Curitiba das tábuas verticais e mata-juntas: as casas tradicionais de madeira na primeira metade do século XX
DOI:
https://doi.org/10.18256/2318-1109.2022.v11i2.5022Palavras-chave:
Casas tradicionais de madeira, Curitiba, Código de Posturas de 1919Resumo
O padrão arquitetônico das tábuas verticais e mata-juntas se disseminou pela paisagem de Curitiba na primeira metade do século XX. Nas duas últimas décadas do século XIX, a ascensão das serrarias, juntamente com a exploração predatória de espécies nobres como a Araucária angustifólia, promoveu a padronização do corte das tábuas, que se tornaram um material popular devido ao baixo custo. Além dos fatores econômicos, o sincretismo entre as técnicas construtivas se materializou a partir do encontro entre o saber local e as contribuições trazidas por imigrantes de diversas etnias, resultando em casas coloridas, avarandadas e com lambrequins. No entanto, apesar da popularidade dessas edificações, o Código de Posturas de 1919, instrumento legislativo que definiu as normas construtivas e de uso do solo na cidade no início do século XX, contribuiu para a produção de uma paisagem moldada pelos parâmetros da segregação, na qual as casas de madeira integraram um âmbito de exclusão por simbolizarem atraso devido ao material construtivo.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na arqimed, editada pela Escola de Arquitetura e Urbanismo da Atitus Educação, o mesmo jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais co-autores a qualquer outro periódico. Através deste instrumento, em meu nome e em nome dos demais co-autores, porventura existentes, cedo os direitos autorais do referido artigo à Atitus Educação.