Aplicação de Método Quantitativo para Análise do Estado de Degradação de Edificações Subterrâneas: Os Túneis da Antiga Cervejaria Ritter - Pelotas/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18256/2318-1109.2020.v9i2.4205

Palavras-chave:

manifestações patológicas, conservação, patrimônio histórico.

Resumo

Pelotas é uma cidade conhecida pela sua representatividade histórica e cultural, com edificações que remontam o período eclético da arquitetura, no entanto, necessitando de ações que busquem preservar os bens representados por estas edificações. A avaliação do estado de degradação das edificações históricas requer um trabalho aprofundado em vista da gama de conhecimentos necessários para o entendimento da degradação. A utilização de métodos não destrutivos é uma ferramenta indispensável na preservação das edificações históricas, uma vez que auxilia na avaliação do estado de degradação e no tratamento dos danos. Neste contexto, o presente artigo teve como objetivo avaliar o estado de degradação do túnel 7 da Antiga Cervejaria Ritter localizado em Pelotas/RS, edificação de 117 anos. O primeiro ensaio, não destrutivo, a ser realizado no levantamento de danos de uma edificação é a inspeção visual e a posterior construção do mapa de danos. Assim, foi realizado levantamento histórico, visual e fotográfico, elaboração do mapa de danos, e, por fim, adaptado e aplicado o Método de Mensuração de Degradação (MMD). As manifestações patológicas mais representativas no túnel 7 são manchas de umidade; mofo e bolor, descolamento de pintura, descolamento de reboco e fissuras, comprovando que os danos encontrados se devem à presença indevida de água na edificação. Através do MMD foi possível obter um fator de dano total (FDt) de 29,81% na face A, 68,71% na face B, 57,41% na face C e 90,95% na face D tendo como manifestação patológica predominante as manchas de umidade; mofo e bolor, e de modo geral, o túnel 7 apresenta um FDt de 76,50%. Desta maneira, o estudo demonstrou como o uso de ensaios não destrutivos combinado com a aplicação de métodos quantitativos é de extrema importância para a avaliação do estado de degradação de edificações.

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Biografia do Autor

  • Vitória Silveira da Costa, Universidade Federal de Pelotas
    Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) na Universidade Federal de Pelotas, na linha de pesquisa Tecnologia e Conservação do Ambiente Construído. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas (2016), durante a graduação atuou como monitora voluntária em projeto de ensino e estagiária em escritório de arquitetura. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projetos Arquitetônicos e Arquitetura de Interiores.
  • Ariela da Silva Torres, Universidade Federal de Pelotas
    Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Pelotas (2003), mestrado em Engenharia Civil com ênfase em estrutura - PPGEC/UFRGS (2006) e doutorado em Engenharia Civil com ênfase em estruturas - PPGEC/UFRGS (2011). É professora Associada 1 na Universidade Federal de Pelotas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo no departamento de Tecnologia da Construção e também professora/orientadora do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPel na linha de pesquisa:Gestão, Produção e Conservação do Ambiente Construído. Atualmente chefe do Departamento de Tecnologia da Construção e membro do colegiado do curso de Arquitetura e Urbanismo.

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Publicado

2020-12-31

Edição

Seção

Artigos