Direcionadores de Ecoinovação e seus Impactos: Estudo de Caso na Zona Franca de Manaus

Pedro Gilberto Aloise, Daniel Faturi Silva, Janaina Macke

Resumo


Um dos pontos de relevância do Relatório da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1987, diz respeito a utilização não predatória dos recursos naturais e a degradação do meio ambiente. As inovações surgem como meio de se atingir estes objetivos e as organizações tem um importante papel a cumprir neste sentido. Os estudos organizacionais sobre ecoinovação (EI), estão concentrados em países desenvolvidos e a literatura tem recomendado novas pesquisas para se analisar fatores e condições específicas em países em desenvolvimento. A pesquisa buscou identificar os direcionadores de ecoinovações, nas indústrias instaladas no Polo Industrial da Zona Franca de Manaus. A metodologia da pesquisa apresenta-se na forma de estudo de caso, com análise quantitativa e coleta realizada por meio de survey, com amostra de indústrias instaladas em Manaus. A pesquisa contribui com a teoria de ecoinovação na Zona Franca de Manaus, identificando, quantificando e analisando os impactos dos direcionadores regionais de ecoinovação, conforme proposto em estudos anteriores. A biodiversidade amazônica é o principal fator potencial que pode direcionar ecoinovações, através do desenvolvimento de novos produtos, por meio de biotecnologias, biofármacos, biocosméticos e fitoterápicos. Outros direcionadores identificados estão relacionados às mudanças na legislação local, recursos para Pesquisa e Desenvolvimento, cursos inovadores, desenvolvimento de processos reversos,  certificação ambiental, competitividade, criatividade e continuidade dos negócios. Por fim, a pesquisa proporcionou insights para a proposição de estudos futuros relacionados a direcionadores de ecoinovações, tanto no campo téorico quanto no seu avançao no ambiente de empresas e pólos como a Zona Franca de Manaus.

     

Palavras-chave


Ecoinovação. Direcionadores de ecoinovação. Zona Franca de Manaus.

Texto completo:

PDF HTML

Referências


Bernauer, T., Engels, S. T., Kammerer, D., & Seijas, J. (2006). Explaining Green Innovation: Ten years after Porter´s proposition-How to study the effects of regulation on corporate environmental innovation? [Working Paper N° 17]. Center for Comparative and International Studies, University of Zurich Zurich.

Boons, F., & Lüdeke-Freund, F. (2013). Business Models for Sustainable Innovation: state-ofthe art and steps towards a research agenda. Journal of Cleaner Production, 45, 9-19.

Carrillo-Hermosilla, J., Del Río, P., & Konnola, T., 2010. Diversity of eco-innovations: reflections from selected case studies. Journal of Cleaner Production, 18(10), 1073-1083.

Celino, E. A. B. (2006). As Zonas de Desenvolvimento Econômico como instrumento de políticas públicas: o caso da China. Dissertação de mestrado, Universidade de Brasilia, Brasília, DF, Brasil.

Charter, M., & Clark, T. (2007). Sustainable Innovation: key conclusions from Sustainable Innovation conferences 2003-2006. The Centre for Sustainable Design, Farnham, University College for the Creative Arts.

Cheng, C. C. J., Yang, C-L., & Sheu, C. (2014). The link between eco-innovation and business performance: a Taiwanese industry context. Journal of Cleaner Production, 64, 81-90.

Cuerva, M. C., Triguero-Cano, A., & Córcoles, D. (2014). Drivers of Green and Non-green innovation: empirical evidence in low-tech SMEs. Journal of Cleaner Production, 68, 104-113.

Den Hond, F. (1996). Book Review: Driving Eco‐Innovation; A Breakthrough Discipline For Innovation And Sustainability By Claude Fussler With Peter James. Business Strategy and the Enviroment, 6(5), 297.

Díaz-Garcia, C.,González-Moreno, A., & Sáez-Martinez, F.(2015). Ecoinnovation: insights from a literature review. Innovation: Management, Policy and Practice, 17(1), 6-23.

Díaz-López, F. J. (2009). Environment, Technological Change and Innovation: the case of the Mexican Chemistry Industry. Tese de doutorado, University of East Anglia, Norwich, England.

Díaz-López, F. J., & Montalvo, C. (2011). ¿Ès la eco-innovación una herramienta-objetivo necessária y alcanzable para países emergentes? Innovación y Competitividad, 44, 171-195.

Ding, M., & Jianmu, Y. (2015). Eco-innovation determination based on structural equation modeling: identifying the mediation and moderation effect. International Journal of Management Science and Business Administration, 1(3), 17-29.

Eun Kyung, J., Mi Sun, P., Tae Woo, R., & Ki Joo, H. (2015). Policy instruments for ecoinnovation in Asian countries. Sustainability, 7(9), 12586-12614.

Gmelin, H., & Seuring, S. (2014). Determinants of a sustainable new product development. Journal of Cleaner Production, 69, 1-9.

Guinée, J. B., Udo de Haes, H. A., & Huppes, G. (1993). Quantitative life cycle assessment of products. Journal of Cleaner Production, 1(1), 3-13.

Hart, S. L. (1995). A natural resource-based view of the firm. Academy of Management Review, 20(4), 986–1014.

Horbach, J. (2008). Determinants of environmental innovationdnew evidence from German panel data sources. Research Policy, 37(1), 163-173.

Horbach, J. (2014). Do eco-innovations need specific regional characteristics? An econo-metric analysis for Germany. Review of Regional Research, 34(1), 23-38.

Horbach, J., Rammer, C., & Rennings, K. (2012). Determinants of Eco-innovation by Type of Environmental Impact – the role of regulatory push/pull, technology push and market pull. Ecological Economics, 78, 112-122.

Jo, J.-H., Roh, T., Kim, S., Youn, Y.-C., Park, M., Han, K., & Jang, E. (2015). Ecoinnovation for sustainability: evidence from 49 countries in Asia and Europe. Sustainability 7(12), 15849.

Kammerer, D. (2009). The effects of customer benefit and regulation on environmental product innovation. Empirical evidence from appliance manufacturers in Germany. Ecological Economics, 68(8-9), 2285-2295.

Kemp, R., & Arundel, A. (1998). Survey Indicators for Environmental Innovation [Working Paper N° 8]. STEP Group, Norway.

Kemp, R., López, F. J. D., & Bleischwitz, R. (2013). Report on green growth and ecoinnovation. Deliverable 2.2 of FP7 Project “EMIninn –Environmental macro-indicators of innovation”. (Relatório de Pesquisa/2013), Wuppertal, Germany Maastricht Univesity, Netherlands Organisation for Applied Scientific Research TNO and Wuppertal Institute for Climate, Energy and the Environmet, Maastricht.

Kemp, R., & Oltra, V. (2011). Research insights and challenges on eco-innovations dynamics. Industry and Innovation, 18(3), 249-253.

Kergel, H., Müller, L., & Nerger, M. (2010). Relatório sobre os determinantes do Sistema de Inovação Local de Manaus. (Relatório de Pesquisa/2010), Berlim, Institute for Innovation and Technology.

Kesidou, E., & Demirel, P. (2012). On the drivers of eco-innovations: empirical evidence from the UK. Research Policy, 41, 862-870.

Koh, S.C.L., Gunasekaran, A., & Tseng, C.S. (2012). Cross-tier ripple and indirect effects of directives WEEE and RoHS on greening a supply chain. International. Journal Production and Economy, 140(1), 305-317.

Miranda, R. N. (2013). Zona Franca de Manaus: desafios e vulnerabilidades. (Texto para discussão, N° 126). Brasilia, DF: Núcleo de Estudos e Pesquisas do Senado Federal.

Nidumolu, R., Prahalad, C.K., & Rangaswami, M.R. (2009). Why sustainability is now the key driver of innovation. IEEE Engineering Management Review, 43(2), 85-91.

Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD. (2009). – Sustainable Manufacturing and Eco-Innovation: framework, practices and measurement. Paris: OECD.

Popp, D. (2006). International innovation and diffusion of air pollution control technologies: the effects of NOx and SO2 regulation in the US, Japan, and Germany. Journal of Environmental Economics and Management, 51(1), 46-71.

Rebitzer, G., & Buxmann, K. (2005). The role and implementation of LCA within life cycle management at Alcan. Journal of Cleaner Production, 13(13-14), 1327-1335.

Rennings, K. (2000). Redefining innovation – eco-innovation research and the contribution from ecological economics. Ecological Economics, 32, 319-332.

Teece, J. D., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic Capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.

Triguero, A., Moreno-Mondéjar, L., & Davia, M. A. (2013). Drivers of Diferent Types of Eco-innovation in European SMEs. Ecological Economics, 92, 25-33.

Wagner, M. (2009). Erfolgsfaktoren für Nachhaltigkeitsinnovationen: qualitative und quantitative Befunde. Zeitschrift für Umweltpolitik und Umweltrecht (ZfU) 2, 179-198.




DOI: https://doi.org/10.18256/2237-7956.2018.v8i2.2913

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2018 Pedro Gilberto Aloise, Daniel Faturi e Silva, Janaina Macke

Revista de Administração IMED (RAIMED)               ISSN: 2237-7956                Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/Atitus)

Atitus Educação - Business School – www.imed.edu.br – Rua Senador Pinheiro, 304 – Bairro Vila Rodrigues – 99070-220 – Passo Fundo/RS – Brasil Tel.: +55 51 4004-4818

Licença Creative Commons

Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.