2954

Atitudes sobre a Velhice: Infância, Adolescência, Avós e a Intergeracionalidade

Attitudes about Old Age: Children, Adolescents, Grandparents and Intergenerationality

Actitudes sobre la Vejez: Infancia, Adolescencia, Abuelos y la Intergeneracionalidad

Jussara Soares Marques dos Anjos(1); Lucy Gomes(2); Maria Liz Cunha Oliveira(3);
Henrique Salmazo da Silva(4)

1 Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3446-7683

2 Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6673-5507

3 Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5945-1987

4 Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasil.
E-mail: [email protected] | ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3888-4214

Resumo

A longevidade humana impõe novos desafios e oportunidades à configuração social e familiar da população brasileira. Intervenções intergeracionais oportunizam espaços de troca, reflexão e discussão de modo a minimizar os conflitos, estimular a convivência e desenvolver atitudes mais favoráveis ou positivas sobre a velhice. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura de artigos científicos de língua portuguesa a respeito das atitudes sobre a velhice em crianças e adolescentes no período de 2012 a 2017, com foco nas atividades intergeracionais e papel dos avós. Foram selecionados 13 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. As atitudes sobre a velhice mostram-se plurais, associando-se a coabitação, arranjo e papéis familiares, conflitos intergeracionais, convivência com as pessoas mais velhas, e condições sóciodemográficas. Apesar da variabilidade dos estudos, a maioria ressaltou o suporte instrumental e emocional dos avós, bem como benefícios das intervenções intergeracionais. Questões metodológicas são ressaltadas, bem como a necessidade de investigar a avosidade masculina e os avós cuidadores.

Palavras-chave: envelhecimento, atitude, criança, avós, relações familiares, relações entre gerações

Abstract

Human longevity imposes new challenges and opportunities on the Brazilian social and family configuration. Intergenerational interventions provide opportunities for exchange, reflection and discussion in order to minimize conflicts, to stimulate coexistence and to develop more favorable or positive attitudes about old age. The objective of this study was to carry out an integrative review of the Portuguese language literature based on scientific articles relative to attitudes about old age of children and adolescents from 2012 to 2017, focusing on intergenerational activities and the role of grandparents. We selected 13 articles that met the inclusion and exclusion criteria. Attitudes about old age are manifold, associating with cohabitation, arrangement and family roles, intergenerational conflicts, coexistence with older people, and socio-demographic conditions. Despite the variability of the studies, most emphasized the instrumental and emotional support of the grandparents, as well as the benefits of intergenerational interventions. Methodological issues are highlighted, as well as the need to investigate male grandparents and caregivers grandparents.

Keywords: aging, attitude, child, grandparents, family relations, intergenerational relations

Resumen

La longevidad humana impone nuevos desafíos y oportunidades a la configuración social y familiar de la población brasileña. Las intervenciones intergeneracionales oportunizan espacios de intercambio, reflexión y discusión para minimizar los conflictos, estimular la convivencia y desarrollar actitudes más favorables o positivas sobre la vejez. El objetivo de este estudio fue realizar una revisión integradora de los artículos científicos literatura portuguesa en las actitudes sobre el envejecimiento en los niños y adolescentes en el período comprendido entre 2012 2017, con un enfoque en las actividades intergeneracionales y el papel de los abuelos. Se seleccionaron 13 artículos que atendieron a los criterios de inclusión y exclusión. Las actitudes sobre la vejez se muestran plurales, asociándose a la cohabitación, arreglo y papeles familiares, conflictos intergeneracionales, convivencia con las personas mayores, y condiciones sóciodemográficas. A pesar de la variabilidad de los estudios, la mayoría resaltó el soporte instrumental y emocional de los abuelos, así como beneficios de las intervenciones intergeneracionales. Las cuestiones metodológicas se resaltan, así como la necesidad de investigar los abuelos masculinos y los abuelos cuidadores.

Palabras clave: envejecimiento, actitud, niño, abuelos, relaciones familiares, relaciones intergeracionales

Introdução

O aumento da longevidade humana impõe novos desafios à configuração social e familiar da população brasileira, incluindo a coabitação e a convivência mais prolongada entre as gerações. Se por um lado esses fatores constituem os novos ganhos sociais do século XXI, por outro podem representar fonte de conflitos, choques culturais e sobrecarga do idoso quando assume o papel de cuidador e chefe de família (Camarano & Kanso, 2016; Wegner & Benitez, 2013). Além disso, para Pereira et al. (2014) a convivência entre as gerações também é influenciada pelas atitudes sobre a velhice, sendo estas multideterminadas pela percepção de finitude, funcionalidade e o papel dos avós (Arrais et al., 2012).

Na literatura as atitudes são descritas como “ações, cognições e sentimentos que criam, no campo psicológico do indivíduo, objetos multidimensionais que se agregam em sistemas ordenados de tendências ou predisposições para o comportamento” (Neri, Cachioni & Resende, 2002, p. 972). Nesse constructo, as cognições referem-se a crenças avaliativas sobre um determinado objeto, que em parte refletem normas sociais, e as ações constituem a disposição individual de entrar em contato com o objeto. Em conjunto, as atitudes possuem um papel orientador, integrador e controlador do comportamento (Neri, 1991).

Os primeiros estudos sobre atitudes em relação à velhice são descritos a partir dos anos de 1940, ganhando destaque a pesquisa de Tuckman & Lorge (1953), que investigou atitudes de um grupo de 147 adultos jovens americanos em relação à velhice. A pesquisa impulsionou os estudos na área e os achados indicaram que as atitudes parecem ter cursado com as expectativas culturais vigentes, com destaque para a velhice como um período da vida caracterizado por insegurança econômica, pouca saúde, solidão, resistência à mudança e ausência de recursos físicos e mentais. Após esta pesquisa, estudos subsequentes focalizaram a criação de escalas, instrumentos e a padronização de experimentos, cujo alvo era consolidar o campo de pesquisas e intervenção (Palmore, 1982).

No Brasil a produção acadêmica sobre atitudes sobre a velhice torna-se robusta a partir da década de 1980, após os estudos de Neri (1991, 1995), que culminaram na criação do Inventário de Crenças e Atitudes e em pesquisas situadas em contextos educacionais e intergeracionais (Cachioni & Aguilar, 2008).

Os achados já descritos indicam que as atitudes são construídas em processos comuns de aprendizagem e são passíveis de mudanças, sendo a educação uma ferramenta central. Assim, a mudança de atitudes a respeito da velhice tem sido o alvo da Gerontologia Educacional, oportunizando espaços de troca entre as gerações e o exercício para a formação de novos papéis sobre a velhice e o envelhecimento (Ferrigno, 2010; Tarallo et al., 2017). Nesse contexto, a Escola tende a ser um espaço fecundo para o trabalho com adolescentes (Alves & Vianna, 2010; Zanon et al., 2011), resultando na superação de possíveis preconceitos, nas trocas e no respeito mútuo entre as gerações (Alves e Vianna, 2010). Paralelamente, o papel dos avós parece ser fundamental na construção das atitudes de adolescentes por envolver laços afetivos, relações de cuidados, sentimentos de lealdade e gratidão (Dias et al., 2010), sendo a qualidade do contato mediadora de atitudes mais positivas para com os mais velhos (Cunha & Matos, 2010).

Apesar dos estudos já documentados, existem variabilidades metodológicas e de interesses de pesquisa que precisam ser elucidadas para o delineamento de intervenções educacionais no Brasil. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura de artigos científicos de língua portuguesa sobre atitudes sobre a velhice em crianças e adolescentes no período de 2012 a 2017, com foco nas atividades intergeracionais e papel dos avós. As questões que nortearam a revisão foram: Qual o impacto das atividades intergeracionais sobre as atitudes sobre a velhice em crianças e adolescentes? O papel dos avós influenciam ou moderam as atitudes sobre a velhice em crianças e adolescentes? Para isso os estudos foram categorizados e realizou-se discussão dos temas e aspectos metodológicos empregados.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura a respeito das atitudes de crianças e adolescentes sobre a velhice. Para isso os estudos foram categorizados e discutidos com relação ao perfil da amostra, método, tipo de escala e avaliação utilizada, resultados principais e discussão; propiciando a construção dos percursos metodológicos, temas de interesse e a sistematização da literatura (Souza et al., 2010; Mendes et al., 2008). Adotou-se a revisão integrativa em função de ser um método que proporciona a síntese do conhecimento e a aplicabilidade dos achados na prática.

A busca dos artigos deu-se através dos descritores contidos no DeCS (Descritores em Ciência da Saúde), e inseridos por meio dos operadores booleanos na base de dados Bireme. Foram eles: Adolescente AND Envelhecimento, Atitude AND Criança AND Envelhecimento, Avós, Envelhecimento AND Criança, Relações familiares AND avós. Os artigos foram selecionados por esses descritores, e em seguida pelo título, resumo e por fim pela sua leitura integral.

Os critérios de inclusão foram: atender à combinação dos descritores: adolescente, atitude, avós, criança, envelhecimento e relações familiares; e ser artigo disponível na íntegra e gratuito, veiculado em base de dados nacionais e publicado na língua portuguesa, no período de 2012-2017. Foram critérios de exclusão: artigos duplicados, artigos que não abordavam a temática da pesquisa e revisões sistemáticas da literatura.

Resultados

Seguindo esses critérios, foram encontrados 197 artigos e, após empregar os critérios de inclusão e exclusão, excluídas 183 publicações e selecionados 13 artigos para análise. Desses artigos, seis foram publicados no ano de 2012, um em 2013, dois em 2014, dois em 2015, um em 2016 e um em 2017 e distribuídos de acordo com as bases de dados

Tabela 1. Seleção dos artigos sobre atitudes, avosidade e relações familiares, 2012-2017

DESCRITORES

ARTIGOS

Encontrados

Duplicados

Totais

Selecionados para leitura do resumo

Selecionados após leitura do resumo

Selecionados após leitura do artigo

TOTAL

197

58

109

35

24

13

Adolescente AND Envelhecimento

28

6

22

4

3

3

Atitude AND Criança AND Envelhecimento

6

2

4

3

3

2

Avós

96

30

36

10

6

3

Envelhecimento AND Criança

32

9

23

6

4

4

Relações familiares AND avós

35

11

24

12

8

1

Tabela 2. Descrição das bases de dados dos artigos selecionados para a revisão segundo os descritores utilizados, 2012-2017

DESCRITORES

BASE DE DADOS

Capes

Index-Psicologia

Lilacs

Medline

TOTAL

2

4

5

2

Adolescente AND Envelhecimento

-

1

1

1

Atitude AND Criança AND Envelhecimento

-

-

1

1

Avós

2

-

1

-

Envelhecimento AND Criança

-

3

-

-

Relações familiares AND avós

-

-

2

-

Conforme mostrado nas Tabelas 3 e 4, do total dos 13 estudos analisados, três abordaram somente o impacto das atividades intergeracionais (23,07%); três abordaram somente avosidade (23,07%); dois abordaram avosidade e intergeracionalidade (15,38%); dois analisaram relações entre crença, atitude, avosidade e intergeracionalidade (15,38%); e os outros três abordaram, respectivamente: crença, atitude e avosidade (7,69%); crença, atitude e intergeracionalidade (7,69%); e crença e atitude (7,69%).

Tabela 3. Caracterização dos estudos sobre atitudes em relação à velhice em crianças e adolescentes, Língua Portuguesa, 2012-2017

ESTUDO

OBJETIVO

MÉTODO

RESULTADOS

Azambuja & Rabinovich (2017)

Descrever a visão dos netos e suas relações com

avô e avó, com base na dimensão pessoa da teoria bio-ecológica de

Bronfenbrenner.

Local: Escola privada do Ensino Fundamental na cidade do Salvador, Bahia.

Amostra: Seis crianças, três do sexo feminino e três do sexo masculino, faixa etária de 6 a 9 anos, classe média e baixa, juntamente com suas avós.

Instrumento: Roda de conversa e álbum de imagens da perspectiva educacional

Análise: Qualitativa.

Apontam que há diferença nas relações intergeracionais em função de gênero. A percepção que as crianças têm em relação aos avós é positiva. As avós maternas são preferidas porque elas estão mais envolvidas no cuidado das crianças.

Massi et al. (2016)

Analisar o impacto que atividades dialógicas intergeracionais pode ter na percepção que crianças e adolescentes têm sobre pessoas idosas e vice-versa.

Local: Tuiuti do Paraná

Amostra: 12 idosos vinculados a um programa de extensão universitária entre 50 e 90 anos, e 21 crianças e adolescentes de uma organização não governamental que desenvolve atividades de contra turno escolar com idade entre 10 e 15 anos, interessados em desenvolver atividades dialógicas intergeracionais.

Instrumentos: entrevistas semiestruturadas após atividades conjuntas organizadas semanalmente em torno de atividades dialógicas orais, de leitura e de escrita, envolvendo a intergeracionalidade, em período de 8 meses.

Análise: estudo analítico, de corte longitudinal com abordagem qualiquantitativa e Análise do Conteúdo de Bardin.

Evidenciaram uma visão menos preconceituosa dos participantes frente à geração oposta.

Oliveira et al (2015)

Avaliar as atitudes em relação à velhice, por parte de crianças que residem com idosos com doenças crônicas não transmissíveis, e analisar variáveis sociodemográficas que podem estar relacionadas ao desenvolvimento dessas atitudes.

Local: Domicílios da área urbana do Município do Estado de São Paulo

Amostra: 48 crianças entre sete e dez anos de idade, que residiam com uma pessoa idosa portadora de doença crônica não transmissível cadastrada em Unidade de Saúde da Família.

Instrumentos: questionário sociodemográfico e a Escala de Atitudes em Relação à Velhice para Crianças.

Análise: estudo transversal, descritivo, quantitativo.

A atitude em relação à velhice apresentada pelas crianças foi mais positiva do que negativa.

Piovezan et al. (2015)

Promover a gestão integrada por meio da troca de cartas entre idosos de uma ILPI e jovens de um colégio privado, propiciando conhecimentos, habilidades e valores humanos. Levar ao jovem estudante maior conhecimento sobre o processo do envelhecimento, desmascarando preconceitos e derrubando mitos.

Local: Escola de Ensino Médio e Residencial para idosos na Vila Mariana em São Paulo

Amostra: 27 adolescentes do 1º ao 3º ano, três professoras e dez idosos institucionalizados

Instrumento: cartas anônimas e a Escala de Crenças em Relação à Velhice e Escala de Depressão do idoso

Análise: quantiqualitativa

A intervenção intergeracional mostrou possibilidade de idosos estabelecerem vínculos com jovens estudantes, refletindo em seu senso de pertencimento, autoeficácia e melhor autoestima, bem como melhorias na percepção dos adolescentes sobre o envelhecimento.

Pereira et al. (2014)

Apreender as representações sociais de adolescentes de uma escola pública e de uma privada sobre a velhice e compará-las entre esses dois grupos.

Local: Uma escola pública e uma privada, em Fortaleza - Ceará

Amostra: 30 adolescentes de escola pública e 30 de escola privada, faixa etária de 14 aos 19 anos.

Instrumentos: Entrevista semiestruturada, com levantamento de dados sociodemográficos e aplicação de questões referentes à velhice, explorando o que o adolescente pensava sobre a velhice e suas ações frente ao idoso.

Análise: qualitativa, exploratória e descritiva, fundamentada na Teoria das Representações Sociais com abordagem processual. Os dados coletados foram submetidos às técnicas de análise de conteúdo com elaboração de três categorias, a saber: representações sobre a velhice, o tratamento dado ao idoso, e o reconhecimento de si como sujeito em processo de envelhecimento.

As representações da velhice para os adolescentes foram baseadas em elementos que a consideram como uma fase natural da vida, na qual o idoso deve ter o descanso merecido em face da trajetória vivida. Traz aspectos positivos e negativos, sendo o positivo traduzido pela independência (ser dono de si) e os negativos pela finitude. A independência, finitude e características de infantilização do idoso estão presentes nas representações dos adolescentes da escola privada, sendo esta uma diferença importante entre os dois grupos.

Rabinovish et al. (2014)

Identificar o significado que os bisnetos atribuem às bisavós e aos bisavôs.

Local: Domicílios e Escolas da Bahia

Amostra: 50 crianças entre 6 e 12 anos, 22 do sexo masculino e 28 do feminino, 30 na capital e 20 em cidades do interior

Instrumento: Entrevistas semiestruturadas

Análise: Estudo descritivo qualitativo

Os legados geracionais transmitidos pelas bisavós e pelos bisavôs fazem parte da memória familiar e contribuem para a vida cotidiana da família.

Wegner & Benitez (2013)

Conhecer a percepção dos idosos brasileiros e espanhóis sobre a função de cuidado da família e o tratamento a eles dispensado pela sociedade

Local: Universidades do Rio Grande do Sul e Espanha

Amostra: 1020 idosos, de ambos os sexos, frequentadores de serviços oferecidos pela UNISC e de grupos de convivência para terceira idade nos quais a universidade tem inserção e grupos/centros de idosos atendidos pela Universidade de Barcelona

Instrumento: Entrevista semiestruturada

Análise: levantamento do tipo comparativo-descritivo, utilizando uma metodologia quanti-qualitativa, respectivamente amostragem não probabilística por cotas e técnica da análise de Bardin

Para os idosos pesquisados no Brasil e na Espanha, as relações de afetividade e a união familiar estão diretamente relacionadas à qualidade do cuidado dispensado. O estudo evidenciou que, com o aumento na expectativa de vida dos idosos, aumenta também a importância do papel dos avós na família. As relações entre gerações diferentes podem ser estimulantes no desenvolvimento da família como uma unidade.

Arrais et al. (2012)

Identificar e compreender o lugar dos avós na configuração familiar de netos adolescentes.

Local: Escolas públicas em Brasília/DF

Amostra: 87 adolescentes. 31 que residiam com avós e 56 que não residiam, faixa etária de 14 aos 19 anos.

Instrumento: questionário misto

Análise: método quantitativo, exploratório e descritivo.

Ao desempenhar papéis multidimensionais, os idosos criam diferentes estilos de relacionamento com seus netos, coerentes com as circunstâncias pessoais e subjetivas (afinidade, idade e gênero) e situacionais (divórcio dos pais e questões socioeconômicas) vivenciadas.

Gvozd & Dellaroza (2012)

Analisar a percepção de estudantes da 6ª série de uma escola pública sobre a velhice.

Local: Escola pública do Norte do Paraná

Amostra: 123 adolescentes com idade de 11 a 16 anos

Instrumentos: Escala de Crenças em Relação à Velhice. Dinâmicas relacionadas a situações e dificuldades vividas pelos idosos

Análise: estudo individualizado, observacional e transversal. A percepção sobre envelhecimento foi analisada através da associação com as variáveis: sexo, escolaridade do chefe da família e convívio com idosos.

Houve maior prevalência de percepções positivas sobre o envelhecer.

Luchesi et al. (2012a)

Avaliar a atitude de crianças que convivem com idosos em relação à velhice utilizando uma escala diferencial semântica.

Local: Domicílios em uma cidade de médio porte do interior do estado de São Paulo

Amostra: 54 crianças de 7 a 10 anos, cadastradas em cinco Unidades de Saúde da Família, localizadas em diferentes regiões de vulnerabilidade social, e que residiam com pelo menos um idoso.

Instrumentos: Entrevistas com a caracterização sociodemográfica, e Escala Todaro para Avaliação de Atitudes de Crianças em Relação a Idosos (Todaro, 2008).

Análise: quantitativa.

A atitude em relação à velhice das crianças foi considerada positiva.

Luchesi et al. (2012b)

Avaliar e comparar a atitude em relação à velhice de crianças morando com idosos com e sem alterações cognitivas.

Local: Domicílios em município de médio porte no interior paulista.

Amostra: 54 crianças de 7 a 10 anos de cinco USF, 25 morando com idosos com alterações cognitivas (grupo 1) e 29 com idosos sem alterações cognitivas (grupo 2)

Instrumentos: Escala de Atitudes em Relação à Velhice para Crianças

Análise: estudo transversal, descritivo e quantitativo

Tanto o grupo 1 quanto o grupo 2 apresentaram atitudes positivas em relação à velhice. A atitude mais negativa apresentada pelos dois grupos foi no domínio cognição e a mais positiva no domínio persona. Crianças convivendo com idosos com alterações cognitivas têm atitudes mais negativas.

Ramos (2012)

Tratar das relações intergeracionais entre avós e netos na infância em lares formados por três gerações.

Local: Domicílios em Porto Alegre

Amostra: 12 meninos e meninas de 8 e 10 anos, classe média alta

Instrumento: Entrevistas orais, escritas, desenhos da família e fotografias

Análise: qualitativa

Para as crianças que moram em lares conviventes, seus avós não são apenas figuras ascendentes. Eles fazem parte da sua família mais restrita. Ao representarem suas famílias, todas elas incluem seus avós coabitantes em seus desenhos.

Vieira (2012)

Explorar os obstáculos institucionais à implementação de programas e atividades intergeracionais, para contribuir com orientações que facilitem a concretização dessas atividades

Local: Centro Paroquial de São Bernardo (Instituição Multigeracional), Aveiro, Portugal

Amostra: Dez crianças de 3 aos 6 anos; 11 idosos de 74 a 89 anos; seis profissionais, sendo quatro do jardim de infância (duas educadoras e duas auxiliares de ação educativa) e dois do centro de dia (uma animadora sociocultural e uma técnica superior de serviço social)

Instrumento: Estudo de caso com entrevistas semiestruturadas

Análise: Qualitativa

A institucionalização parece emergir como uma forma de segmentação etária revelando-se um obstáculo à concretização das atividades intergeracionais. A prática educativa intergeracional, portanto, solicita delineamento e estratégias apropriadas para interação das gerações envolvidas.

Tabela 04. Detalhamento em categorias dos estudos quanto aos temas, amostra, local, instrumentos, análises e resultados

TEMAS

AMOSTRA

LOCAL

INSTRUMENTO

ANÁLISE

RESULTADO

CR

AT

INTER

AV

PF

IDO

CR/AD

ID CA

IDA I

ESCO

UNI

COM

DOMI

ESC N/T

RO C

IMA

CAR

ENTR

QUT

QUL

QTQL

POS

NEG

Legenda: AT: atitudes; AV: avós; CAR: cartas; COM: comunidade; CR/AD: crianças e adolescentes *c: (criança), a: (adolescente), ca: (crianças e adolescentes); CR: crenças; DOMI: domicílios; ENTR: entrevistas; ESC N/T: escala de crenças e atitudes relacionados à velhice de Anita Neri/ escala de crenças e atitudes de crianças relacionados a idoso de Mônica Todaro; ESCO: escolas; ID CA: idade das crianças e adolescentes; IDA I: idade dos idosos; IDO: idosos; IMA: imagens; INTER: intergeracionalidade; NEG: negativas; PF: profissionais; POS: positivas; QTQL: quantitativa-qualitativa; QUL: qualitativa; QUT: quantitativa; RO C: roda de conversa; UNI: universidades

Azambuja & Rabinovich. (2017)

x

x

c

6 a 9

x

x

x

x

x

Massi et al. (2016)

x

x

a

10 a 15

50 a 90

x

x

x

b

x

Oliveira et al. (2015)

x

x

x

x

c

7 a 10

>60

x

x

x

x

x-

Piovezan et al. (2015)

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

x

Fernandes et al. (2014)

x

a

14 a 19

x

x

x

x

x-

Rabinovish et al. (2014)

x

ca

6 a 12

x

x

x

x

x

Wegner & Benitez (2013)

x

x

x

>60

x

x

x

X

b

Arrais et al. (2012)

x

a

14 a 19

x

x

x

Gvozd & Dellaroza (2012)

x

x

a

11 a 16

x

x

x

x

x-

Luchesi et al. (2012)

x

x

x

x

x

c

7 a 10

>60

x

x

x

x

x

Luchesi et al. (2012)

x

x

x

x

x

c

7 a 10

x

x

x

x

x-

Ramos (2012)

x

x

c

8 a 10

x

x

x

x

x

Vieira (2012)

x

x

x

c

3 a 6

74 a 89

x

x

x

Observou-se que as amostras investigadas foram heterogêneas, sendo compostas por crianças (de 3 a 10 anos) (42,8%), adolescentes (21,1%), adultos profissionais da educação, pessoas idosas e públicos mistos (50%). Doze, dos 13 estudos, investigaram crianças e adolescentes, com faixas etárias específicas e empregaram metodologias voltadas à faixa etária investigada, adequando os materiais e instrumentos. Metade das pesquisas foi desenvolvida no âmbito de contextos educacionais em escolas e universidades, e o restante na comunidade e domicílio (28,6%) ou em contextos mistos que envolviam comunidade, ambientes de educação e domicílio (21,4%).

No que se refere à avaliação, foram aplicados instrumentos, entrevistas, rodas de conversa, cartas, imagens e desenhos. Observou-se que apenas cinco estudos mensuraram as crenças e atitudes utilizando escalas estruturadas para este fim, sendo que três utilizaram o Inventário de Crenças e Atitudes em Relação à Velhice (Neri, 1991; 1995) e dois a Escala de Todaro (2008), permitindo estruturar as atitudes nos domínios agência, cognição, persona e relacionamento social. As demais avaliações utilizaram métodos qualitativos ou quantiqualitativos, com instrumentos elaborados pelos próprios pesquisadores.

Em razão da variabilidade dos instrumentos, conjugada com as diferenças amostrais e metodológicas, não foi possível realizar uma comparação direta dos significados associados à velhice. Apesar disso, dez dos 13 estudos encontraram a prevalência de mais atitudes positivas em relação à velhice do que negativas; e as atitudes negativas, quando presentes, foram pontuais, ligadas à dependência funcional e alterações cognitivas do idoso, baixa renda familiar, quantidade de pessoas no domicílio (mais do que cinco) e tempo de convívio diário (mais que cinco horas) com idosos com alterações cognitivas (Pereira et al., 2014; Gvozd & Dellaroza, 2012; Oliveira et al., 2015; Luchesi et al., 2012a; Luchesi et al., 2012b).

Quanto ao papel dos avós, a maioria dos estudos ressaltaram o apoio instrumental e emocional fornecido pelos avós, destacando-os como cuidadores ou orientadores de cuidados (Arrais et al., 2012) e provedor ou chefe de família (Ramos, 2012). Massi et al. (2016) observaram relação entre avaliação positiva sobre a velhice e convivência com os avós, sugerindo que as relações no âmbito familiar constituem parâmetro importante para a avaliação sobre a velhice.

No que se refere às atividades intergeracionais, os estudos indicaram que as intervenções cursaram com a valorização das experiências entre as diferentes gerações e mudanças nas concepções sobre a velhice (Massi et al., 2016; Piovezan et al., 2015). Massi et al. (2016) observaram que 61,8% das crianças e adolescentes relataram aprender com as histórias dos idosos e que as interações ampliaram o entendimento sobre o contexto social; e que 56,4% apresentaram diminuição de preconceitos relacionados a velhice. Na mesma direção, Pereira et al. (2014) ressaltaram a desconstrução dos preconceitos em relação à velhice, e a formação de redes de amizade e apoio, na qual o idoso passou a ser visto como a ator de mudança, de educação e aconselhamento sobre a vida. Contudo, identificou-se a necessidade de melhor planejamento, com investimento na formação de recursos humanos na área de Gerontologia Educacional e melhor planejamento das atividades (Vieira, 2012).

Discussão

Os resultados do presente estudo sugerem que as atitudes de adolescentes e crianças de estudos publicados em língua portuguesa (Brasil e Portugal) foram influenciadas pelas relações e papel dos avós no contexto familiar (Pereira et al., 2014; Gvozd & Dellaroza, 2012; Oliveira et al., 2015; Luchesi et al., 2012a; Luchesi et al., 2012b) e por atividades intergeracionais, promovendo espaços de encontros e interação (Piovezan et al., 2015). Contudo, dada a variabilidade metodológica não foi possível realizar uma comparação direta dos significados associados à velhice e nem estimar quantitativamente o impacto das atividades.

Com relação ao papel dos avós, se por um lado, a convivência prolongada com os idosos pode favorecer atitudes positivas sobre a velhice (Massi et al., 2016), por outro existem dificuldades como os conflitos entre avós e pais quanto à educação dos netos, e o descompromisso por parte dos pais e perda de privacidade e do tempo livre dos avós, o que os levam a deixar de lado as próprias atividades (Ramos, 2012; Wegner & Benitez, 2013).

Nesse contexto, torna-se necessário examinar contextualmente o papel dos avós e do contexto sócio familiar, bem como as características sóciodemográficas dos idosos, crianças e adolescentes. Dada a variabilidade de arranjos familiares e de papéis sociais desempenhados, mais pesquisas sobre o tema justificam-se. No estudo de Rabinovish et al. (2014) o papel dos bisavós, ou dos idosos longevos, esteve associado a noção de morte e cessação das energias vitais. Portanto, em certo sentido, a relação com o bisavô aparece invertida, pois são eles que necessitam da ajuda dos bisnetos, e não o contrário.

No que se refere às condições sociodemográficas dos adolescentes, Gvozd & Dellaroza (2012) destacaram que adolescentes do sexo feminino apresentaram maior frequência de concepções positivas sobre a velhice, incluindo: o idoso é esperançoso, humilde, saudável, interessante, valorizado e progressista. Pereira et al. (2014), por sua vez, observaram diferenças entre adolescentes de escola pública e particular sobre as visões em relação a velhice, sendo a independência, a finitude e características de infantilização do idoso presentes nas representações dos adolescentes da escola particular; o que sugere que a as atitudes sobre a velhice pode variar em função das características demográficas dos pesquisados.

Com relação às intervenções intergeracionais, os estudos documentados destacaram benefícios tanto aos idosos, no aumento da participação social, quanto às crianças e adolescentes, favorecendo o aprendizado, a tolerância e o respeito pelos mais velhos (Massi et al., 2016; Pereira et al., 2014). Contudo, do ponto de vista metodológico, torna-se vital o planejamento dessas atividades com a presença e o apoio de outros agentes, como professores e alunos, a fim de tornar as atividades mais atrativas e dialeticamente construídas (Vieira, 2012). Isso porque, constrangimentos podem advir na combinação dos grupos etários na presença das atitudes negativas sobre a velhice, o que convida a necessidade de preparar tanto as gerações mais jovens quanto as gerações mais velhas para as intervenções intergeracionais (Gvozd & Dellaroza, 2012).

Sugere-se então que as intervenções focalizem também a formação dos profissionais, a avaliação prévia dos participantes com relação às atitudes, e a elaboração de um roteiro de atividades que oportunize o engajamento efetivo dos idosos e das demais gerações. (Albuquerque & Cachioni, 2013; Santos et al., 2011). Verifica-se, portanto, que a inserção da Gerontologia Educacional ainda é um desafio na pesquisa e nos contextos de aprendizagem dos estudos investigados, o que sugere que recursos humanos, estruturais e relacionados à comunicação devem ser aprimorados (Vieira, 2012). Além disso, torna-se vital a padronização metodológica dos programas, a fim de testar a eficácia dessas intervenções. Sugere-se para este fim a aplicação de instrumentos já validados e adaptados para a realidade brasileira como o Inventário de Crenças e Atitudes em Relação à Velhice (Neri, 1991, 1995) para adolescentes e adultos e a escala de Todaro (2017) adaptada para crianças.

Além dos achados sistematizados por este estudo, revisões bibliográficas anteriores (Coelho & Dias 2016; Coelho et al., 2017; Deus & Dias, 2016; Oliveira & Pinho, 2013; Oliveira & Karnikowski, 2012) ressaltam a necessidade de estudos que contemplem as funções das avós e avôs, sugerindo que o papel dos avós masculinos deve ser melhor compreendido. Outras questões, como formas de auxílio financeiro ofertado pelos avós, a grã parentalidade e os papéis dos avós também merecem destaque, com vistas a investigar a geratividade, processos emocionais, cognitivos e a sobrecarga dos cuidados.

Pode-se considerar, então, que a principal contribuição desta revisão foi analisar os estudos de língua portuguesa mais recentes, publicados no período de 2012 a 2017, e que focalizaram o papel dos avós e das intervenções intergeracionais. Contudo, o presente estudo possui como limitações: a seleção de artigos apenas na língua portuguesa; escassez de estudos de intervenção intergeracional; presença de estressores externos à família que exercem impacto na dinâmica das relações investigadas e que não foram explorados; a variabilidade metodológica encontrada, bem como as dificuldades em promover a discussão entre achados quantitativos e qualitativos, sendo estes últimos mais prevalentes na literatura selecionada. Apesar destas limitações, os achados sistematizados por este estudo podem auxiliar no delineamento de outros estudos.

Considerações Finais

Em síntese, as atitudes sobre a velhice mostraram-se plurais, associando-se a coabitação, arranjo e papéis familiares, conflitos intergeracionais, convivência com as pessoas mais velhas, e condições sóciodemográficas. Apesar da variabilidade dos estudos, a maioria ressaltou o suporte instrumental e emocional dos avós, bem como benefícios das intervenções intergeracionais. Contudo, há um largo e profundo caminho a percorrer para que a Gerontologia Educacional se fortaleça. Para isso, é necessário o planejamento e qualificação das atividades intergeracionais, bem como o uso de critérios de avaliação que possam ser replicados, como escalas adaptadas a realidade brasileira.

Conforme Todaro (2008) é preciso criar uma agenda de Educação Gerontológica Brasileira, cujos alvos incluam o amplo ensino e discussão sobre o curso de vida em espaços formais e não formais de aprendizagem, a heterogeneidade da velhice, os ganhos e perdas ao longo do desenvolvimento, o compromisso dos profissionais com as ações e a responsabilidade para o desenvolvimento das comunidades e das instituições sociais. Dada a relevância das relações entre avós e netos e da educação como ferramenta de mudança das atitudes sobre a velhice, torna-se vital a realização de novos estudos sobre o tema.

Bibliografia

Alves, V. & Vianna, L. G. (2010). Políticas públicas para a educação gerontológica na perspectiva social do idoso: desafios e possibilidades. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 18 (68), 489-510. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa? id = 399537968005

Arrais, A., Brasil, K., Cárdenas, C., & Lara, L. (2012). O lugar dos avós na configuração familiar com netos adolescentes. Revista Kairós: Gerontologia, 15(1), 159-176. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/13111/9640

Azambuja, R., & Rabinovich, E. (2017). O avô e a avó na visão dos netos. Revista Kairós: Gerontologia, 20(2), 311-332. doi: http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.2017v20i2p311-332

Cachioni, M., & Aguilar, L. (2008). Crenças em relação à velhice entre alunos da graduação, funcionários e coordenadoresprofessores envolvidos com as demandas da velhice em universidades brasileiras. Revista Kairós: Gerontologia, 11(2), 95-119. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/2395/1488

Camarano, A. A., & Kanso, S. (2016). Envelhecimento da População Brasileira. Uma contribuição demográfica. In E.V. Freitas, & L. Py (Orgs), Tratado de Geriatria e Gerontologia (pp. 141-163). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.

Coelho, M. T. B. F., & Dias, C. M. D. S. B. (2017). Avós Guardiões: Uma Revisão Sistemática de Literatura do Período de 2004 a 2014. Psicologia: teoria e pesquisa, 32(4), 1-7. doi: http://dx.doi.org/10.15900102.3772e324214

Coelho, S., Mendes, I., & Rodrigues, R. (2017). Grã-parentalidade: revisão integrativa da literatura. Revista Kairós: Gerontologia, 20(1), 25-39. doi: http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.2017v20i1p25-39

Cunha, B, & Matos, P. M. (2010). Relações intergeracionais: Significados de adolescentes sobre avós e idosos. Actas do VII simpósio nacional de investigação em psicologia, Universidade do Minho, Portugal, pp. 1038-1052. Retrieved from https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/21487/2/85625.pdf

Deus, M. D., & Dias, A. C. G. (2016). Avós cuidadores e suas funções: uma revisão integrativa da literatura. Pensando familias, 20(2), 56-69. Retrieved from http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-494X2016000200005&lng=pt&tlng=pt

Dias, C. M. D. S. B., Hora, F. F. A., & Aguiar, A. G. S. (2010). Jovens criados por avós e por um ou ambos os pais. Revista Psicologia-Teoria e Prática, 12(2), 188-199. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193817420013

Ferrigno, J. C. (2010). Coeducação entre gerações (2a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes; São Paulo: SESC.

Ferrigno, J. C. (2007). Co-educação entre Gerações: do conflito ao desenvolvimento da solidariedade. In M. P. Netto (Orgs), Tratado de Gerontologia (pp. 233-241). São Paulo: Atheneu.

Freitas, M., & Ferreira, M. (2013). Velhice e pessoa idosa: representações sociais de adolescentes escolares. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 21(3), 750-757. doi: https://dx. doi.org/10.1590/S0104-11692013000300014

Gvozd, R., & Dellaroza, M. S. G. (2012). Velhice e a relação com idosos: o olhar de adolescentes do ensino fundamental. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 15(2), 295-304. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=403838796012

Luchesi, B. M., Dupas, G., & Pavarini, S. C. L. (2012). Avaliação da atitude de crianças que convivem com idosos em relação à velhice. Revista Gaúcha de Enfermagem, 33(4), 33-40. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472012000400004

Luchesi, B. M., Pavarini, S. C. L., & Viana, A. S. (2012). Alterações cognitivas de idosos no contexto domiciliar e atitudes de crianças em relação à velhice. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(2), 335-341. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342012000200010

Massi, G., Santos, A. R., Berberian, A. P., & Ziesemer, N. B. (2016). Impacto de atividades dialógicas intergeracionais na percepção de crianças, adolescentes e idosos. Revista CEFAC, 18 (2), 399-407. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=169345656011

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, 17(4), 758-764. Retrieved from http://producao.usp.br/handle/BDPI/3509

Neri, A.L., Cachioni, M., & Resende, M.C. (2002). Atitudes em relação a velhice. In: E.V. Freitas, L. Py, A.L. Neri, F.A.X. Cançado, M.L. Gorzoni, S.M. Rocha (Org.), Tratado de Geriatria e Gerontologia (1st edition, p. 972-980). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.

Neri, A. L. (1995). Atitudes e crenças em relação à velhice. O que pensa o pessoal do SENAC–São Paulo. São Paulo: Senac.

Neri, A. L. (1991). Envelhecer num país de jovens: significados de velho e velhice segundo brasileiros não idosos. Campinas: Unicamp.

Oliveira, A., & Karnikowski, M. (2012). Apoio financeiro oferecido por avós a netos adolescentes. Revista Kairós: Gerontologia, 15(1), 145-158. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/13113/9641

Oliveira, A. R. V., & Pinho, D. L. M. (2013). Relações entre avós e seus netos adolescentes: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 16(3), 633-642. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=403838813019

Oliveira, N. A., Luchesi, B. M., Inouye, K., Barham, E. J., & Pavarini, S. C. L. (2015). Avaliação da atitude das crianças que residem com idosos em relação à velhice. Acta Paulista de Enfermagem, 28(1), 87-94. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201500015

Palmore, E. B. (1982). Attitudes toward the Aged: What We Know and Need to Know. Research on Aging, 4(3), 333-348. doi: https://doi.org/10.1177/0164027582004003004

Pereira, R. F., Freitas, M. C., & Ferreira, M. A. (2014). Velhice para os adolescentes: abordagem das representações sociais. Revista Brasileira de Enfermagem, 67(4), 601-609. doi: https://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2014670416

Piovezan, M., Bessa, T., Borges, F., Prestes, S., & Chubaci, R. (2015). “Troca de cartas entre gerações”: Projeto gerontológico intergeracional realizado em uma ILPI de São Paulo. Revista Kairós: Gerontologia, 18(3), 137-153. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/26620/19042

Rabinovich, E., Azambuja, R., & Moreira, L. (2014). Significados dos bisavós para crianças baianas. Revista Kairós: Gerontologia, 17(1), 179-199. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/20361/15106

Ramos, A. C. (2013). Morando com meus avós: as famílias conviventes na perspectiva das crianças. Pedagogía y saberes, 37, 119-131. Retrieved from http://hdl.handle.net/10993/26086

Santos, V. B., Tura, L. F. R., & Arruda, A. M. S. (2011). As Representações Sociais de pessoa velha construídas por adolescentes. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 14(3), 497-509. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=403834043009

Souza, M. T., Silva, M. D., Carvalho, R. (2010). Integrative review: what is it? How to do it?. Einstein, 8(1), 102-106. Retrieved from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082010000100102&lng=en&nrm=iso. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

Tarallo, R. S., Neri, A. L., & Cachioni, M. (2017). Equivalência semântica e cultural da Escala Intergeracional de Atitude de Intercâmbio (IEAS). Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19 (3), 453-463. doi: https://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.150002

Todaro, M. (2017). Construção da Escala Todaro: atitudes de crianças em relação a idosos. Horizontes, 35(1), 141-150. doi: https://doi.org/10.24933/horizontes.v35i1.313

Todaro, M. D. A. (2008). Desenvolvimento e avaliação de um programa de leitura visando à mudança de atitudes de crianças em relação a idosos. Tese de Doutorado, Educação, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. Retrieved from http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/251808

Tuckman, J., & Lorge, I. (1953). Attitudes toward old people. The Journal of Social Psychology, 37(2), 249-260. Retrieved from https://search.proquest.com/openview/d12b36d0a7e551c626efaad294572ae0/1?pq-origsite=gscholar&cbl=1819178

Vieira, S. (2012). Relações intergeracionais: as barreiras da institucionalização. Revista Kairós: Gerontologia, 15(1), 119-133. Retrieved from https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/12782/9271

Wegner, E., & Brittes Benitez, L. (2013). O idoso no contexto familiar: a função de cuidado. Revista Jovens Pesquisadores, 3(2), 92-101. doi: http://dx.doi.org/10.17058/rjp.v3i2.4089

Zanon, C. B. F. M., Alves, V. P., & Cardenas, C. J. (2011). Como vai a Educação Gerontológica nas Escolas Públicas do Distrito Federal? Um estudo com idosos e jovens. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 14(3), 555-566. Retrieved from http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=403834043014

Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, vol. 11, n. 2, p. 147-165, Julho-Dezembro, 2019 - ISSN 2175-5027

[Recebido: Setembro 08, 2018; Aceito: Fevereiro 02, 2019]

DOI: https://doi.org/10.18256/2175-5027.2018.v11i2.2954

Endereço correspondente / Correspondence address

Henrique Salmazo da Silva

Universidade Católica de Brasília - Programa de Pós-Graduação em Gerontologia

QS 7, Lote 1, Águas Claras, Brasília – Sala S009, Brasil.

CEP: 71966-700

Como citar este artigo / To cite this article: clique aqui!/click here!

Sistema de Avaliação: Double Blind Review

Editor: Ludgleydson Fernandes de Araújo

Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2019 Jussara Soares Marques, Lucy Gomes, Maria Liz Cunha Oliveira, Henrique Salmazo da Silva

ISSN 2175-5027

Licença Creative Commons
Este obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

BASES DE DADOS E INDEXADORES

  Periódicos CAPES
DOAJ.jpg
 
dialnet.png
 
REDIB
latindex.jpg
  Diadorim.jpg   Google Scholar
  erihplus.png  
circ.png
 SIS