Curitiba das tábuas verticais e mata-juntas: as casas tradicionais de madeira na primeira metade do século XX

Núbia Parol

Resumo


O padrão arquitetônico das tábuas verticais e mata-juntas se disseminou pela paisagem de Curitiba na primeira metade do século XX. Nas duas últimas décadas do século XIX, a ascensão das serrarias, juntamente com a exploração predatória de espécies nobres como a Araucária angustifólia, promoveu a padronização do corte das tábuas, que se tornaram um material popular devido ao baixo custo. Além dos fatores econômicos, o sincretismo entre as técnicas construtivas se materializou a partir do encontro entre o saber local e as contribuições trazidas por imigrantes de diversas etnias, resultando em casas coloridas, avarandadas e com lambrequins. No entanto, apesar da popularidade dessas edificações, o Código de Posturas de 1919, instrumento legislativo que definiu as normas construtivas e de uso do solo na cidade no início do século XX, contribuiu para a produção de uma paisagem moldada pelos parâmetros da segregação, na qual as casas de madeira integraram um âmbito de exclusão por simbolizarem atraso devido ao material construtivo.


Palavras-chave


Casas tradicionais de madeira; Curitiba; Código de Posturas de 1919

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DOI: https://doi.org/10.18256/2318-1109.2022.v11i2.5022

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