A análise de visibilidade como ferramenta para concepção do projeto de sinalização de emergência

Autores

  • Daniel Paulo de Andrade Universidade Federal Rural do Semi-Árido http://orcid.org/0000-0003-2427-341X
  • Edja Bezzera Faria Trigueiro Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
  • Edna Moura Pinto

DOI:

https://doi.org/10.18256/2358-6508.2018.v5i1.2241

Palavras-chave:

Projeto de Sinalização de Emergência, Análise Sintática do Espaço, Sintaxe Espacial, Segurança Contra Incêndio

Resumo

Em edificações de alta complexidade a questão da navegação e orientação pode configurar um problema para os usuários. A sinalização de emergência é o principal mecanismo de suporte ao ocupante nestas situações. É observado como problema de pesquisa a falta de critérios claros das normas brasileiras de sinalização de emergência sobre a leitura e eficiência na distribuição da sinalização no espaço edificado. Este fator é decorrente do caráter prescritivo das normas brasileiras. Desta maneira, o artigo tem por objetivo avaliar a possibilidade do uso da Análise Sintática do Espaço (ASE) como ferramenta para a investigação e síntese de informações que subsidiem a elaboração de um projeto de sinalização de emergência. Para tanto, foram realizados três estudos de caso em edificações que concentram alta densidade de pessoas. Os estudos tiveram como método de trabalho a aplicação da Norma Brasileira 13434:2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas e o estudo de visibilidade apoiado pelo escopo teórico da ASE, o que permitiu a comparação dos dados e a formulação de hipóteses, uma vez que esta pesquisa ainda se encontra em desenvolvimento, que levem ao desenvolvimento de parâmetros de concepção e avaliação da eficiência do projeto de sinalização de emergência. Os resultados alcançados até o momento demonstraram o potencial positivo do uso da análise de visibilidade e junto da aplicação da norma, o que tende a mostrar que o uso da ASE como ferramenta de leitura da edificação pode dar suporte para a concepção do projeto de sinalização de emergência em espaços complexos.

Biografia do Autor

  • Daniel Paulo de Andrade, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

    Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - (2008). Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Potiguar (2011). Mestrado em Projeto, Arquitetura e Meio Ambiente pela UFRN (2014). Doutorando do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo - UFRN. Tem experiência profissional na área de arquitetura e urbanismo, com ênfase em projeto de arquitetura, ilustração digital (maquete eletrônica), consultoria ambiental/urbanística, licenciamento de obras e segurança contra incêndio. Atualmente atua como professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFERSA, Campus Pau dos Ferros/RN.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saída de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-1: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico Parte 1 - Princípios de projeto. Rio de Janeiro: ABNT, 2004a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico Parte 2 - Símbolos e suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro: ABNT, 2004b.

BRENTANO, T. A proteção contra incêndios no projeto de edificações. 3. ed. Porto Alegre: Telmo Brentano, 2015.

CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instrução Técnica no 20: Sinalização de Emergência. São Paulo: CBM/SP, 2011a.

FILIPPIDIS, L. et al. Representing the Influence of Signage on Evacuation Behavior within an Evacuation Model. Journal Of Fire Protection Engineering, p. 37–73, 2006.

GOUVEIA, A. M. C.; ETRUSCO, P. Tempo de escape em edificações: os desafios do modelamento de incêndio no Brasil. v. 55, n. 4, p. 257–261, 2002.

GURGEL, A. P. C. Entre serras e sertões: A(s) (trans)formação(ões) de centralidade(s) da Região Metropolitana do Cariri/CE. Dissertação de Mestrado—Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012.

HILLIER, B. et al. Natural movement: or, configuration and attraction in urban pedestrian movementt. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 20, n. 1, p. 29–66, 1993.

MUNARI, B. Design e comunicação visual. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

ONOFRE, C. E. L. Pé no Campus: diretrizes de sinalização para os pedestres do Campus Central da UFRN. Trabalho Final de Graduação—Natal: Curso de Arquitetura e Urbanismo, Departamento de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2008.

SABOYA, R. Sintaxe Espacial, 2007. Disponível em: < http://urbanidades.arq.br/2007/09/sintaxe-espacial/ >. Acesso em: 9 nov. 2014.

SABOYA, R. Sintaxe espacial – Gráficos de Visibilidade, 2011. Disponível em: < http:// urbanidades.arq.br/2011/04/sintaxe-espacial-graficos-de-visibilidade-2 >. Acesso em: 26 abr. 2015.

RAMOS, Débora Tatiana Ferro. Análise ergonômica para o gerenciamento dos riscos de incêndio e explosões: uma abordagem interdisciplinar do sistema de informação industrial. 2007. 202 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Design, Departamento de Design, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.

SPACE SYNTAX NETWORK (Inglaterra). Space Syntax. 2017. Disponível em: < http://www.spacesyntax.net/ >. Acesso em: 06 nov. 2017.

TURNER, A. Analysing the visual dynamics of spatial morphology. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 30, p. 657–676, 2003.

TURNER, A. Depthmap 4: A Researcher’s Handbook. Londres: Bartlett School of Graduate Studies - UCL, 2004.

TURNER, A. et al. From isovists to visibility graphs: a methodology for the analysis of architectural space. Environment and Planning B: Planning and Design, v. 28, p. 103–121, 2001.

TURNER, A.; PENN, A. Making isovists syntactic: isovist integration analysis. Anais... In: 2ND INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON SPACE SYNTAX. Brasília: UnB, 1999.

Downloads

Publicado

2018-07-01

Edição

Seção

Artigos