Evidenciação Socioambiental das Empresas de Papel e Celulose

Ariane Elias Leite de Moraes, Rosamaria Cox Moura Leite Padgett, Matheus Wemerson Gomes Pereira

Resumen


Por ser ambientalmente sensível, o setor de papel e celulose realiza ações socioambientais para mitigar os efeitos negativos da produção. As evidenciações socioambientais são estratégias que as empresas utilizam para demonstrar as ações socioambientais. Assim, este estudo objetiva analisar a evolução das evidenciações socioambientais das empresas brasileiras de papel e celulose. A análise contempla os relatórios de sustentabilidade de oito empresas, considerando quatro períodos de análise (2011, 2013, 2015 e 2017). Para tanto, analisou-se o conteúdo dos relatórios de sustentabilidade do setor, publicados na base de dados da Global Reporting Initiative. O tratamento dos dados ocorreu por meio de estatísticas descritivas e da análise fatorial múltipla. Os resultados demonstram que o padrão das evidenciações é similar entre as empresas. A categoria ambiental foi a mais evidenciada, contudo, houve um declínio nos níveis de divulgação a partir de 2013, principalmente para a categoria responsabilidade com o produto.


Palabras clave


Divulgação não financeira; Relatórios de sustentabilidade; Responsabilidade social corporativa

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Referencias


Almeida, M. A. (2014). Estrutura de capital e divulgação voluntária de informações de responsabilidade social corporativa das empresas brasileiras. (Tese de doutorado). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil.

Boiral, O., & Henri, J. F. (2015). Is sustainability performance comparable? A study of GRI reports of mining organizations. Business & Society, 56(2), 283-317.

Borges, A. P., Rosa, F. S., & Ensslin, S. R. (2010). Evidenciação voluntária das práticas ambientais: um estudo nas grandes empresas brasileiras de papel e celulose. Production, 20(3), 404-417.

Cassol, A., Cintra, R. F., & da Luz, J. A. (2017). Responsabilidade social corporativa e as práticas de gestão do capital intelectual divulgadas por empresas do setor de papel e celulose. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 6(3), 74-86.

Charumathi, B., Ramesh, L., & Sharma R. R. (2020). Impact of voluntary disclosure on valuation of firms: evidence from Indian companies. Vision, 24(2), 194-203.

Cormier, D., Aerts, W., Ledoux, M., & Magnan, M. (2010). Web-based disclosure about value creation processes: a monitoring perspective. Abacus, 46(3), 320-347.

Costa, R. S., Marion, J. C. (2007). A uniformidade na evidenciação das informações ambientais. Revista de Administração e Economia, 52(43), 20-33.

Dimaggio, P. J., & Powell, W. W. (2005). A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. Revista de Administração de Empresas, 45(2), 74-89.

Dye, R. (2001). An evaluation of “essays on disclosure” and the disclosure literature in accounting. Journal of Accounting and Economics, 32(1-3), 181-235.

EPE – Empresa de Pesquisa Energética (2015). Balanço energético nacional 2015: ano base 2014. Recuperado de https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-127/topico-97/Relat%C3%B3rio%20Final%202015.pdf

Escofier, B., & Pages, J. (1984). L’analyse factorielle multiple. Cahiers du Bureau universitaire de recherche opérationnelle Série Recherche, 3-68.

Faisal, F., Situmorang, L. S., Achmad, T., & Prastiwi, A. (2020). The role of government regulations in enhancing corporate social responsibility disclosure and firm value. Journal of Asian Finance, Economics and Business, 7(8), 509–518.

Fonseca, D., Machado, D. G., Costa, A. A., & Souza, M. A. (2016). Evolução da evidenciação de custos ambientais: Um estudo em empresas do setor de papel e celulose - integrantes do Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 5, 34-48.

Fuchs, P. R. (2008). Estratégias climáticas das empresas brasileiras: investigação nos setores de papel e celulose e automotivo com base em benchmarks internacionais. (Dissertação de mestrado). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Garcia, A. S., Mendes, W., & Orsato, R. J. (2017). Sensitive industries produce better ESG performance: Evidence from emerging markets. Journal of Cleaner Production, 150, 135-147.

Gavião, L. O., Barreto, M., Lima, G. B. A., Meza, L. A., Souza, D. O. G., & Vieira, T. G. (2017). Avaliação de eficiência a partir de indicadores de sustentabilidade. Conhecimento e Diversidade, 8(16), 68-83.

GRI - Global Reporting Initiative. (2013). The most popular CRS instruments. Recuperado de https://www.globalreporting.org/information/news-and-press-center/Pages/GRI-among-the-most-popular-CSR-instruments.aspx

GRI - Global Reporting Initiative. (2016). Consolidated set of GRI sustainability reporting standards. The Netherlands.

Hair Junior, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009) Análise multivariada de dados. Bookman.

He, Z., Lu, W., Guo, X., Shen, W., Wang, X., Li, C., & Li, W. (2020). Análise da política de regulamentação ambiental para empresas de papel chinesas. BioResources, 15(4), 9894-9916.

Husson, F. L. S., & Pages, J. (2011). Exploratory multivariate analysis by example using R. Boca Raton: CRC Press.

IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores. (2020). Relatório anual, 2020. Recuperado de https://iba.org/datafiles/publicacoes/relatorios/relatorio-iba-2020.pdf

ICFPA – International Council of Forest & Paper Associations. (2015). ICFPA sustainability progress report, 2015. Recuperado de http://iba.org/images/shared/ICFPA_Newsletter_Issue_15.pdf

ISO – International Organization for Standardization. Why ISO 9001?. Recuperado de https://www.iso.org/iso-9001-quality-management.html

Jain, A. K., Murty, M. N., & Flynn, E. P. J. (1999). Data clustering: a review. ACM Computing Surveys, 31(3), 264–323.

Kumar, A., & Das, N. (2018). Sustainability reporting practices in emerging economies: a cross-country study of BRICS nations. Problemy Ekorozwoju, 13, 17-25.

Lárran, M., Andrades, F. J., & Herrera, J. (2018). An analysis of university sustainability reports from the GRI database: an examination of influential variables. Journal of Environmental Planning and Management, 62, 1019-1044.

Li, N., & Toppinen, A. (2011). Corporate responsibility and sustainable competitive advantage in forest-based industry: complementary or conflicting goals? Forest Policy & Economics, 13, 113-123.

Lima, E. M. (2009). Análise comparativa entre o índice disclosure e a importância atribuída por stakeholders a informações consideradas relevantes para fins de divulgação em Instituições de Ensino Superior Filantrópicas do Brasil: Uma abordagem da teoria da divulgação. (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Liu, X., & Anbumozhi, V. (2009) Determinants factors of corporate environmental information disclosure: an empirical study of Chinese listed companies. Journal Cleaner Production, 17(6), 593-600.

Liubachyna, A., Secco, L., & Pettenella D. (2017). Reporting practices of state forest enterprise in Europe. Forest Policy and Economics, 78, 162-172.

Machado, D. G., Oliveira, A. F., Ribeiro Filho, J. T., & Costa, A. A. (2015). Evidenciação de custos ambientais: um estudo multicaso de empresas do segmento de papel e celulose listadas na BM&FBovespa. Revista Sinergia, 19(2), 1-15.

Mani, V., Gunasekaran, A., & Delgado, C. (2018). Supply chain social sustainability: Standard adoption practices in Portuguese manufacturing firms. International Journal of Production Economics, 198, 149-164.

Marques, K. C. M. (2012) Custeio alvo à luz da teoria da contingência e da nova sociologia institucional: Estudo de caso sobre sua adoção, implementação e uso. (Tese de doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

Meyer, J. W., & Rowan, B. (1977). Institutionalized organizations: formal structures as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83(2), 340-363.

Murcia, F. D. R., Rover, S., Lima, I., Fávero, L. P. L., & Lima, G. A. S. F. (2008). Disclosure verde nas demonstrações contábeis: Características da informação ambiental e possíveis explicações para a divulgação voluntária. Revista UnB Contábil, 11(1-2), 260-278.

Nikolaou, I. E., & Matrakoukas, S. I. (2016). A framework to measure eco-efficiency performance of firms through EMAS reports. Sustainable Production and Consumption, 8, 32-44.

Oliva, F. L., Sobral, M. C., Teixeira, H. J., Grisi, C. C. H., & Almeida, M. I. R. (2012). Desenvolvimento sustentável: análise das relações Inter organizacionais na indústria de celulose e papel. Ambiente & Sociedade, 15(1), 70-92.

Oliveira, M. C., Ceglia, D., Lima, S. L., & Ponte, V. M. R. (2017). Análise da divulgação de governança corporativa: um estudo sobre empresas brasileiras. Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 15(1), 172-194.

Pinheiro, A. B., Sampaio, T. S. L., & Batistella, A. J. (2021). Efeito da representação feminina na divulgação de responsabilidade social corporativa: Análise internacional do setor energético. Internext - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais, 16(2), 183-202.

Porte, M., Sampaio, E., Godilho, V., & Azevedo, G. (2013). Inconsistência em relatórios de sustentabilidade: O caso Suzano. Tourism & Management Studies, 2, 643-656.

Radhouane, I., Nekhili, M., Nagati, H., & Paché, G. (2018). Customer-related perfomance and the relevance of environmental reporting. Journal of Cleaner Production, 190, 315-329.

Rogelj, J., Den Elzen, M., Höhne, M., Franzen, T., Fekete, H., Winkler, H., Schaeffer, R., Sha, F., Riahi, K., & Meinshausen, M. (2016) Paris agreement climate proposals need a boost to keep warming well below 2 °C. Nature, 534(7609), 631-639.

Rover, S., Tomazzia, E. C., Murcia, F. D. R., & Borba, J. A. (2012). Explicações para a divulgação voluntária ambiental no Brasil utilizando análise de regressão em painel. Revista de Administração, 47(2), 217-230.

Scordato, L., Klitkou, A., Tartiu, V. E., & Coenen, L. (2018). Policy mixes for the sustainability transition of the pulp and paper industry in Sweden. Journal of Cleaner Production, 183, 1216-1227.

Silva, T. L. G. B., Maia, L. C. C., & Leal, E. A. (2017). Grau de aderência aos indicadores de desempenho ambiental do GRI em um mercado emergente: uma análise em empresas com potencial poluidor em dois segmentos. Revista Ambiente Contábil, 9(1), 21-36.

Toppinen, A., Hänninen, V., & Lähtinen, K. (2014). ISO 26000 in the assessment of CRS communication quality: CEO letters and social media in the global pulp and paper industry. Social Responsibility Journal, 11, 702-715.

Zucker, L. G. (1987). Institutional theories of organization. Annual Review of Sociology, 13, 443-464.




DOI: https://doi.org/10.18256/2237-7956.2022.v12i1.4438

Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.




Copyright (c) 2022 Ariane Elias Leite de Moraes, Rosamaria Cox Moura Leite Padgett, Matheus Wemerson Gomes Pereira

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.