O apagamento da memória como um processo estrutural da urbanização de São Paulo no século XX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18256/2318-1109.2023.v12i1.5026

Palavras-chave:

Urbanização, São Paulo, memória, identidade

Resumo

Este artigo tem como objetivo comparar os diferentes momentos da história da urbanização em São Paulo e indicar como o processo de destruição de certos espaços significativos para a memória de alguns grupos sociais pode ser visto como mais do que uma sucessão de eventos fortuitos. Em vez disso, é tão extraordinariamente regular que é possível reconhecer um padrão de transformação do espaço urbano baseado no desrespeito à memória e à identidade urbana popular diante dos ditames do "progresso". Um dos traços desse desrespeito é a maneira pela qual a porção mais pobre e muitas vezes negra da população é frequentemente a principal vítima da principal vítima da descaracterização de seus lugares de memória. Esta investigação baseia-se na comparação entre a leitura de fontes iconográficas que mostram a transformação de determinados espaços da cidade, comparada com a análise de músicas que narram ou descrevem espaços significativos e suas mudanças.

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Biografia do Autor

  • Marcos Virgílio da Silva, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
    Coordenador do Mestrado Profissional em Arquitetura, Urbanismo e Design e de Pós-graduação no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, onde também atua como pesquisador e docente de graduação, nas disciplinas de Planejamento Urbano, Planejamento Regional e Projeto Urbano e Patrimônio Histórico. Doutor em História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo (2011), Mestre (2005) e Bacharel em Arquitetura e Urbanismo (2000) pela Universidade de São Paulo. Desenvolvi tese de doutorado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Pesquisador na área de Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo, lidero o grupo de pesquisa 'Pesquisa e Documentação em Arquitetura e Urbanismo'. Atuo, desde 2000, como consultor socioambiental, tendo exercido funções de coordenação, supervisão metodológica e como especialista em patrimônio cultural, planejamento urbano e regional, dinâmica sociocultural e demografia para projetos de planejamento territorial, licenciamento ambiental de obras de infraestrutura e mineração. Interesses de pesquisa: História da Urbanização, Memória Urbana e Patrimônio Cultural.

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Publicado

2023-07-11

Edição

Seção

Artigos