RELATO DE PERCEPÇÕES JUNTO A ALDEIA INDÍGENA PINHALZINHO EM PLANALTO-RS

Vanessa Maria Andreola

Abstract


A condição dos povos indígenas, no Brasil, assume diversas condições, desde a plena preservação de sua cultura até sua total aculturação. Conscientes da importância dos povos indígenas dentro da história do Brasil é preciso entender as formas de viver dos índios hoje, além de conhecer a organização social e espacial, fontes de geração de renda e infraestrutura, para conseguir desta forma, melhorar a vida e a comunidade. Este artigo tem por objetivo descrever percepções obtidas em visitas feitas à Aldeia Pinhalzinho, localizada no município de Planalto, dentro da Terra Indígena Nonoai, no norte do estado do Rio Grande do Sul, e ocupada por duas etnias, os kaingang e os guarani. O método do estudo baseou-se em observação direta, entrevistas com agentes do poder público que atuam no local prestando serviços de saúde e educação, com lideranças dos indígenas e com moradores indígenas do local. Os dados foram registrados informalmente, através de conversas conduzidas segundo as informações desejadas. Levantaram-se percepções a cerca de sua organização social e espacial, sua fonte de renda, sua forma de organização familiar, a habitação existente no local, entre outros dados. Paralelamente, foram pesquisados dados disponíveis no IBGE, através do Censo 2010, para levantar o grau de escolaridade, distribuição por faixa etária e renda das famílias. Os principais resultados da pesquisa apontam para a aculturação sofrida pelos índios, principalmente os kaingang, a inadequação da habitação oferecida a eles pelo poder público, tanto municipal quanto estadual, a importância da localização da aldeia junto a uma área de proteção ambiental, da qual os índios retiram recursos para alimentação e confecção de artesanato, que lhes proporciona geração de renda, o inadequado aproveitamento do território para distribuir as duas etnias que possuem culturas distintas, a existência de uma infraestrutura, tal como rede de comunicação sem fio, energia elétrica e água potável, que pode ser melhor aproveitada para a qualidade de vida dos índios.




DOI: https://doi.org/10.18256/2318-1109/arqimed.v2n2p146-159

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ISSN 2318-1109

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