Evidências de validade para testes de Impulsividade e Atenção no contexto do trânsito

Ana Deyvis Santos Araújo Jesuíno, Fabián Javier Marin Rueda

Resumen


Atenção e impulsividade podem influenciar na condução de um veículo automotor. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi buscar evidências de validade de critério para testes que avaliam tais construtos. Participaram 201 candidatos à obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em seis clínicas de avaliação psicológica pericial no trânsito do Piauí, com idades entre 18 a 68 anos (M=29,64; DP=11,31), sendo 115 (57,2%) do sexo masculino e escolaridade do Ensino Fundamental ao Ensino Superior. Os candidatos à CNH responderam ao TEACO-FF, TEADI e TEALT, uma prova de conhecimentos sobre o trânsito, e a EsAvI. Os candidatos à renovação responderam ao TEACO-FF, TEADI e TEALT, EsAvI e o Questionário de Comportamento do Motorista (QCM). Não foram encontradas diferenças entre candidatos à 1ª CNH e candidatos à Renovação. Evidenciou-se correlações positivas entre os fatores Falta de Concentração e Persistência e Audácia e Temeridade, da EsAvI, com Violações do QCM, enquanto que com o fator Controle Cognitivo a correlação foi negativa. A pontuação total da prova de conhecimentos apresentou correlação positiva e significativa com TEADI. Os resultados indicaram uma capacidade preditiva dos testes de atenção e impulsividade diante dos instrumentos utilizados como critérios, o que lhes confere a evidência

Referencias


American Psychiatric Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-5. (5ª edição). Porto Alegre: Artmed.

Araújo, M. M., Malloy-Diniz, L. F., & Rocha, F. L. (2009). Impulsividade e acidentes de trânsito. Revista de Psiquiatria Clinica, 36(2), 60-68. doi: https://doi.org/10.1590/S0101-60832009000200004

Bachoo, S., Bhagwanjee, A., & Govender, K. (2013). The influence of anger, impulsivity, sensation seeking and driver attitudes on risky driving behaviour among post-graduate university students in Durban, South Africa. Accident Analysis and Prevention, 55, 67–76. doi: https://doi.org/10.1016/j.aap.2013.02.021

Balbinot, A. B., Zaro, M. A., & Timm, M. I. (2011). Funções psicológicas e cognitivas presentes no ato de dirigir e sua importância para os motoristas no trânsito. Ciências & Cognição, 16(2), 13–29. Recuperado de http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/viewFile/446/493

Berdoulat, E., Vavassori, D., & Sastre, M. T. M. (2013). Driving anger, emotional and instrumental aggressiveness, and impulsiveness in the prediction of aggressive and transgressive driving. Accident Analysis and Prevention, 50, 758–767. doi: https://doi.org/10.1016/j.aap.2012.06.029

Conselho Nacional de Trânsito. (1998). Lei nº 9.602/98 de 21 de janeiro de 1998. Recuperado de http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10607579/paragrafo-10-artigo-159-da-lei-n-9602-de-21-de-janeiro-de-1998.

Conselho Nacional de Trânsito. (2004). Resolução CONTRAN nº168/004 de 14 de dezembro de 2004. Recuperado de http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_168.pdf

Constantinou, E., Panayiotou, G., Konstantinou, N., Loutsiou-Ladd, A., & Kapardis, A. (2011). Risky and aggressive driving in young adults: personality matters. Accident Analysis and Prevention, 43(4), 1323–1331. doi: https://doi.org/10.1016/j.aap.2011.02.002

Departamento Nacional de Trânsito. (2005). Direção defensiva – trânsito seguro é um direito de todos. Recuperado de http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/habilitacao/apostilas/direcaodefensiva.pdf

Dickman, S. J. (2000). Impulsivity, arousal and attention. Personality and Individual Differences, 28(3), 563-581. doi: https://doi.org/10.1016/S0191-8869(99)00120-8

Duarte, T. de O. (2003). Avaliação Psicológica de Motoristas. In M. H. Hoffmann, R. M. Cruz, & J. C. Alchieri (Orgs.), Comportamento humano no trânsito (pp. 291-310). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Hoffmann, M. H. (2005). Comportamento do condutor e fenômenos psicológicos. Psicologia: Pesquisa & Trânsito, 1(1), 17-24. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppet/v1n1/v1n1a04.pdf

Lamounier, R., & Rueda, F. J. M. (2005). Avaliação psicológica no trânsito: perspectiva dos motoristas. PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, 6(1), 35-42. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psic/v6n1/v6n1a05.pdf

Lim, C., Sayed, T., & Navin, F. A. (2004). Driver visual attention model. Part 1. Conceptual framework. Canadian Journal of Civil Engeneering, 31(3), 463-472. doi: https://doi.org/10.1139/l04-020

Mognon, J. F., & Rueda, F. J. M. (2016). Avaliação da personalidade no contexto do trânsito: Revisão de literatura. Avaliação Psicológica, 15(esp), 33-43. doi: https://doi.org/10.15689/ap.2016.15ee.04

Mognon, J. F., & Santos, A. A. A. dos. (2014). Autoeficácia para dirigir, desengajamento moral e impulsividade em motoristas. Psico-USF, 19(3), 457-466. doi: https://doi.org/10.1590/1413-82712014019003008

Pasa, G. G. (2013). Impulsividade, busca de sensações e comportamentos de risco no trânsito: um estudo comparativo entre condutores infratores e não infratores. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS). Recuperado de http://hdl.handle.net/10183/78526

Pueyo, A. A. (2003). Evaluación de la impulsividad y riesgo en el uso de armas de fuego en policías y fuerzas de seguridad. Revista Catalana de Seguretat Pública, (14), 66-78. Recuperado de http://www.raco.cat/index.php/RCSP/article/view/130953/180719

Reason, J., Manstead, A., Stradling S., Baxter J., & Campbell, K. (1990). Errors and violations on the roads: a real distinction? Ergonomics, 33, 1315-1332. doi: https://doi.org/10.1080/00140139008925335

Reimer, B., Ambrosio, L. A. D., Gilbert, J., Coughlin, J. F., Biederman, J., Surman, C., . . . Aleardi, M. (2005). Behavior differences in drivers with attention déficit hyperactivity disorder: the driving behavior questionnaire. Accident Analysis and Prevention, 37(6) 996–1004. doi: https://doi.org/10.1016/j.aap.2005.05.002

Renner, W., & Anderle, F. G. (2000). Venturesomeness and extraversion as correlates of juvenile drivers’ traffic violations. Accident Analysis and Prevention, 32(5), 673–678. doi: https://doi.org/10.1016/S0001-4575(99)00103-7

Rueda, F. J. M., (2013). Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção – BPA. (1ª ed.). São Paulo, SP: Vetor Editora.

Rueda, F. J. M. (2010). Teste de Atenção Dividida (TEADI) e Teste de Atenção Alternada (TEALT). (1ª ed.). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Rueda, F. J. M., & Ávila-Batista, A. C. (2012). Escala de Avaliação da Impulsividade. Formas A e B. (1º ed.). São Paulo, SP: Vetor.

Rueda, F. J. M., & Monteiro, R. M. (2012). Avaliação da atenção no contexto da psicologia do trânsito: análise das publicações na área. In E. Boruchovitch, A. A. A. Santos & E. Nascimento (Orgs.), Avaliação Psicológica nos contextos educativos e psicossocial (pp. 281-300). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Rueda, F. J. M., & Gurgel, M. G. A. (2008). Evidências de validade relativas ao contexto do trânsito para o Teste de Atenção Concentrada – TEACO-FF. Revista de Psicologia da Vetor Editora, 9(2), 165-172. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142008000200005

Rueda, F. J. M., & Sisto, F. F. (2009). Teste de atenção concentrada - TEACO-FF (3ª ed.). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.

Sampaio, M. H. L. (2012). Avaliação Psicológica no Trânsito: análise do desempenho de motoristas infratores, não infratores e envolvidos em acidentes. (Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica, Campinas, SP). Recuperado de http://tede.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br:8080/jspui/handle/tede/296

Sternberg, R. J. (2000). Atenção e Consciência. In Sterberg, R. J. (Org.), Psicologia Cognitiva (pp.107-156). Porto Alegre, RS: Artmed.

Veiga, H. M. S., Pasquali, L., & Silva, N. I. A. (2009). Questionário do Comportamento do Motorista-QCM: adaptação e validação para a realidade brasileira. Revistas Cientificas da América Latina- Avaliação Psicológica, 8(9), 187-196. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712009000200005




DOI: https://doi.org/10.18256/2175-5027.2017.v9i2.1776

Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.




Copyright (c) 2018 Revista de Psicologia da IMED

ISSN 2175-5027

Licencia de Creative Commons
La Revista de Psicologia da IMED está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.

BASES DE DADOS E INDEXADORES

 DOAJ.jpg Periódicos CAPES
latindex.jpg
 
dialnet.png
 
REDIB
Diadorim.jpg
    SIS
circ.png