Trabalho Decente e Imigração Involuntária: Uma Revisão de Escopo

Suelen Frainer, Ana Lúcia Francisco dos Santos Bottamedi, Suzana da Rosa Tolfo, Thiago Soares Nunes

Resumo


Em um contexto pré-migratório coercitivo, pessoas são involuntariamente forçadas a migrar para outro país. Essa condição os coloca em vulnerabilidade em diversas esferas, inclusive no trabalho. O objetivo deste estudo foi mapear as características das produções empíricas que envolvem o Trabalho Decente e imigrantes involuntários até junho de 2024. Foram utilizados os descritores “Immigrant” e “Refugee” e vocabulário livre: “Migrant,” “Foreign,” “Decent Work” e “Dignity Work” nas seguintes bases de dados: Scopus, Web of Science, PsycInfo, LILACS e SciELO. Obteve-se um total de 340 resultados. Seguindo o protocolo do PRISMA-ScR, a amostra consistiu em 16 estudos que indicam uma diversidade de metodologias e públicos-alvo que caracterizam a imigração involuntária. Identificou-se uma série de desafios e distanciamentos em relação aos princípios de Trabalho Decente conforme estabelecidos pela OIT, revelando um cenário que tende a se aproximar de vivências de trabalho precário, subemprego e discriminação. As principais discussões envolveram: 1) segurança no local de trabalho e proteção social; 2) remuneração justa e desenvolvimento pessoal; e 3) igualdade de oportunidades e tratamento. Conclui-se que estruturas sociais, econômicas e culturais devem se comprometer a romper barreiras em prol da aproximação com o Trabalho Decente, considerando as especificidades contextuais e desta população.

Palavras-chave


Imigração; Migração forçada; Refúgio; Trabalho

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DOI: https://doi.org/10.18256/2175-5027.2024.v16i1.5174

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