Motivações para Uso do Grindr

Estudo Qualitativo com Homens não Heterossexuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18256/2175-5027.2024.v16i2.5073

Palavras-chave:

Motivação, Homens, Minorias Sexuais e de Gênero

Resumo

O presente estudo objetivou conhecer as motivações para o uso do aplicativo Grindr. Para tanto, participaram 121 homens cisgênero não-heterossexuais (Midade = 29,6; DP = 6,05) de diferentes estados do Brasil, que responderam a perguntas demográficas e duas questões abertas. Os dados foram analisados no software Iramuteq, em que se procedeu a análise de Classificação Hierárquica Descendente, identificando-se cinco classes: (1) Busca por parceria, (2) Necessidade de interação sem compromisso, (3) Busca por intimidade, (4) Satisfação sexual imediata e (5) Entretenimento sexual. Essas classes corresponderam a três tipos de motivações para usar o Grindr: (1) Motivação sociossexual, (2) Motivação social e (3) Motivação sexual. Os resultados reforçam que, embora o aplicativo Grindr seja utilizado predominantemente para fins sexuais, ele também é utilizado para busca de relacionamentos e estabelecimento de conexões sociais para fins de fortalecimento de autoestima e validação social. Em termos de implicações práticas, os resultados indicam que é fundamental que profissionais da saúde mental examinem os impactos reais do uso de aplicativos de relacionamento no bem-estar da comunidade LGBT+. 

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Biografia do Autor

  • Alessandro Teixeira Rezende, Universidade Estadual de Pernambuco
    Professor Adjunto da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no Departamento de Psicologia (Campus I). É graduado em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Possui mestrado (2019) e Doutorado (2021) em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pós-Doutor no Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) na linha de Ciberpsicologia e Humanidades Digitais. É coordenador do Núcleo de Pesquisa em Instrumentação Psicológica e Psicologia Social (NEIPPS) e colaborador do Núcleo de Pesquisa em Psicometria e Psicologia Social (NPPS-UFMS). Possui interesse na área de Fundamentos e Medidas em Psicologia (Psicometria: elaboração, adaptação e validação de instrumentos psicológicos), metodologia de análise de dados (quantitativa e qualitativa), Psicologia Social (especialmente, no estudo dos valores humanos, crenças e preconceito sexual), Psicologia da Saúde (e.g., Saúde mental de minorias sexuais e de gênero e suas estratégias de enfrentamento) e Avaliação Psicológica (formação, atuação e ensino).
  • Véronique Donard, Universidade Católica de Pernambuco
    DESS em Psicologia clínica (2003-equivalência Graduação em 2015) e Doutorado em Psicopatologia clínica (Psicose e Estados-limites) pela Universidade Paris Diderot-Paris 7 (2008-reconhecido em 2014). Pós-doutorado em 2014 pela UNICAP. Especialização em Criminologia pela Escola de criminologia da Universidade de Montréal (2012-2013). Bacharelado em filosofia e teologia pelas Facultés Jésuites de Paris (Centre Sèvres) (2000). DEA (Graduação e Mestrado) em Musicologia pela Universidade Paris IV-Sorbonne (1983). Professora Associada da Université Catholique de lOuest - UCO, Angers, colabora com o Laboratoire multisites RPpsy (Angers-UCO, Brest, Poitiers, Rennes 2). Professora visitante da Université de Lille em 2022, desenvolve com o SCALab o projeto Insertion of an eye tracking device in a serious video game intended for the remediation of attention disorders. Criadora e membro do Grupo de Pesquisa CNPq Pesquisas em Ciberpsicologia e Humanidades digitais e do Laboratório de Ciberpsicologia da Unicap. É membro do GT Ciberpsicologia e Interações Sociais da ANPEPP. Foi coordenadora do Curso de Pós-Graduação de Psicologia Clínica da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) de 2019 a 2023. Foi professora da Faculdade de Psicologia da Universidade Católica de Paris (École de Psychologues Praticiens, ICP) de 2005 a 2015, da Universidade Paris 7-Diderot de 2006 a 2012, e das Facultés Jésuites de Paris-Centre Sèvres de 2010 a 2014. Trabalha como psicóloga e psicanalista desde 2005, tendo se especializado na utilização de jogos digitais na clínica psicoterapêutica. Colaborou dois anos com o Instituto de Investigação Criminal da Gendarmerie Nationale Francesa (IRCGN) no rastreamento e profiling dos ciberpedófilos. É co-criadora dos jogos digitais PsicoPing e Knapdown, destinados à reabilitação cognitiva dos distúrbios do déficit de atenção e da plataforma de atendimento YaPlay. Laureada do prêmio Centelha 2019, foi sócia-administradora da startup Guild@ Ltda de 2020 a 2022.
  • Camilla Vieira de Figueiredo, Instituto Federal da Paraíba
    Possui graduação em Psicologia (2018), mestrado (2020) e doutorado em Psicologia Social (2024) pela Universidade Federal da Paraíba. Atua como psicóloga no Instituto Federal da Paraíba, campus de Sousa, e como docente no Curso de Bacharelado em Psicologia do Centro Universitário de Patos. Seus interesses atuais de pesquisa centram-se principalmente na área de Psicologia Social, com ênfase em estudos sobre preconceito, discriminação sexual e de gênero, relações intergrupais e identidade social.
  • Heloísa Bárbara Cunha Moizéis, Faculdade Vidal de Limoeiro do Norte
    Possui graduação em Psicologia (2017) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). É mestra em Psicologia Social (2020) e doutora em Psicologia Social (2024) também pela UFPB, com período sanduíche na Universidad Complutense de Madrid. Tem proximidade com as seguintes áreas: Psicologia Social, Psicometria e Avaliação Psicológica.

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Publicado

12/04/2025

Edição

v. 16 n. 2 (2024): Julho-Dezembro

Seção

Artigo empírico

Licença

Copyright (c) 2025 Alessandro Teixeira Rezende, Véronique Donard, Camilla Vieira de Figueiredo, Heloísa Bárbara Cunha Moizéis

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Baseado no trabalho de https://seer.atitus.edu.br/index.php/revistapsico

Como Citar

Rezende, A. T., Donard, V., Figueiredo, C. V. de, & Moizéis, H. B. C. (2025). Motivações para Uso do Grindr: Estudo Qualitativo com Homens não Heterossexuais. Revista De Psicologia Da IMED, 16(2), 1-21. https://doi.org/10.18256/2175-5027.2024.v16i2.5073