Urbanização e preservação cultural: caso do Bairro das Chicalas em Luanda

Aurea Bianca Vasconcelos Andre, Jessica de Almeida Polito

Resumo


O processo de urbanização em Luanda tem sido pontual, sendo priorizadas as áreas centrais da cidade e negligenciando-se os projetos habitacionais para a população mais pobre. Os planos de requalificação tendem a ser planos com propostas duvidosas, se analisados sob a ótica dos grandes debates urbanísticos que abordam a integração social e o direito à cidade. Prevalecem interesses financeiros e finalidades corporativistas, e não a melhoria da qualidade de vida dos moradores que, frente a realidade latente, não se reconhecem enquanto unidade populacional. O plano de requalificação da Baía de Luanda, na qual Chicala faz parte, envolve destruições de bairros informais em seu entorno. Discute-se aqui as implicações desta reforma urbanística e seus impactos no bairro da Chicala, à luz da segregação territorial, identidade cultural, políticas públicas habitacionais e o habitat. Frente aos impasses de uma gestão territorial conturbada e direcionada, e as ações que reforçam a desigualdade social, sugere-se, aqui, uma reflexão sobre a requalificação e a preservação cultural aplicados a este bairro. O pensamento global aliado às ações locais promovem diálogos com as experiências internacionais que podem contribuir para a gestão do território de modo coerente, tendo em vista a sua unidade cultural e os interesses de seus habitantes.


Palavras-chave


Chicala; Urbanização de Luanda; Segregação sócio-espacial e cultural; Cidade Informa; Direito à cidade

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DOI: https://doi.org/10.18256/2318-1109.2020.v9i1.3772

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