, linha de pesquisa Marketing na Pontíficia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGAd/PUC-RS), Mestre em Administração pela UFSM, pesquisador de Marketing trabalhando com temas sobre comportamento do consumidor. Atuou nas áreas de Marketing e vendas nos setores de serviços e varejo por mais de 15 anos, período no qual ocupou cargos de analista de marketing e gerente.
  • Aline Hopner, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Programa de Pósgraduação em Administração (PPGAD).
    Possui graduação em Hotelaria pela Universidade de Caxias do Sul (2003), Bacharelado em Turismo pela Universidade de Caxias do Sul (2002), é mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008) e doutoranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Atualmente é bolsista CAPES e tem como foco de pesquisa o comportamento e a construção de valor para o consumidor. 
  • Ana Paula Silva, Faculdades Senac Porto Alegre
    Graduada em marketing pelas Faculdades Senac Porto Alegre e pesquisadora voluntária em iniciação científica.

Referências

Altaf, J. G., & Trocolli, I. R. (2011). Essa Roupa é a Minha Cara: a Contribuição do Vestuário de Luxo à Construção da Autoimagem dos Homossexuais Masculinos. Organizações & Sociedade (Online), 18, 513-523.

Andrade, E. B. (2005). Behavioral Consequences of Affect: Combining Evaluative and Regulatory Mechanisms. Journal of Consumer Research, 32 (3), 355-362.

Babin, B.J., Darden, W.R., & Griffin, M. (1994). Work and/or Fun? Measuring Hedonic and Utilitarian Shopping Value. Journal of Consumer Research, 20, 644-656.

Bardhi, F., & Arnould, E.J. (2005) Thrift Shopping: Combining Utilitarian Thrift and Hedonic Treat Benefits. Journal of Consumer Behaviour, 4(4), 223-233.

Bardin, L. (2011) Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2011). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 9 ed., Vozes.

Belk, R. W. (1988) Possessions and the Extend Self. Journal of Consumer Research,15 (2), 139-168.

Belk, R. W. (1995). Collecting as luxury consumption: effects on individuals and households. Journal of Economic Psychology ,16, 477–490.

Berger, J., & Shiv, B. (2011). Food, Sex, and the Hunger for Distinction. Journal of Consumer Psychology, 32(5), 561- 576.

Clark, R. A., Zboja, J. J., & Goldsmith, R.E. (2006). Status consumption and role-relaxed consumption: A tale of two retail consumers. Journal of Retailing and Consumer Services,14 (1), 45 – 59.

Creusen, M.E.H., & Schoormans, J.P.L. (2005).The different roles of product appearance in consumer choice. Journal of Product Innovation Management , 22 (1), 63-81.

Denzin, N.K. (2001). The Seventh Moment: Qualitative Inquiry and the Practices of a More Radical Consumer Research. Journal of Consumer Research, 28(2), 324-330.

Dhar, R., & Wertenbroch, K. (2000). Customer Choice Between Hedonic and Utilitarian Goods. Journal of Marketing Research, 37(1), 60–71.

Dittmar, H., & Drury, J. (2000). Self-image – is it in the bag? A qualitative comparison between ‘‘ordinary’’ and ‘‘excessive’’ consumers. Journal of Economic Psychology ,21,109–142.

Edell, J. A., & Burke, M. C. (1987). The Power of Feelings in Understanding Advertising Effects. Journal of Consumer Research, 14, 421-433.

Faseur, T., & Geuens, M. (2006).Different Positive Feelings Leading to Different Ad Evaluations: The Case of Coziness, Excitement, and Romance. Journal of Advertising, 35(4), 129-139.

Formanek, R. (1991). Why They Collect: Collectors Reveal Their Motivations. Journal of Social Behavior and Personality. 6 (6), 275-86.

Forsythe, S.M., Butler, S., & Kim, M.S. (1991) Fashion Adoption: Theory and Pragmatics. Clothing and Textiles Research Journal, 9 (4), 8-15.

Gardner, B. B., & Levy, S. J. (1955). The Product and the Brand. Harvard Business Review, 33, 33-39.

Giesbrecht, C. M., Matos, F. R. N., Machado, D. Q., & Pinheiro, D. R. C. (2013). Influência da marca e Habitus no consumo de moda: uma análise do comportamento de compra de produtos falsificados. Revista Gestão & Planejamento, 14 (3), 594-612.

Gorn, G. J., Goldberg, M. E., & Basu, K. (1993). Mood, Awareness, and Product Evaluation. Journal of Consumer Psychology, 2, 237-256.

Griskevicius, V., Shiota, M. N., & Nowlis, S. M. (2010).The Many Shades of Rose‐Colored Glasses: An Evolutionary Approach to the Influence of Different Positive Emotions. Journal of Consumer Research, 37(2), 238–250.

Grubb, E. L., & Gratwohl, H. L. (1967). Consumer Self-Concept, Symbolism, and Market Behavior: A Theoretical Approach. Journal of Marketing, 31,22-27.

Hirschman, E.C., & Holbrook, M.B. (1982). Hedonic Consumption: Emerging Concepts, Methods and Propositions. Journal of Marketing, 46, 92-107.

Hofstede, G. (2001). Culture’s consequences: international differences in work-related values (2a ed.). Thousand Oakes, C.A: Sage.

Holbrook, M.B., & Schindler, R.M. (1991). Echoes of the Dear Departed Past: Some Work in Progress on Nostalgia. Advances in Consumer Research, 18, 330-335.

Holbrook. M. B., & Hirschman, E. C. (1982). The experiential aspects of consumption, feelings and fun. Journal of Consumer Research.,9, 132-140.

Hsee, C. K., & Rottenstreich, Y. (2004).Music, pandas, and muggers: on the affective psychology of value. Journal of experimental psychology, 1, 23-30.

Kim, H., Park, K., & Schwarz, N. (2010).Will This Trip Really Be Exciting? The Role of Incidental Emotions in Product Evaluation. Journal of Consumer Research, 36 (6),983–991.

Laran, J., & Wilcox, K. (2011).Choice, Rejection, and Elaboration on Preference-Inconsistent Alternatives. Journal of Consumer Research, 38, p. 229-241.

Lerner, J. S., & Keltner, D. (2000). Beyond valence: Toward a model of emotion-specific influences on judgment and choice. Cognition & Emotion, 14, 473-493.

Levitt, T. (1970). The Morality (?) of Advertising. Harvard Business Review, 48, 84-92.

Levy, S. J. (1959). Symbols for Sale. Harvard Business Review, 37, 117-124.

Loewenstein, G., & Donoghue, T. O. (2004). Animal Spirits: Affective and Deliberative Processes in Economic Behavior. Social Science Research Network, 2006, 1–54.

Lynn, M., & Snyder, C.R. Uniqueness seeking. In: Snyder, C.R., & Lopes, S.J. (2002). Handbook of positive psychology. New York: Oxford University Press, 395–410.

Martin, D. M., & Schouten, J. W. (2014). Consumption-Driven Market Emergence. Journal of Consumer Research, 40 (5), 855-870.

Mccrae, R. R., & Costa Jr., P. T. (1989). The Structure of Interpersonal Traits: Wiggins’s Circumplex and Five-Factor Model. Journal of Personality and Social Psychology, 56 (4), 586-595.

McIntosh, W., & Schmeichel, B. (2004). Collectors and collecting: a social psychological perspective. Leisure Sciences: An Interdisciplinary Journal, 26(1), 85–97.

Mick, D. G., & Demoss, M. (1990). Self-Gifts: Phenomenological Insights from Four Contexts. Journal of Consumer Research, 17, 677-682.

Miller, N.G. (2000). Retail Leasing in a Web Enabled World. Journal of Real Estate Portfolio Management, 6 (2),167-184.

Nail, P R. (1986). Toward an Integration of Some Models and Theories of Social Response. Psychological Bulletin, 100, 190-206.

Noble, C. H., & Walker, B. A (1997). Exploring the Relationships among Liminal Transitions, Symbolic Consumption,and the Extended Self. Psychology & Marketing. 14(l),29-47

Oliveira, B., Tavares, G. R. M., & Sato, K. S. (2010). Percepção: uma caixa preta para marketing? Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, 3 (3), 424-430.

Orlandi, E. P. (2010). Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes.

Pasdiora, M. A., & Brei, V. A. (2014) A formação do hábito de consumo infantil: uma análise crítica da Teoria de Consumo de Status aplicada às classes sociais altas e baixas no Brasil. Organizações & Sociedade (Online), 21, 789-813.

Pearce, S. (1995). On Collecting: An Investigation into Collecting in the European Tradition. Routledge, London.

Pereira, S. J. N., & Ayrosa, E. A. T. (2012). Corpos consumidos: cultura de consumo gay carioca. Organizações & Sociedade (Online), 19, 295-313.

Pinto, M. R., & Lara, J. E. (2008). O que se publica sobre comportamento do consumidor no Brasil, afinal? Rev. Adm. UFSM, Santa Maria, 1 (1), 85-100.

Ramanathan, S., & Menon, G. (2006) Time-Varying Effects of Chronic Hedonic Goals on Impulsive Behavior. Journal of Marketing Research. 43(4), 628-641.

Robertson, A.F (2004). Life like dolls: the collector doll phenomenon and the lives of the women who love them. Taylor & Francis e-Library.

Rocha, E. P. G., & Barros, C. (2006). Dimensões culturais do marketing: teoria antropológica, etnografia e comportamento do consumidor. Revista de Administração de Empresas, 46 (4), 36-47.

Ruvio, A., Shoham, A., & Brencic, M. M. (2008). Consumers’ need for uniqueness: short-form scale development and cross-cultural validation. International Marketing Review, 25 (1), 33-53.

Scarpi, D. (2006) Fashion Stores between Fun and Usefulness. Journal of Fashion Marketing and Management, 10 (1), 7-24.

Schau, H. J., & Gilly, M. C. (2003). We Are What We Post? Self-Presentation in Personal Web Space. Journal of Consumer Research, 30, 285-404.

Schiffman, L. G., & Kanuk, L. L. (2000). Comportamento do consumidor. Tradução de Vicente Ambrósio. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC.

Schwarz, N., & Clore, G. L. (1983). Mood, misattribution, and judgments of well-being: Informative and directive functions of affective states. Journal of Personality and Social Psychology, 45, 513-523.

Singer, J. A. (1990). Affective responses to autobiographical memories and their relationship to long-term goals. Journal of Personality, 58, 535–563.

Spangenberg, E.R., Voss, K.E., & Crowley, A.E. (1997). Measuring the Hedonic and Utilitarian Dimensions of Attitude: a Generally Applicable Scale. Advances in Consumer Research, 24(1), 235-41.

Tian, K. T., Bearden, W. O., & Hunter, G. L.(2001). Consumers’ Need for Uniqueness: Scale Development and Validation. The Journal of Consumer Research, 28(1),50-66.

Timmor, Y., & Katz-Navon, T. (2008). Being the same and different: A model explaining new product adoption. Journal of Consumer Behaviour, 7, 249-262.

Torres, C., & Allen, M. (2009). Influência da cultura, dos valores humanos e do significado do produto na predição de consumo: síntese de dois estudos multiculturais na Austrália e no Brasil. Revista de Administração Mackenzie, 10 (3), 127-152.

Voss, K. E., Spangenberg, E. R., & Grohman, B. (2003). Measuring the Hedonic and Utilitarian Dimensions of Consumer Attitude. Journal of Marketing Research, 40, 310-320.

Yi, S., & Baumgartner, H. (2004). Coping With Negative Emotions in Purchase-Related Situations. Journal of Consumer Psychology, 14, 303-317.

Zinkham, G.M., & Hong, J.W. (1991). Self concept and advertising effectiveness: a conceptual model of congruency, conspicuousness, and response mode. In: Holman, R.H., & Solomon, M.R. (Eds), Advances in Consumer Research,18, Association for Consumer Research, Provo, UT, 348-354.

Zolfagharian, M., & Cortes, A. (2011). Motives for collecting artwork, collectables and antiques. Journal of Business & Economics Research, 9 (4), 27-42.

Downloads

Publicado

2015-12-31

Edição

Seção

Artigos